Ergonomia
Exames: Ergonomia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: alessandrasotter • 8/3/2015 • 2.027 Palavras (9 Páginas) • 257 Visualizações
ERGONOMIA E ORGANIZAÇÃO INDUSTRIAL
Introdução
A Ergonomia, palavra de origem grega, onde: ERGO = trabalho e NOMOS = normas (regras) ainda é um assunto pouco conhecido entre a sociedade, inclusive quanto termo - Estudo da adaptação do trabalho ao homem, os equipamentos que utiliza e o meio ambiente – A ergonomia é aplicada desde a antiguidade, quando o homem pré-histórico ao fixar na porta de uma vara uma lasca de pedra afiada para facilitar a caça de uma forma mais confortável, segura e eficaz estava inconscientemente realizando o processo de ergonomia.
Atualmente a Ergonomia vem se destacando com a evolução dos estudos relacionados ao bem estar do trabalhador e sua satisfação na organização, assunto que impacta diretamente na sua vida profissional e pessoal do ser-humano, assim como na organização de modo geral, influenciando a produtividade, motivação, desempenho e principalmente os custos ocasionados por doenças ocupacionais.
1. Contextualização histórica
Para esclarecer o surgimento dos primeiros estudos e teorias sobre ergonomia é importante entender a contextualização histórica atrelada ao trabalho, desde a pré-história, passando pela era do artesanato, os estudos e teorias de filósofos, a revolução industrial até a era atual, chamada de era do conhecimento.
O homem, desde a antiguidade, busca meios, formas e estratégias para vencer os desafios da sua sobrevivência. No início da pré-história os homens da caverna adaptavam suas armas para sobrevivência, conforme suas necessidades com o objetivo de facilitar o trabalho, diminuir os esforços físicos.
Na Idade Média, o Artesanato era a forma de produzir mais utilizada. De acordo com Martins (Martins,1998, p. 1de que livro), os artesãos foram a primeira forma de produção organizada, já que eles estabeleciam prazos de entrega, consequentemente estabelecendo prioridades, atendiam especificações pré-estabelecidas e fixavam preços em suas encomendas. A produção artesanal evoluiu face ao grande número de encomendas.
A Ergonomia objetiva para o trabalho artesão o bem-estar, visto que, de tal forma os artesãos se dedicam a todo processo produtivo.
Com o surgimento e crescimento da Revolução Industrial a era artesanal entrou em decadência.
Na Inglaterra a Revolução Industrial de 1760 e 1850 marca o início da era da modernização com o aparecimento da primeira máquina de fiar, com a máquina a vapor de James Watt deu inicio aos primeiros movimentos da Revolução Industrial, transformando a maneira de produzir, tornando os métodos de produção mais eficientes, abrindo espaço para o surgimento do capital e do trabalho.
Galpões, estábulos, velhos armazéns, foram transformados em fábricas com o maior número possível de máquinas de fiação e tecelagem em que as pessoas encontravam-se em péssimas condições de trabalho, havia exploração de homens, mulheres e crianças, além de máquinas sem proteção, improvisos, muitas horas de trabalho, exposição a riscos ( calor, gases, poeiras, intoxicações ) e nenhuma preocupação com o estado físico e psíquico do trabalhador.
(GAITHER 2001, p. 7-8deque livro) relata que a Revolução Industrial surgiu em função de dois elementos principais: a substituição da força humana e da água pela força mecanizada e o estabelecimento do sistema fabril).
Frederick Taylor que é considerado o pai da administração científica em que desenvolveu estudos a respeito de técnicas de racionalização de trabalho e a prática da divisão de trabalho, visando a máxima produção e o mínimo custo. (Livro: Princípios de Administração Científica, 1911)
Dentre os estudos desenvolvidos por Taylor, destacam-se algumas técnicas utilizadas para conseguir aumentar a eficiência operacional: Análise científica das atividades, redução da dependência de “terceiros”, segregação entre qualidade e produção, treinamento dos trabalhadores selecionados; motivação exclusivamente salarial; cooperação entre trabalhadores e a direção.
O trabalho e as doenças profissionais que afetam os trabalhadores foram observadas e estudadas por importantes filósofos:
Hipócrates em seus escritos que datam de quatro séculos antes de Cristo, fez menção à existência de moléstias entre mineiros e metalúrgicos.
Plínio, antes do advento da era Cristã, descreveu diversas moléstias entre mineiros.
Galeno (século II) fez várias referencias a moléstias profissionais entre trabalhadores das ilhas do mediterrâneo.
Georgius Agrícula na obra “De Re Metallica” traz uma discussão concreta sobre as doenças que afetam os trabalhadores, apresentando os acidentes de trabalho e as doenças mais comuns entre os mineiros.(George Bauer, 1556 – De Re Metallica)
Paracelso no século XV e XVI apresentou investigações sobre doenças ocupacionais. Em 1697 publica a primeira monografia sobre as relações entre trabalho e doença.
Bernardino Ramazzini em 1700 publica “De Morbis Articum Diatriba” (Doenças dos Trabalhadores) livro e grande repercussão em todo o mundo. Por este motivo é chamado de “Pai da Medicina do Trabalho”. Nesta obra descreve cerca de 100 profissões com os riscos específicos de cada uma.
Figura 1
Após tantas eras de desenvolvimento do ser-humano e do processo do trabalho, estamos vivendo em uma era conhecida como “era do conhecimento”.
Nesta atual era existe uma preocupação com o cliente, com os produtos, com a qualidade, inovação e tecnologia, não esquecendo que o ponto que torna tudo isso possível vem desde a pré-história, ou seja, o homem e seu trabalho, capaz de pensar, inventar, agir e criar.
Podemos afirmar que numa era onde a informação acontece rapidamente, diariamente surgem novas tecnologias, novos profissionais e para se alcançar melhores níveis de desempenho global é de imensa importância focar no ponto chave da questão, ou seja, o homem, investir na sua capacidade intelectual, em condições dignas de trabalho, no aspecto motivacional, segurança do trabalho, ações preventivas e principalmente na conscientização.
Para alcançar essas metas as políticas organizacionais estão diretamente ligadas ao investimento de recursos para o bem estar físico e mental do trabalhador, preocupando-se com o desenvolvimento das suas competências acerca da interface homem-máquina,
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