Estética Musical

ESTÉTICA MUSICAL

Com base na leitura do texto apresentado, a estética está integralmente relacionada ao que é belo e ao que é feio, perdendo, nos últimos tempos, o seu real significado.

Para se adentrar no assunto do que é estética, é importante verificar as visões filosóficas acerca do tema desde a Antiguidade. Grandes exemplos, destacam-se os filósofos gregos, Sócrates, Platão e Aristóteles. Cabendo ressaltar que o pensamento sobre a arte destaca-se tanto no Ocidente quanto no Oriente.

Como bem posto, ressalta-se a filosofia conhecida como Neoplatonismo, que representa a união de ideias clássicas, baseadas, logo, na filosofia de Platão, através do Cristianismo.

Desse modo, retira-se trecho do referido texto:

“A palavra ‘estética’ tem origem grega. Vem da expressão aisthésis, que remete à ideia de ‘sensação’ (impressão advinda por meio dos sentidos). “

Assim, veja-se que estética é um ramo da filosofia que tem por objetivo o estudo da natureza do belo e dos fundamentos da arte. Ela estuda o julgamento e a percepção do que é considerado belo, como já destacado no início, bem como a produção das emoções pelos fenômenos estéticos, tais como: as diferentes formas de arte e da técnica artística; a ideia de obra de arte e de criação; a relação entre matérias e formas nas artes. Porém, de outro giro, cumpre ressaltar que a estética também está relacionada ao que pode ser considerado feio, privado de beleza, ou até mesmo ridículo.

Nesse sentido, fazendo uma analogia da estética no cenário musical, ou melhor dizendo, a estética musical, pode-se concluir que esta seja a qualidade e o estudo da beleza e do prazer da música. É nítida a capacidade da música em afetar as emoções das pessoas, o intelecto e até mesmo a psicologia. As letras podem aliviar a solidão ou estimular as paixões. Logo, a música é uma majestosa forma de arte, cujo apelo estético está altamente relacionado com a cultura na qual é executada.

A música tem como grandes e excepcionais elementos estéticos, a harmonia, a ressonância, o timbre, a dinâmica temporal, dentre outros. Portanto, esta forma de arte está integralmente ligada a esta forma de filosofia chamada estética.

Destarte, conclui-se que o estudo da estética só tende a contribuir para o cenário musical, in caso, a música em si. O conhecimento técnico-musical, é necessário através da estética, visto que capacita o pesquisador e/ou aluno a aproximar-se do objeto musical com o mesmo vigor e clareza conceitual de sua área de origem.

A estética, na música, reflete necessariamente sobre a apreensão sensível da música sobre a escuta. Assim, cabe dizer que a estética musical é um grande instrumento e merece a devida expansão no meio acadêmico brasileiro.

Para finalizar, destacamos citação do musicólogo Carl Dahlhaus:

“A reflexão que se atrela à música, ou mesmo à literatura, não é, de forma alguma, estranha à música: ela pertence a esta enquanto evento histórico ou mesmo enquanto objeto de percepção. O que se percebe da música depende, em parte, do que tivermos lido a seu respeito.” (DAULHAUS, Carl. Estética musical. Trad. Artur Morão. Lisboa: Ed. 70. 1991)

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