Essência Do Processo Educativo

Essência do processo educativo

Em nosso dia a dia, estamos constantemente avaliando ou sendo avaliados. Na simples expressão, “Que doce delicioso!”, conclui-se que o sujeito analisou, comparou, se posicionou e avaliou. Simultâneo a isso, nos avaliamos diariamente e somos avaliados por outras pessoas, seja no trabalho, na sociedade e é claro, na escola. Luckesi (2005) afirma que:

Defendemos a tese de que, hoje, na escola brasileira, pública ou particular, dos níveis de ensino fundamental, médio ou superior, praticamos exames escolares, ao invés de avaliação

Assim, quando se usa o termo avaliação, nem sempre é feito jus ao seu verdadeiro significado, pode estar se referindo ao exame.

O exame é uma prova que se faz para verificar os conhecimentos que possui uma pessoa sobre uma determinada questão e tem algumas características próprias, pois ele é classificatório, pontual, estático, antidemocrático, selecionador e excludente. No âmbito educativo, os professores sujeitam os seus alunos a exames para averiguar se assimilaram bem a matéria lecionada.

A avaliação do processo de ensino e aprendizagem é realizada de forma contínua, cumulativa e sistemática na escola, com o objetivo de diagnosticar a situação de aprendizagem de cada aluno, em relação à programação curricular e são fundamentais na prática do educador. A avaliação não deve priorizar apenas o resultado ou o processo, mas deve como prática de investigação, interrogar a relação ensino aprendizagem e buscar identificar os conhecimentos construídos e as dificuldades de uma forma dialógica.

Processual, sistemática e orientadora. A avaliação é um elemento importantíssimo para o professor, pois consegue atingir duas escalas, ou seja, a avaliação – serve para detectar o quanto e como o aluno aprendeu e também serve de elemento de auto-avaliação para o professor, pois o mesmo enxerga no resultado de seus alunos, como está sua prática e reflete sobre onde é necessário intervenção e o que é possível manter para aprimorar o aprendizado dos alunos.

Assim, o professor vai para sua classe, ministra sua aula e avalia se seus alunos estão interessados naquilo que ele próprio propôs como pauta, observa também se seus alunos estão aprendendo e, num movimento de pensar sobre sua prática, avalia e planeja uma nova ação, uma nova aula, objetivando que essa sempre seja melhor do que a anterior, aprimorando as estratégias didáticas, os recursos utilizados, de modo a tornar a aula mais dinâmica, agradável, lúdica, eficiente e eficaz.

Como sabiamente afirma Zaguri (2006): “Promover um aluno é uma grande alegria para todo professor consciente, mas aprovar quem não alcançou os objetivos educacionais mínimos da série é angustiante”. Com esse espírito de professor dedicado e comprometido com o ato de ensinar e também de avaliar é que almejamos uma educação de mais qualidade, deixando de camuflar a realidade “buracos negros” e encontrar possíveis saídas para reverter o quadro atual educacional.