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Ergonomia

Tese: Ergonomia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  8/9/2014  •  Tese  •  1.667 Palavras (7 Páginas)  •  304 Visualizações

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RESUMO

A ergonomia é definida como a adaptação do trabalho ao homem. Para a realização dos seus objetivos, a ergonomia estuda uma diversidade de fatores relacionados com o homem, a máquina, o ambiente, a informação, a organização, e as conseqüências do trabalho na saúde do trabalhador.

Uma característica da ergonomia é a sua interdisciplinaridade, pois diversas área do conhecimento lhe dão sustentação, entre estas a antropometria, ciência que trata das medidas físicas do corpo humano, que tem uma importância especial, pois devido ao surgimento dos sistemas complexos de trabalho, é possível descobrir as dimensões físicas do homem e do trabalho com exatidão.

Através da ergonomia é possível apresentar algumas propostas de intervenções para os trabalhadores, a fim de que sejam melhoradas suas condições de trabalho e proporcionando uma melhor qualidade de vida.

Palavras Chave: Ergonomia, Homem, Trabalho, Qualidade de Vida.

1. ERGONOMIA

A palavra ergonomia originou-se do grego: ERGON: Trabalho e NOMOS: Legislação, Normas.

Definição: conjunto de conhecimentos e tecnologias que procuram a adaptação recíproca entre o trabalhador e o seu trabalho, de forma a se obter o binômio conforto e produtividade, procurando adaptar as condições de trabalho as características do homem.

Objetivo: analisar as situações de trabalho, a fim de definir parâmetros e propostas de transformações que viabilizam o conforto, a segurança e a eficiência no trabalho. Assim, projeta e/ou adapta situações de trabalho, compatíveis com as capacidades e os limites do homem.

Então, o relacionamento entre o homem e seu trabalho envolve, não apenas máquinas e equipamentos utilizados para transformar materiais, mas também o ambiente físico como um todo, a organização de como este trabalho é programado e controlado para produzir os resultados desejados.

Para obtenção deste objetivo, é necessário estudar:

• O homem – características físicas, fisiológicas, psicológicas, e sociais no trabalhador, influência do sexo, idade, treinamento e motivação.

• A máquina – entende-se por máquina todas as ajudas materiais que o homem utiliza no seu trabalho, englobando os equipamentos, ferramentas, mobiliários e instalações.

• O ambiente – estuda o ambiente físico que envolve o homem durante o trabalho como a temperatura, ruídos, vibrações, luz, cores e gases.

• A informação – comunicações existentes entre os elementos de um sistema, a transmissão de informações, o processamento e a tomada de decisões.

• A organização – aspecto como horários, turnos de trabalho e formação de equipes.

• As conseqüências do trabalho – tarefas de inspeções, estudos de erros, acidentes, além dos estudos sobre os gastos energéticos, fadiga e estresse.

A ergonomia estuda o trabalho masculino, o feminino, o infantil e dos idosos passando a considerar a segurança, eficiência e produtividade, além da qualidade de vida, bem estar social e satisfação pessoal.

1.1 Nascimento e evolução da ergonomia

Histórico: a ergonomia relata que a preocupação vem desde os tempos remotos, passando a evoluir acompanhando as exigências do mercado de trabalho. Começou quando o homem na época da pré-história passou a moldar pedra no formato que melhor se adaptassem à forma e ao movimento de sua mão, para usá-la como arma. Essa preocupação de adaptação dos objetos ao homem se perpetuou na produção artesanal.

No dia 12 de julho de 1949 nasceu a ergonomia, pois foi neste dia que pela primeira vez reuniram-se, na Inglaterra, um grupo de cientistas e pesquisadores com um objetivo comum: discutir e formalizar a implantação deste novo ramo da ciência. O termo ergonomia acabou sendo adotado nos principais países da Europa, onde ocorreu a fundação da Associação Internacional de Ergonomia, responsável pelo primeiro congresso realizado em Estocolmo, em 1961.

A ergonomia desenvolveu-se durante a II Guerra Mundial quando, pela primeira vez, houve uma conjugação sistemática de esforços entre a tecnologia e as ciências humanas. Fisiologistas, psicólogos, antropólogos, médicos e engenheiros trabalharam juntos para resolver os problemas causados pela operação de equipamentos militares complexos. Os resultados desse esforço interdisciplinar foram tão gratificantes, que foram aproveitados pela indústria, no pós-guerra.

Esta preocupação na área militar fez com que a ergonomia evoluísse muito. As descobertas e seus conhecimentos em pouco tempo saíram do meio militar e passaram para aplicações civis, ganhando uma dimensão muito grande após a II Guerra Mundial, fazendo com que começassem as preocupações com a melhoria das condições de trabalho e qualidade de vida do trabalhador. Esta melhoria vem acontecendo de maneira fácil e sem rejeição.

Nas sociedades capitalistas a competitividade fez aumentar a preocupação por máquinas, ferramentas e condições do trabalho que melhor se adaptassem ao homem, fazendo com que a ergonomia se difundisse por todo o mundo.

No Brasil, a ergonomia passou a ser de responsabilidade pública, quando o Ministério do Trabalho e Previdência Social instituiu a Portaria n. 3751, em 23/11/90, estabelecendo a Norma Regulamentadora, a NR17, que trata da ergonomia. Essa norma despertou o interesse no setor produtivo brasileiro.

As milhares de pesquisas feitas por instituições e pesquisadores internacionais e nacionais não conseguem responder a todos os questionamentos que existem entre o homem e o trabalho. E, por isso, a ergonomia vem lutando por um espaço na concepção das máquinas para que as mesmas se tornem mais confortáveis, eficazes e principalmente que dêem ao homem uma qualidade de vida melhor.

A ergonomia estuda diversos aspectos: a postura e os movimentos corporais, fatores ambientais, informação, controles, bem como cargos e tarefas. A conjugação adequada desses fatores permite projetar ambientes seguros, saudáveis, confortáveis e eficientes, tanto no trabalho quanto na vida cotidiana.

1.2 Ocasião da contribuição ergonômica

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