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Educação Inclusiva

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Por:   •  9/9/2013  •  9.468 Palavras (38 Páginas)  •  1.010 Visualizações

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Introdução

Dificuldades de aprendizagem apontam para as dificuldades apresentadas no processo de ensino-aprendizagem como origem de diversos fatores, assim como da importância da escola considerar esse aspecto fundamental ao tratar desse fenômeno. Ao tratar o tema, abordaremos diversos autores que contribuem para nossa pesquisa. Conceitos fundamentais para a compreensão de nosso problema, no qual se destaca os conceitos de privação, desvantagens e desigualdades educativas. O trabalho resulta, porém, das indagações realizadas frente à forma como a escola vem tratando as dificuldades de aprendizagem. Apoia-se na crença de que a escola tem um papel muito importante e essencial na busca pela superação de seus problemas. Compreender o problema com um olhar crítico e rigoroso deve fazer parte de todo o contexto educacional e, além disso, se inquietar diante dos problemas que nos são apresentados, aponta nosso desejo de transformar aquilo que não está sendo favorável e, sobretudo, em uma ação pedagógica mais reflexiva, compromissada e consequentemente mais eficiente.

A relação estabelecida entre professor e aluno é determinante no processo de ensino-aprendizagem. Criar rótulos aos problemas dos alunos, e até mesmo a eles, é atribuir uma visão irresponsável, que deve ser visto com rigor pelos profissionais da educação. Na verdade, rótulos como distúrbios, problemas ou dificuldades, da forma como vem sendo utilizados, nada mais são do que justificativas para explicar as diferenças no rendimento escolar ou o insucesso “desses alunos”. (CAMPOS, 1997, P. 125)

Podemos enfatizar que a escola muitas vezes atribui ao próprio aluno a sua dificuldade. Não reflete, por exemplo, no desempenho do seu papel, atribuindo assim, uma visão ingênua frente aos reais problemas.

O comprometimento por parte do professor, assim como de toda a equipe pedagógica da escola, para compreender o fenômeno das dificuldades de aprendizagem, buscando respostas fundamentadas ao invés de abordar o problema focando apenas no aluno e nas aparências.

A escola fundamenta seu trabalho em um projeto pedagógico, surgindo então o plano de trabalho de cada professor, o qual aborda vários aspectos como conteúdo, enfocando seus objetivos e as providências a serem tomadas caso os alunos não alcancem os objetivos esperados, como aulas de reforço que focam as dificuldades específicas de cada aluno por especialistas. Quando um aluno apresenta-se muito agressivo, sem concentração, disperso e sem conseguir parar no seu lugar e realizar as atividades propostas e posterior encaminhamento a um especialista, um psicopedagogo.

No entanto, não há busca em sua prática de alguma forma possível que contribua para as dificuldades dos seus alunos.

“Ir bem...”, “aprender”, “passar de ano” ou “ser burro” “ir mau”,” não aprender”, dependem,

na maioria das vezes, das marcas significantes e, que permanecem como tais, sem possibilidade

de mudanças a não ser na medida em que se opere com a transferência. (GOULART, 1996, p.69)

Para tanto, Goulart (1996), nos faz refletir no quanto é importante a relação entre aluno e professor no processo de ensino aprendizagem. Sendo um processo importante, pode desvelar as dificuldades de aprendizagem e os rótulos dirigidos aos alunos que surgem através de suas dificuldades.

O que pretendemos é ampliar nossa visão e compreender como o fenômeno das D.A tem sido abordado nas escolas. É possível salientar que muitas vezes as relações estabelecidas entre professor e aluno compromete de forma negativa o processo de aprendizagem dos alunos.

“Esta é uma questão muito séria. Muitas práticas pedagógicas agridem os

alunos, matam o interesse pela aprendizagem, a vontade de aprender, ma-

tam o aluno José, deixando sobreviver apenas o ‘aluno-problema’. Esta

questão agrava-se ainda pelo fato de que ‘estas mortes’não aparecem em

sua totalidade. ”(CAMPOS, 1997, p.135)

Neste aspecto, podemos refletir qual tem sido o verdadeiro papel da escola, ao considerar seus alunos como a própria ideia da inclusão sendo que a mesma deveria contribuir para elas, assumindo o grande desafio para a transformação da sociedade que reproduz. Porém não é uma tarefa fácil, visto que a escola tem de lidar com a complexidade das diferenças.

Refletindo sobre outro agravante, a contribuição dada pela escola para a exclusão de seus alunos, faz com que ela se exima de qualquer responsabilidade do fracasso que surge.

“Basta lembrar que para os elevados números de retenção, evasão e para a crescente iden-

tificação de alunos com problemas, muitas justificativas podem ser apresentadas, retirando

das práticas pedagógicas a responsabilidade pelas ‘mortes prematuras’”. (CAMPOS, 1997,

p. 135)

Os rótulos ainda trazem outra complexidade comprometendo a autoestima dos alunos, já que este passa a se considerar um fracassado, incapaz de realizar qualquer ação, dentro ou fora da escola.

“As atitudes e opiniões dos colegas têm sido avaliadas mediante testes sócios métricos

e mostram que as crianças com D.A

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