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Educaçao Inclusiva

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Por:   •  22/5/2014  •  1.143 Palavras (5 Páginas)  •  386 Visualizações

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A Educação Inclusiva propõe que todas as pessoas com necessidades educativas especiais sejam matriculadas na Escola regular, com base no principio da educação para todos e na aceitação das diferenças individuais como um atributo. Na Escola Inclusiva o processo educativo é entendido como um processo social em que todas as crianças, portadoras de necessidades especiais ou não, têm o direito à Escolarização no mesmo nível. Incluir é fazer parte, compreender e ser compreendido, cada aluno é igualmente digno de receber instrução da mais alta qualidade possível, e não algo para os alunos que são etiquetados como ”talentosos” ou para alunos etiquetados como “incapazes”.

O Brasil possui uma população total de 169.872.856 pessoas, dentre estes estão 24.600.256 portadores de deficiência, a população de 0 a 17 anos chega a 2.850.604. 3. Por isso é tão importante refletir e discutir a Educação Inclusiva no país. Refletir sobre a Educação Inclusiva é refletir sobre uma Escola para todos e de qualidade, é pensar sobre questões sócio-culturais, pois, dentre alguns fatores a realidade construída sócia e culturalmente por aqueles que são responsáveis pela educação influi diretamente no processo de inclusão.

Segundo Rosana Rodrigues Dias, “não basta matricular para dizer que somos uma escola inclusiva, é preciso garantir as condições de aprendizagem” (Nova Escola, outubro, 2007, p. 41). A Escola inclusiva perpassa por todos os envolvidos no contexto social, a mudança de mentalidade tem que abranger todos.

2 DESENVOLVIMENTO

Hoje, a Educação Especial é entendida como a modalidade de ensino que tem como objetivo quebrar as barreiras que impedem a criança de exercer a sua cidadania. O atendimento educacional especializado é apenas um complemento da escolarização, e não substituto. Essa concepção vem sendo aplicada com sucesso na rede de Florianópolis. Em 2001, o município começou a adaptar escolas, capacitar professores e comprar equipamentos para atender a todas as crianças. A rede criou as chamadas salas multimeios, instaladas em escolas-pólo que servem outras escolas e creches das redondezas. Lá, são atendidas crianças cegas, com baixa visão, surdas, com dificuldades motoras e surdas e cegas. Os professores dessas salas são capacitados para ensinar libras (língua brasileira de sinais), braile, língua portuguesa para surdos (chamada de L2) e o uso de instrumentos como o soroban (ábaco japonês). Os alunos com dificuldade de comunicação aprendem formas alternativas de expressão por meio de recursos muitas vezes simples — como uma chapa de metal com letras imantadas — ou mais elaborados — como computadores adaptados ou uma lupa que projeta na TV o texto ampliado.

Taila de Oliveira Aguiar, de 13 anos, utiliza esse atendimento. Ela está na 4ª série da Escola Básica Luiz Cândido da Luz e assiste às aulas como todas as outras crianças. Hoje ela quase não enxerga e, apesar de já ser alfabetizada, precisa reaprender a ler e escrever em braile. Para ler, ela treina a sensibilização das pontas dos dedos e, para escrever, aprende a usar o reglete. Essas técnicas são dadas nas salas multimeios pela especialista Geisa Letícia Kempfer Böck, que trabalha em parceria com a professora regente de Taila, Nádia Oliveira de Souza Vieira. "Antes das aulas, passo para a Geisa os materiais que usarei. Ela transcreve tudo em braile e elabora materiais que ajudam a compreensão do conteúdo pelo toque", afirma Nádia. "O trabalho na sala multimeios dá a alunos como Taila instrumentos para participar da vida na sala de aula e fora da escola", explica Geisa. "Quando eu enxergava, era bem mais fácil. Mas gosto da escola porque a professora Geisa me ensina o braile e aprendo as lições com a Nádia. Meus amigos também me ajudam muito", conta a garota.

2.1 – A INCLUSÃO E A DEFESA DOS SEUS DIREITOS

Com a Declaração de Salamanca, na Espanha, em junho de 1994, foi lançado o grande padrão histórico da inclusão, realizado pela UNESCO na Conferência Mundial, sobre necessidades educativas especiais: Acesso e Qualidade, firmado por 92 países, que tinham como princípio primordial: "todos os alunos devem aprender juntos, sempre que possível, independente das dificuldades e diferenças que apresentem". Com a instituição das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, houve uma determinação de que os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para a educação de qualidade para todos. (Resolução nº 2/2001).

Com a Lei de Diretrizes e Bases em 1996, no Brasil, há a referência de

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