Ergonomia
Trabalho Universitário: Ergonomia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 20/3/2014 • 530 Palavras (3 Páginas) • 544 Visualizações
1.1 – HISTÓRICO
A Ergonomia nasceu em 12 de julho de 1949, quando um grupo de cientistas e pesquisadores se reuniram pela primeira vez na Inglaterra, interessados em discutir e formalizar a existência desse novo ramo de aplicação interdisciplinar da ciência. Na segunda reunião desse mesmo grupo, ocorrida em 16 de fevereiro de 1950, foi proposto o termo ergonomia.
Mas, o que é ERGONOMIA?
O termo ergonomia é derivado das palavras gregas ergon (trabalho) e nomos (regras, leis naturais). Nos Estados Unidos usa-se também, como sinônimo, human factors (fatores humanos).
A preocupação de se adaptar os objetos artificiais e o ambiente natural ao homem sempre esteve presente desde os tempos da produção artesanal, não mecanizada.
Com a Revolução Industrial ocorrida a partir do século XVIII, tornou-se mais sério este problema. As primeiras fábricas que surgiram eram sujas, barulhentas, perigosas, escuras e as jornadas de trabalho chegavam até 16 horas diárias, sem férias em regime de escravidão, imposto pelos empresários autoritários.
No final do século XIX, estudos mais sistemáticos começaram a ser realizados. Nesta época surge nos EUA o movimento da administração científica que ficaria conhecido como Taylorismo.
A origem da prática da ergonomia está, em parte, associada a necessidades de guerra, basicamente ligadas a construção de aviões mais adaptados às características médias dos seres humanos e, portanto mais facilmente manejáveis por uma quantidade maior de pilotos.
Com a eclosão da II Guerra Mundial (1939-1945), foram utilizados conhecimentos científicos e tecnológicos disponíveis para construir instrumentos bélicos relativamente complexos como submarinos, tanques, radares e aviões. Estes exigiam habilidade do operador, em condições ambientais bastante desfavoráveis e tensas, no campo de batalha. Os erros e acidentes, muitos com conseqüências fatais, eram freqüentes. Tudo isso fez redobrar o esforço de pesquisa para adaptar esses instrumentos bélicos às características e capacidades do operador, melhorando o desempenho e reduzindo a fadiga e os acidentes.
Muitos conhecimentos foram desenvolvidos para o aperfeiçoamento de aeronaves, submarinos e para pesquisa espacial. Só recentemente a Human Factors começou a ser aplicada a industria não bélica.
No início de sua história, a ergonomia preocupou-se em desenvolver projetos e pesquisas para a antropometria, definição de controles, painéis, arranjo de espaço físico e ambientes de trabalho.
Atualmente, com o aumento crescente da informatização nos setores secundários e terciários da economia, começou-se a perceber que os próprios processos de trabalho deveriam ser desenhados levando-se em consideração as características e necessidades humanas. Daí a crescente importância da organização do trabalho em ergonomia e o surgimento de estudos mais sofisticados, relacionados a aspectos cognitivos e psicossociais.
Paralelamente às questões específicas do trabalho, os princípios e técnicas ergonômicas tem-se expandido para fora do ambiente de trabalho, visando à produção de produtos que possam ser utilizados com maior conforto e adequação anatômica pelas pessoas. Isto se aplica a objetos diversos, tais como: sapatos, colchões, carros, móveis, etc.
Hoje a Ergonomia difundiu-se em praticamente todos os países do mundo. No Brasil, existe a Associação Brasileira de ergonomia (ABERGO) e a Associação Brasileira de engenharia de Produção (ABEPRO) responsável por pesquisas e eventos na área.
Contudo, se o acervo de conhecimentos já disponíveis em ergonomia fossem dominados e aplicados pela sociedade, certamente daria uma contribuição importante para reduzir o sofrimento dos trabalhadores e melhorar a produtividade e as condições de vida em geral.
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