Estado Teológico, Positivo E Metafisico

Estado Teológico:

Desde a antiguidade, antes mesmo do cristianismo, pessoas eram assoladas pelo que acreditavam ser espíritos malignos, e isso acontecia fortemente na cultura judaica antiga, com o advento do cristianismo, esse conceito tomou grandes proporções, atravessando a Idade Média e chegando aos dias atuais. Essa crença afirma que o homem quando entregue às paixões e aos prazeres desenfreados, pode vir a ser morada de espíritos imundos e demônios, que por sua vez, o atormenta e o estimula a praticar o mal.

Tanto para cristãos Ortodoxos, Católicos e Protestantes, esse tema é tratado com muita seriedade, pois a própria Igreja Católica possui uma escola de formação para sacerdotes exorcistas no Vaticano, já com os Protestantes, de diversas denominações, a prática de exorcismo é bem atual em suas Igrejas.

Estado Metafísico:

Já para alguns céticos de nossos dias atuais, não acreditam que distúrbios comportamentais e problemas como desvio de caráter são obras de um demônio, mas também não descartam a ação de uma força sobrenatural que não pode ser explicada, e que age em certas pessoas, resultando em comportamentos estranhos e que colocam em risco outras pessoas. Os que assim pensam geralmente não tem um grupo específico, fazem parte de variadas camadas sociais e podem ser tanto pessoas cultas quanto leigas.

Para especificar esta posição, é necessário dizer que a discussão metafísica, ou seja, o abstrato, é levado em conta, acreditando sim que existem forças sobrenaturais (como a alma), e que há evidências de que possamos percebê-las, porém é rechaçada a hipótese de que a tradição dos povos e as religiões possam explicá-las.

Estado Positivo:

Neste estado, quem avalia este fenomemo é a ciência e a razão, e a ciência mais apropriada para isso é a Psicologia. Para alguns psicólogos sérios, que não desdenham desse fenomeno e o tratam como objeto de análise, as ferramentas da Psicologia são muito úteis para um bom parecer. Alguns profissionais defendem a ideia de que o próprio indivíduo, levado por sua forte crença de que está possuído, o faz comportar-se de maneira a convencê-lo de que está certo. Para outros especialistas, existem patologias que explicam tal comportamento, como distúrbios neurocerebrais, esquizofrenia e psicoses adquiradas por traumas. Mesmo não sendo tarefa fácil, psicólogos e psiquiatras buscam analisar fenomenos religiosos há anos, houve alguns progressos, mas em um campo puramente místico e metafísico, análises racionais são difíceis de se fazer.