Estado, Governo e Mercado

Grandes foram mudanças ocorridas nas relações entre Estado, Governo e Mercado durante o século XVII ao século XX, vivendo extremos econômicos e sociais resultantes da diversidade da atuação da dinâmica pendular Estado e Mercado, provocando consequências e uma série de grandes transformações afetando todo o mundo. Com a inexistência de equilíbrio de forças entre Estado e Mercado, passado do Estado Liberal ao Neoliberal ora o pêndulo Direito (Mercado) ora direcionava a esquerda (Estado), evidenciando através da historia que estas intervenções do Estado na vida social gera consequências ora maiores ou menores. (Situações que impactaram fortemente sua trajetória, vivendo situações no inicio do século onde a intervenção do Estado nas relações de mercado eram mínimas, situações vivenciadas na Europa e nas Américas), cada uma com suas especificidades, onde o agente regulador era o próprio mercado, ao oposto foi vivido após a primeira Guerra Mundial, por volta de 1917 onde o Estado assumiu maior controle praticamente sumindo o mercado, a partir de 1930 surgindo diferentes modelos nesta relação, cada uma com suas especificidades, por volta de 1930 na Europa Ocidental surgiu outro modelo nas relações Estado e Mercado, uma combinação híbrida onde cada um teria seu papel econômico e social, onde o Estado seria o agente regulador das relações, mas garantindo condições de acúmulo de capital privado. Já a partir de 1980 surgiram no ocidente novas mudanças nas relações econômicas sociais, fortalecendo o mercado como regulador, crescendo e espalhando por diversas partes do mundo.

Tais mudanças resultaram em quatro formas de Estado, sendo o Estado Liberal conquistado após período de grandes lutas caracterizado por uma relação autoritária entre o povo e classe governante, Segundo o importante filósofo e economista escocês, Adam Smith através de sua obra “A riqueza das Nações” O liberalismo defendia a separação entre estado e economia, e que esta deveria ser promovida pelo mercado e não pela burguesia dominante. Importantes pensadores da época também defendem a responsabilidade ser do poder público em manter a ordem, através de criação de leis que definindo obrigações em suas atividades junto ao mercado. A partir desses pensadores deu origem a liberdade política, onde afirmava direitos individuais inalienáveis, onde a intervenção do Estado não poderia centralizar e nem decidir seus passos. Iniciando nesse período uma divisão de funções entre Estado e sociedade, com entendimento que os interesses coletivos coincidiam com os interesses individuais. Portanto a divisão de poderes como forma de Desenvolvimento político deu-se a partir de conceitos elaborados por Montesquieu através de sua obra “Do Espírito das Leis”, elaborava conceitos sobre formas de governo e exercícios da autoridade política, atribuindo ao Estado o poder de desenvolvimento politico e social, e como forma de garantia a democracia representativa essa seria exercida através do voto, deixando de ser centralizado o poder nas classes superiores ou burguesas. Situações complexas vividas na economia desencadeou a queda da bolsa de valores em Nova York (1929), situação em que levou os liberais a desacreditar no Mercado como agente auto regulável movimentando o todos os países uma onda antiliberal, chegando ao Brasil, onde tais questionamentos eram manipulados pela elite com intuito de dominar.

Como resposta ao capitalismo decadente surgiu o movimento socialista, propondo um Estado Socialista, onde o sistema econômico e político ofertado seriam de igualdades, sem distinção entre ricos e pobres, onde o controle de produção das atividades econômicas seria mantido pelo Estado e apenas uma pequena parcela seria deixada para atuação do Mercado, ficando a iniciativa privada sufocada, podendo até desaparecer, resultando em um desequilíbrio das forças, tal situação ficou fortemente agravada onde de um lado esquerdo o pêndulo mostrava e efetivação do acesso aos cidadãos a serviços e produção de sociedade igualitária do outro lado direito do pêndulo percebemos total escassez do mercado, nem mesmo os países mais ricos conseguiram superar. Na União soviética surgiram duas reforma conhecida como GLASNOT – transparência retirada o controle político e PERESTROIKA abertura do mercado, não obtiveram sucesso, ficou estagnado o padrão de vida dos europeus por volta de 1970, e devido ao descontentamento popular desencadeou na economia a queda do socialismo, derrota na ex-união soviética e no leste europeu, onde perdeu as forcas devido a desunião populacional deseperada por uma transformação social.

Ficando evidente a necessidade de uma reforma política, pois como cita o italiano Gaetano Mosca, cientista e historiados político, fala no desenvolvimento da teoria das elites que sempre haverá uma classe governante e outra governada, para atender as diferentes características sociais e erradicar os problemas de classe que já estavam evidentes o fracasso do socialismo, então surgiu o Estado de Bem-Estar Social, onde o Estado por meio de políticas públicas interviu nas relações com o Mercado garantindo igualdade social aos cidadãos, suprindo as deficiências causadas pela pobreza e pela insuficiência do mercado por meio do estado de bem-estar social. Potências econômicas como Estados Unido e Alemanha sofreram fortemente com a crise econômica com alto desemprego, aconteceu também no Brasil, aumentando a regulação do Estado sobre o Mercado, com a intervenção na por meio de politicas publicas assumindo o papel de promotor da industrialização resultou em grandes progressos, como a criação do salário mínimo, do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), criação de Institutos de aposentadoria e empresas públicas, avançando a economia em todos os países. Porém ainda na década de 1970 o pêndulo declinou totalmente a esquerda gerando um desequilíbrio entre as forcas econômicas podo fim a expansão do crescimento econômico. Que segundo Welfare State ele aumentou na medida