FRIEDRICH FRÖBEL

1. INTRODUÇÃO

O presente texto é resultado de uma pesquisa para a disciplina de Didática, do segundo ano do curso de Pedagogia. O tema abordado nesse estudo foi à bibliografia do educador e autor Friedrich Fröebel e suas contribuições para a educação.

Nesse sentido, considera-se relevante esta pesquisa para analisarmos como um ser humano que a princípio não tinha interesse algum na área educacional, tornou-se um educador que tanto em seu século como na atualidade as suas propostas pedagógicas repercutem.

Estudar esta temática é fundamental ainda por vários fatores, entre estes, podemos destacar: a importância da construção de material didático apropriado para a criança, a criação de brinquedos e jogos que desenvolvem as aptidões físicas, motoras e intelectuais da mesma, criação de um espaço voltado à educação infantil que se denominou Jardim da Infância, a valorização da criança como um ser integral que tem vontades e essas devem ser respeitas, juntamente com suas fases de desenvolvimentos físicos e intelectuais.

Este trabalho tem como objetivo: conhecer o autor pesquisado aliando o referencial teórico, a prática em sala, formando assim a práxis pedagógica; refletir em como as suas propostas contribuíram para a educação infantil. Por esse motivo fazerem os uma representação de suas idéias e propostas educacionais.

Este trabalho é composto das seguintes partes: o desenvolvimento, onde se encontra o embasamento teórico; a metodologia onde está fundamentado esse embasamento; as considerações finais; as referências e os anexos.

2 DESENVOLVIMENTO

Friedrich Fröebel nasceu em 21 de abril de 1782, em Oberwessbach, Turingia, filho de um pastor luterano, ficou órfão de mãe antes de completar um ano de idade. Estudou na Universidade de Jena onde cursou Filosofia, Arquitetura e Minerologia. Em 1805 mudou-se para Frankfurt, pois decidiu dedicar-se a Arquitetura, mas seus projetos foram interrompidos quando conheceu Grüner, um mestre que leciona em uma escola modelo, que havia sido discípulo de Pestalozzi. Assim ele encontrou sua verdadeira vocação: educar.

Em 1808 Fröebel foi preceptor particular e estudou o método de Pestalozzi. Passado alguns anos retornou a universidade, estudou Ciências Naturais e Linguagem, após o aprofundamento nestes estudos ele constatou que o método Pestalozzi era impróprio para a primeira infância, percebia singulares analogias entre o mundo físico e o espiritual.

Alistou-se em 1813 e serviu na guerra nesse mesmo ano, após o seu retorno aceitou o cargo de auxiliar de uma classe de mineralogia. No outono de 1816 regressou à sua cidade natal para educar os seus sobrinhos, nesta ocasião organizou um instituto educativo, que brevemente reuniu mais de sessenta alunos.

Fröbel publicou o livro A educação do homem no ano de 1826, após esse período consentiu que o instituto permanecesse sob os cuidados de sua esposa e seus amigos e viajou a Suíça, fundando outros cursos de aperfeiçoamento para professores. Dirigiu um orfanato no mesmo castelo de Burgfort onde Pestalozzi havia colocado em práticas suas propostas pedagógicas, contudo em 1836 afastou-se da direção de Lagethal e retornou a Keilhau onde se localizava o seu instituto.

Fundou em Blankegurg um “Instituto de ensino para fins de auto-instrução”, esse instituto não era uma escola, era um estabelecimento com o intuito de estudar e preparar material didático concebido por Fröbel para a primeira infância. Fundou um jornal onde escrevia sobre seu novo material didático, assim viajou pela Alemanha ministrando conferências demonstrativas.

Inaugurou em 1839 um instituto educativo para crianças em idade pré-escolar, cujo nome era Jardim Geral Alemão para Crianças, assim surgiram em outras cidades outros estabelecimentos de ensino nesse modelo.

Após ter encontrado problemas de fundo político pelas suas propostas pedagógicas, que eram consideradas com fundamentos socialistas e ateus Por esse motivo muitos Jardins da Infância situados alguns estados alemães, foram fechados. O educador lutou para que elas fossem reabertas, mas foi vencido em sua batalha. Em 21 de junho de 1852 Fröbel faleceu no castelo de Marienthal, Turinga, deixou suas contribuições com as seguintes obras: A educação do homem (1826), Princípios da educação do homem (1833) e Cantos maternais e carícias (1844), uma coleção de poesias educativas ilustradas e completadas com instruções pedagógicas.

Fröebel formulou uma teoria abrangente de educação pré-escolar e foi o criador dos Jardins de Infância, compartilhava ele e outros pensadores de seu tempo a idéia de que a criança é como uma planta em sua fase de formação, que exige cuidados periódicos para que cresça de modo saudável. Portanto, ele acreditava que os primeiros anos de vida da criança eram a chave para o sucesso ou o fracasso de seu desenvolvimento pleno.

As técnicas utilizadas hoje na educação infantil têm grande influência nas idéias pedagógicas de Fröebel, para ele as brincadeiras era o caminho para aprendizagem. Com base na observação das atividades dos pequenos com jogos e brinquedos, foi um dos primeiros pedagogos a falar em auto-educação, um conceito que se difundirá com o movimento da Escola Nova, nos Estados Unidos com o filósofo John Dewey que incorporou seus preceitos com as concepções de Fröbel.

A educação infantil para o educador é indispensável, sendo que o objetivo das atividades nos jardins de infância era possibilitar brincadeiras criativas. Assim ele desenvolveu vários brinquedos, prevendo que a educação permitisse paralelamente o treino de habilidades novas com o aperfeiçoamento das existentes. Dessa maneira seria possível aos alunos exteriorizar seu mundo interno e interiorizar as novidades vindas de fora, um dos fundamentos do aprendizado, segundo o pensador.

Ele foi o primeiro educador a enfatizar o brinquedo, a atividade lúdica, a apreender o significado da família nas relações humanas. Idealizou

recursos sistematizados para as crianças se expressarem: blocos de construção que eram utilizados pelas crianças em suas atividades criadoras, e utilizou outros recursos como: o papel, o papelão, a argila e a serragem.

O material desenvolvido para as aulas tinham formas geométricas, erram manipuláveis e desmontáveis, esses objetos denominava- se “dons”, eram utilizados de forma intencional, garantindo o aproveitamento pedagógico. Os “dons” são: seis de bolas de borracha, cobertas com tecido de retrós