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Etapa1 Matematica

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Por:   •  13/4/2013  •  2.527 Palavras (11 Páginas)  •  375 Visualizações

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Capítulo 1

1- INDIVÍDUO, SOCIEDADE E CULTURA.

1.1- Objetivo

Ao entender que as Ciências Sociais estudam a vida dos indivíduos em sociedade, sua origem, desenvolvimento, organização, grupos sociais e cultura , compreende-se que, além de investigar as relações entre os sujeitos e seu coletivo, seu estudo permite interpretar problemas e refletir sobre os processos de transformação destas relações/estruturas sociais.

1.2- Introdução

Os indivíduos desenvolvem-se e relaciona-se com o seu ambiente, que é ao mesmo tempo natural e humano, pela abertura para o mundo. Nesse relacionamento, o homem desenvolve-se biologicamente quando já se acha em relação com seu ambiente. Então o desenvolvimento biológico, a formação do eu humano e o processo social ocorrem ao mesmo tempo e consequentemente, os indivíduos produzem um ambiente humano, no qual suas formações socioculturais e psicológicas são expostas. Assim, um indivíduo isolado não consegue produzir um ambiente humano, pois “a humanidade específica do homem e a sua sociabilidade estão inextricavelmente entrelaçadas” (BERGER; LUCKMANN, 1973, p.75).

O indivíduo influencia a organização e é influenciado por ela. O relacionamento da cultura com o ambiente e com os indivíduos é sistêmico e funciona em circuito duplo. A cultura é o conjunto de valores, símbolos, crenças, ritos, mitos, hábitos que variam de sociedade para sociedade e são socialmente construídos em nossa atividade quotidiana, são modelos mentais.

Uma sociedade é um sistema de inter-relações que ligam os indivíduos em conjunto. Nenhuma cultura pode existir sem uma sociedade. Mas, igualmente, nenhuma sociedade existe sem cultura. É preciso constituir uma comunidade que tenha níveis adequados de integração e participação.

O sistema cultural é o responsável pela legitimação da comunidade societária, através de um sistema de simbolismo constitutivo que fundamenta a identidade, a solidariedade, as crenças, os rituais e outros componentes culturais que corporificam esse simbolismo. Portanto, a auto-suficiência de uma sociedade inclui o fato de institucionalizar uma amplitude suficiente de componentes culturais, de forma a atender, de maneira relativamente satisfatória, suas exigências societárias.

“A socialização primária é a primeira socialização que o indivíduo experimenta na infância, e em virtude da qual se torna membro da sociedade” (p. 175). “A socialização secundária é qualquer processo subseqüente que introduz um indivíduo já socializado em novos setores do mundo objetivo de sua sociedade (p. 175)”.

A capacidade de reagir à mudança de forma ágil e eficiente passou a ser um requisito para as organizações modernas. Estruturas organizacionais que facilitem o processo de mudança vêm sendo adotadas cada vez com maior freqüência. No entanto o processo de mudança não é simples, uma vez que existem muitos fatores que se interrelacionam e afetam a dinâmica da mudança. A estrutura organizacional, a cultura de grupos e subgrupos da organização, as expectativas, talentos e limitações individuais e a pressão do mercado são alguns destes fatores que tornam tão delicado o processo de mudança. Entre eles, cultura organizacional e individual, com valores, normas, mitos e tradições organizacionais e pessoais são as mais críticas no processo de evolução.

Da mesma forma que a estrutura organizacional afeta os valores culturais, a cultura também melhora o modo que a organização controla e motiva os recursos organizacionais em uma relação de mão dupla. Tanto o indivíduo e a organização atuam sobre a cultura e as estruturas, quanto às últimas refletem e modificam os indivíduos e organizações. Mais do que uma variável externa que influi na organização, a cultura é um dos componentes do sistema organizacional, um processo proativo e contínuo da construção da realidade organizacional, social e individual.

A nível individual verifica-se que, durante o processo de mudança, alguns indivíduos não conseguem se adaptar ao novo papel que se espera dele, e esta situação pode gerar conflitos, anomia e desmotivação. Outros podem desenvolver uma rápida adaptação com o ambiente organizacional e institucionalizar comportamentos que são considerados apropriados pela organização para garantir a manutenção ou aumentar a quantidade de poder e status que possuem na organização. Da mesma forma que as organizações por vezes passam por cima de seu valor básico que é a eficiência em busca de legitimidade e sobrevivência de longo prazo, ou seja, lucro a qualquer custo, também os indivíduos percebem essa tendência e fazem uso dela para a autopromoção.

Com respeito à sociedade, parece correta a afirmação de CASTELLS de que cada vez mais a nova ordem social, a sociedade em rede, parece uma metadesordem social para a maior parte das pessoas. Ou seja, uma seqüência automática e aleatória de eventos, derivada da lógica incontrolável dos mercados, tecnologia, ordem geográfica ou determinação biológica.

Capítulo 2

2- ASPECTOS SOCIAIS, POLÍTICOS, HISTÓRICOS E CULTURAIS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS.

O FILME “A classe operária vai ao paraíso” é uma obra impecável do cinema político italiano dos anos 60 e 70. Em um momento de grande força dos partidos comunistas e do movimento operário europeu, o cinema conseguiu captar todo o debate em torno do engajamento dos operários na vida política européia e particularmente, italiana.

O processo de conscientização política do operário Lulú é o eixo do filme, que de forma argumentada, consegue fazer aflorar as divergências da condição do trabalhador sem cair na armadilha do filme panfletário. Ao mesmo tempo em que Lulú se politiza é influenciado pela sociedade de consumo. Suas referências no processo de politização são três: o discurso extremista dos estudantes, a postura moderada dos sindicalistas e, sobretudo, seu velho companheiro de trabalho, Militina, que devido ao trabalho da fábrica acaba ficando louco, indo parar em um manicômio.

O indiferentismo do trabalho no capitalismo é exposto de maneira brilhante na conversa de Lulú e Militina, onde este lembra que nem ao menos sabia para que serviam as peças que produzia. Ainda Militina é a principal referência do sonho irrealizável que dá nome ao filme: o muro que precisa ser derrubado, dando acesso ao paraíso para todos os operários.

A discussão de Lulú com o líder estudantil após ter sido demitido expõe a dificuldade em aproximar

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