FRAUDES

INTRODUÇÃO

As fraudes sempre estiveram acompanhando a história do homem e de suas civilizações, são tristes fatos que não são privilégio somente de nossa época atual. Desde os primórdios da humanidade, pela ambição e ganância, o acúmulo de riqueza é algo que move e impulsiona as pessoas a produzirem cada vez mais bens e serviços.

Segundo Rasmussem (1988 apud ORIA FILHO, 2007, p. 12): “desde a idade média até a época atual, os homens que possuem poderes, em certas circunstâncias, têm abusado desses poderes para se enriquecer e lesar as instituições das quais obtiveram confiança e poder”. Muitas vezes, proprietários, gerentes e contadores utilizam seus conhecimentos para manipular os relatórios contábeis, reduzindo assim a qualidade e confiabilidade dos mesmos, tornando as informações mais opacas.

Em decorrências aos vários escândalos contábeis, os empresários estão mostrando-se cada vez mais atentos, percebendo que os atos fraudulentos não são exclusivos das grandes organizações. As medidas adotadas para prevenção vem aumentando gradativamente, já que o avanço tecnológico possibilitou grandes melhorias no que diz respeito a detecção e prevenção das fraudes.

As fraudes contábeis visam manipular os resultados da organização no intuito de demonstrar uma situação enganosa podendo assim causar sérios problemas aos usuários externos dessa informação. Esses danos também geram perdas no âmbito financeiro e prejudicam a alocação de recursos escassos na economia mundial. Em alguns casos mais específicos como o da Enron, Worldcom, Parmalat, Xérox, etc. comprovou-se a existência de fraudes contábeis.

Conforme pesquisa da KPMG (2000, p. 2), realizada com cerca de mil empresas, em relação as perdas: “A fraude exerce sobre as organizações o mesmo efeito de deterioração do concreto exerce numa construção: sob a superfície, ela vai minando a estrutura e os alicerces e, se o proprietário tardar em descobrir a corrosão ou não atuar imediatamente após sua descoberta, o edifício acabará ruir.”