FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: AUSÊNCIA DE POLÍTICAS DE EMPREGO E DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA.
Dissertações: FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: AUSÊNCIA DE POLÍTICAS DE EMPREGO E DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA.. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: fernandaeriksson • 9/11/2014 • 2.538 Palavras (11 Páginas) • 529 Visualizações
INTRODUÇÃO
A sociedade é composta de diferentes indivíduos que desempenham diversos papéis juntamente a outros indivíduos que dão suporte aos papéis desempenhados quando essa estrutura se agiganta temos a presença das instituições compondo a sociedade, a divisão social faz pensar a respeito da constituição das sociedades atuais, já a estrutura familiar na contemporaneidade, vêm com objetivo de buscar compreender as transformações que vêm ocorrendo nas famílias, famílias vivem em condições precárias com falta de emprego, de moradia e saneamento básico, sem condições mínimas de sobrevivência. Ao longo das últimas décadas, o mercado de trabalho vem passando por grandes transformações provocadas pela abertura dos mercados e pelas inovações tecnológicas e organizacionais que afetaram o nível e a distribuição do emprego, mediante os fatos de desempregos vem, a inserção da mulher no mercado de trabalho, a entrada da mulher no âmbito do trabalho traz repercussões na organização e na estrutura de funcionamento familiar, levando à proposição de novas configurações.
FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: AUSÊNCIA DE POLÍTICAS DE EMPREGO E DETERIORAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA.
A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO:
A divisão social do trabalho surge quando grupos de produtores realizam atividades específicas em consequência do avanço de um certo grau de desenvolvimento das forças produtivas e de organização interna das comunidades, conduz à formação de grupos especializados nas diferentes atividades produtivas e à obtenção de níveis de produtividade que permitem a criação de excedentes económicos, a divisão social do trabalho alia-se a tendência para a apropriação, numa primeira fase, dos instrumentos de trabalho e, posteriormente, dos restantes meios de produção. Determinam-se relações sociais entre os indivíduos respeitantes ao uso e posse dos instrumentos, dos materiais e até dos bens produzidos. A formação de grupos de pessoas com diferentes posições no processo produtivo é assegurada por formas de propriedade que acabam por conduzir à divisão da sociedade em classes sociais e por permitir a uma parte da sociedade explorar a outra, manifestam-se as primeiras contradições entre os interesses individuais de grupos ou famílias e o interesse comunitário dos indivíduos que mantêm um intercâmbio entre si.
A pontos de vista sobre divisão social do trabalho: Esses pontos de vista, às vezes destoantes, se construíram em situações e motivações distintas. Marx apregoava que a ciência social deveria modificar a realidade das pessoas, que atualmente não era boa. Weber focava o indivíduo e o impacto que as ações do indivíduo – em especial a religiosidade – trazia à sociedade como um todo; isso em um contexto um pouco mais favorável ao capitalismo do que o encontrado por Marx. Durkheim, em sua tentativa de estabelecer a Sociologia como uma ciência quase que exata, procura identificar os “órgãos” da sociedade. Além disso, procura as leis que regem a coesão desses órgãos, e dessa forma a divisão social do trabalho seria a identificação da harmonia existente na operação desses órgãos em conjunto.
Essa discussão é relevante para que se possa pensar a respeito da constituição das sociedades atuais. Até que ponto, por exemplo, as mesmas políticas públicas podem ser aplicadas aos meios rural e urbano, dadas as atribuições de trabalho social de cada um? Outro questionamento: como se podem entender as relações entre candidatos e eleitorado? Como as ideias individuais deste podem influir nas eleições daqueles? Existem outras questões em aberto. Porém, uma ampla compreensão dos contextos de papéis e relações entre papéis, quer nos planos individual ou institucional, pode significar numa melhor adequação das atitudes políticas e sociais a serem tomadas.
AS RELAÇÕES FAMÍLIARES NA CONTEMPORANEIDADE:
A família até a metade do século XX tinha, a mulher, mesmo sendo a progenitora da vida, não detinha o poder central da família, mas sim o homem. Porém, ela é uma das grandes responsáveis pela transformação do espaço familiar, devido à conquista de alguns papéis e condições antes apenas masculinos e/ou inexistentes para elas. Por exemplo, a família é algo que acompanha um cenário comum em qualquer sociedade ocidental, mas suas transformações podem se dar em tempos diferentes. Durante os anos 90, em função dos efeitos da crise econômica e da reestruturação produtiva em curso desde a década anterior. Entre os aspectos ressaltados em estudos sobre o tema, está a questão da deterioração das condições de trabalho, sustenta-se que o emprego de tempo integral, de longa duração, protegido pela legislação trabalhista e pelos contratos de trabalho acordados pelos sindicatos, o aumento do desemprego, um dos fatos mais marcantes do período foi a redistribuição da mão-de-obra por setor de atividade.
Com tanto desemprego, começa a ver mudanças de conceitos de como manter uma família, antigamente, se produzia para sobreviver, o que se produzia era sua forma de sustento, verificou-se, por um lado, um processo de destruição de postos de trabalho nas atividades agrícolas e, por outro, uma considerável geração de ocupações nas atividades não agrícolas, especificamente no Setor Terciário. As atividades agrícolas perderam 257,5 mil postos de trabalho no período, o que representa uma queda de 16,5% em relação ao total de ocupados no ramo em 1992. No Terciário, o estoque de ocupados registrou um aumento de 328,1 mil pessoas — cerca de 15,0% em relação a 1992. A ocupação no Setor Secundário ficou praticamente estável nos anos considerados,
Ao longo das últimas décadas o debate sobre a crise da família, no Ocidente, foi propiciado pelos efeitos da generalizada aceitação social do divórcio, do declínio da instituição do casamento e da baixa taxa de fecundidade. Esses acontecimentos tanto indicaram a compreensão de que se delineara o enfraquecimento da família, quanto sugeriram a análise do surgimento de novos modelos familiares, caracterizados, por sua vez, pelas mudanças nas relações entre os sexos e as gerações, tais como: controle mais intenso da natalidade, autonomia relativa da sexualidade referente à esfera conjugal (posto que o exercício da atividade sexual deixa de estar circunscrito à esfera do matrimônio), inserção massiva da mulher no mercado
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