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Estagio Pre Operatorio-Piaget

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Por:   •  4/9/2013  •  2.831 Palavras (12 Páginas)  •  2.729 Visualizações

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ESTÁGIO PRÉ-OPERATÓRIO

SEGUNDO JEAN PIAGET

Trabalho solicitado pela disciplina de Psicologia Educacional II, do curso de Pedagogia Noturno, da Uniandrade, 2º período “C”, com a finalidade de avaliação do 1º bimestre.

Profº Luis Antonio

CURITIBA

SETEMBRO, 2004

INTRODUÇÃO

O trabalho tem por objetivo mostrar o desenvolvimento cognitivo e as habilidades da criança no estágio pré-operatório.

Segundo Jean Piaget esta fase acontece no período de 2 a 7 anos de idade, fase em que o simbolismo é intenso, a brincadeira é reveladora da organização psíquica da criança.

Este trabalho vai descrever o estágio pré-operatório, mostrando as características e capacidades desta fase. Analisando cada processo e descrevendo as principais manifestações ano a ano, sempre baseado nos preceitos de Jean Piaget.

1. ESTÁGIO PRÉ-OPERATÓRIO

Nesta fase a criança evolui de um estágio sensório-motor onde através das ações o pensamento se estabelece, sendo a criança gradativamente mais conceitual e representacional.

Desenvolve gradativamente a capacidade de representar eventos, formular seqüências, direcionar o comportamento, cada vez mais independente das ações sensórios-motoras. Este estágio acontece entre as idades de 2 a 7 anos, caracterizando este período com o aparecimento de novas capacidades. Surgem diversas características como: egocentrismo, centração, animismo, ausência de reversibilidade e inabilidade de acompanhar transformações.

1.1. REPRESENTAÇÃO

Poder representar objetos e eventos é o principal desenvolvimento do estágio pré-operatório. A partir dos 2 anos começam a se manifestar vários tipos de representações e pela ordem de aparecimento são: a imitação diferida, o jogo simbólico, o desenho, a imagem mental e a linguagem falada.

Segundo Piaget a função simbólica ou semiótica consiste na utilização de símbolos ou signos para representar os objetos ou eventos (o significado). Qualquer coisa que guarde semelhança com o que ela representa pode ser considerado um símbolo. Por exemplo: desenhos, silhuetas e outras. Aquilo que não guarda semelhança com o que representa, aparecendo de forma arbitrária são signos, citando a linguagem falada e a escrita, como números e letras.

1.1.1. IMITAÇÃO DIFERIDA

A imitação diferida pode ser definida como a imitação de objetos e eventos que aconteceram há algum tempo, já distantes. A capacidade de recordar e realizar novamente a ação observada ou realizada no passado torna-se basicamente uma acomodação. As primeiras formas verdadeiras de representação mental acontecem a partir do segundo ano de vida, apesar de tentativas serem observadas logo no terceiro mês de vida.

1.1.2. JOGO SIMBÓLICO

O jogo simbólico é uma forma de auto-expressão de natureza imitativa realizado para si mesmo, não tendo a intenção de interagir ou comunicar-se com os outros. Na realização destes jogos a criança cria e constrói símbolos que representam qualquer coisa que ela deseja, sem constrangimento. O significado do jogo pode ou não ser aparente ao observador pois não há ênfase na acomodação e nem é dirigido a uma audiência, que não a própria criança. A natureza livre do jogo simbólico agrega valor essencialmente funcional e ao de simples diversão.

No jogo simbólico esta assimilação toma a forma de um uso particular da função semiótica (simbólica) – a saber, a criação de símbolos livres no sentido de expressar tudo que, na experiência da vida infantil, não pode ser formulado e assimilado por meio da linguagem apenas. (Piaget e Inhelder, 1969, p.61)

Através do jogo simbólico a criança torna-se capaz de expressar suas idéias e pensamentos que ainda não consegue através da linguagem insuficiente ou inapropriada nesta idade.

1.1.3. DESENHO

Não há intenção por parte da criança de desenhar alguma coisa, no início são apenas garatujas. Ao longo de toda a fase pré-operatória esta capacidade vai sendo desenvolvida mas sempre de acordo com o que a criança imagina. Não há a capacidade de copiar ou coordenar o que vê e representar igual não seu desenho, as figuras são sempre o que imaginam porque acreditam ser o que é visualmente certo.

1.1.4. IMAGENS MENTAIS

As percepções estocadas na mente não são copias fieis das imagens, portanto as imagens mentais são representações internas (símbolos) de experiências ou objetos percebidos no passado. As imagens permanecem basicamente estáticas no desenvolvimento pré-operacional pois a dinâmica das imagens começa a aparecer no nível operacional concreto.

1.1.5. LINGUAGEM FALADA

O sistema de linguagem começa a se estabelecer a partir do segundo anos, às vezes um pouco antes ou depois, um som (palavra) representa agora um símbolo e não somente um objeto isolado. A habilidade lingüística desenvolve rapidamente devido à interação social da criança e aos 4 anos já construiu e domina o sistema básico de linguagem falada. Consegue empregar a maior parte das regras gramaticais e entende o que ouve. Este processo de desenvolvimento da linguagem falada é acelerado devido a necessidade da criança de facilitar o desenvolvimento conceitual que acontece neste estágio.

As conseqüências essenciais ao desenvolvimento mental são: a possibilidade de comunicação com outras pessoas, a internalização da palavra, o aparecimento do pensamento, a internalização da ação, que a partir de agora será intuitiva por meio de imagens e experimentos mentais, segundo Piaget, 1967, p.17.

Em 1926, Piaget defendeu que há essencialmente duas classificações das falas das crianças na fase pré-operacional: a fala egocêntrica e a fala sociabilizada. Dos 2 aos 4 anos a fala infantil não tem a intenção de comunicação com os outros, freqüentemente a criança fala na presença de outros,

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