Enfoque Histórico Pedagógico

Comentário e discussão sobre o texto: Trabalho Didático e Historia da Educação: Enfoque Histórico Pedagógico

Desde a antiguidade o papel da pedagogia era ajudar a atividade educativa, entendida como a formação da criança para a vida, essa formação deveria envolver questões praticas e éticas, visando a melhor formação da criança de acordo com a realidade social da época.

Porem essas questões pratica e éticas nem sempre caminharam juntas como deveria, um exemplo pode ser descrito na Grécia Arcaica onde prevalecia a orientação pratica centrada em repetições, memorização e transcrição de texto complexo deixando de lado as questões éticas. Já na Grécia clássica, desenvolveu-se a elaboração filosófica da finalidade da ética na educação.

Os sentidos pratico e empírico e finalidade ética na educação unificaram-se somente no século XVII, primeiramente com Ratke e depois com Cemênio.

Comênio buscou construir um sistema pedagógico, em que os fins da educação constituíam as bases na didática, como a arte de ensinar tudo a todos. Mas foi com Herbart, na primeira metade do século XIX que os aspectos ética e pratica se unificaram num sistema coerente. Esses elementos correspondiam a um trabalho especificamente humano.

Sendo assim a educação um trabalho humano, um processo de formação de novas gerações pela transmissão de conhecimento, ela esta ligada diretamente com a organização social em que esta inserida, pois ela vai formar pessoa de acordo com o contexto social em que vive. Desse modo o trabalho didático vai ser determinado de acordo coma forma de organização da sociedade. Essa organização didática e pedagógica ao longo da historia se modificou muitas vezes.

1-Trabalho didático no período manufatureiro

No período manufatureiro o trabalho pedagógico e visto de diversas maneiras. Comênio preconizou a divisão do trabalho pedagógico a fim de simplificar a tarefas dos professores, assim foram introduzidos no meio escolar novos materiais didáticos para ajudar o professor no seu trabalho.

Nesse período havia pensadores que consideravam a educação um meio nocivo para os pobres, pois se estes aprendem ler e escrever seria mais difícil suportar a vida que levavam, a sua realidade de miséria e sofrimento, pois a leitura poderia levá-los a conhecer mundos com o qual sempre sonharam viver, mas devido a sua condição não podiam nem chegar perto dessa outra realidade, se iludindo com coisas alheias, passando a fazer seu trabalho sem o mesmo entusiasmo de antes.

Desse modo Mendeville e Ribeiro Sanches acreditavam que para os pobres e camponeses bastava à instrução ministrada pelos párocos nos sermões dominicais.

2- O trabalho didático no advento da revolução industrial e consolidação do sistema fabril

Com o surto de desenvolvimento no revolução industrial, necessitou-se de uma grande demanda de mão de obra digamos que qualificada que soubesse meche com os novos equipamentos. Assim houve uma grande demanda de alunos instruídos por um mesmo professor para o trabalho fabril.

Nesse contexto educacional o método usado era o lancasteriano ou método mutuo, que se baseava numa disciplina rigorosa, com regras pré-determinadas, alunos hierarquizados dispostos em filas em grandes e amplos salões, onde não era permitida conversa pois este era considerado uma ato de indisciplina que poderia acarretar em uma severa punição. No método mutuo os alunos mais avançados auxiliava os professores na sala de aula. Esse ensino de baixa qualidade com salas lotadas onde a frente se encontrava um único professor com métodos rigorosos de disciplina respondia a carência de professores e materiais didáticos. O método mutuo formulado por Joseph Lancaster e Andrew Bell foi uma solução racional encontrada para suprir as necessidades da época .

6- O trabalho didático na fase da globalização neoliberal

Nesse contexto há uma grande inflexão sobre as idéias pedagógicas, onde passa a assumir o fracasso da escola publica. Com isso inicia-se no âmbito da educação a primazia da escola privada regida pelas leis de mercado.

Esse momento vai ser marcado pela desconstrução e descentramento das idéias pedagógicas anteriores.

Para uma melhor organização das idéias pedagógicas esse período foi dividido em: neoprodutivismo, neo-escolanovismo, neoconstrutivismo e neotecnicismo.

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