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Febre Amarela

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Por:   •  22/11/2014  •  1.237 Palavras (5 Páginas)  •  391 Visualizações

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com Varella (2009), febre amarela é uma doença infecciosa causada por um tipo de vírus chamado flavivírus, cujo reservatório natural são os primatas não-humanos que habitam as florestas tropicais. Ela surgiu de forma semelhante à Dengue, navegadores que visitavam as costas da África relatavam ocorrências de uma doença misteriosa, que evoluía com febre alta, calafrios e vômitos negros (cor de borra de café), capaz de lavar as pessoas à morte em poucos dias.

Migrou para o Brasil através dos navios negreiros no século 16. Na sua chegada aqui o microrganismo encontrou hospedeiros e com a falta de saneamento básico, o vírus teve condições ideias para a propagação.

Ocorreram várias epidemias, principalmente nos portos, através da chegada de escravos, inicialmente no Caribe e nas Américas. Assim como pelos rios, pelas bacias do Mississippi, na América do Norte; e do Amazonas e do Prata, na América do Sul. Foram encontrados registros Maias, datados em 1648, na cidade de Yucatán, no México. No século 18, a epidemia invadiu a Europa a partir de Portugal, Espanha, França e Inglaterra. Em 1853, chegou nos Estados Unidos, e provocou surtos em Boston, Filadélfia, Baltimore e Nova York, que desencadeou uma crise financeira. Por razões que ninguém soube explicar surgiram casos na Ásia. No Haiti, em 1794, os ingleses que haviam invadido, foram obrigados a se retirar após 4 anos de ocupação, em decorrência da febre amarela. O primeiro surto que foi documentado oficialmente na América Central foi a epidemia cubana de 1620.

Estimam-se que tenham desembarcados cerca de 150 mil africanos. Em 1849, um navio procedente de Nova Orleans (Estados Unidos) atracou em Salvador, depois, no Rio de Janeiro. Nessas duas escalas, desembarcaram alguns viajantes com a doença. Em 1850, tivemos uma epidemia que atingiu cerca de um terço da população do Rio de Janeiro, o número de mortes é incerto. Em 1870, todos os verões, centenas e até milhares de cariocas morriam em decorrência da doença. Em 1989, se espalhou por São Paulo, a situação era tão grave que os navios europeus se recusavam a atracar em Santos e no Rio de Janeiro, eles passavam direto para o Uruguai e a Argentina, de onde os passageiros viajavam por terra. Em 1892, cogitou-se desativar o Porto de Santos, para minimizar o problema.

Em 1903, no Rio de Janeiro, sob a liderança do médico e sanitarista Oswaldo Cruz, foi criada uma campanha de combate ao mosquito, que contou com uma oposição da população e imprensa. Apesar dos acontecidos na época, em 1908 foi decretado o fim da epidemia. Porém, em 1928 à 1929, houve outra epidemia no estado do Rio de Janeiro, cujo as causas não são explicitas, principalmente com surtos no interior. Nessa mesma época, se observou que a doença era endêmica em macacos, sendo transmitida ao ser humano também por mosquitos do gênero Haemagogus.

O agente da febre amarela é um arbovírus parente próximo daquele que provoca a dengue. Ambos pertencem ao gênero Flavivírus, grupo que reúne cerca de 70 vírus, a maioria dos quais transmitidos por insetos. Seu nome cientifico é Flavivírus Febrics. Estudos genéticos demonstram que o vírus foi criado por mutações genéticas há cerca de 3 mil anos.

A febre amarela é constituída por três ciclos: O silvestre, onde o ser humano é picado ao penetrar em áreas florestais habitadas por macacos e mosquitos infectados, estabelecendo-se o ciclo macaco-mosquito-homem, responsável por casos esporádicos da doença; O intermediário, onde os mosquitos sem domésticos que picam seres humanos e macacos podem provocar pequenos surtos epidêmicos, limitados e povoados em determinada área, denominada zona de emergência; O urbano, que são as epidemias de grandes proporções, quando migrantes introduzem o vírus num certo centro urbano habitado pelo Aedes Aegypti, não há macacos envolvidos na transmissão, o ciclo é homem-mosquito-homem.

No passado a doença era chamada de febre hemorrágica viral, nos casos mais graves a doença pode evoluir com febre alta, prostração, danos hepáticos, renais, cerebrais e cardíacos, hemorragias, choque e morte. Nessas circunstâncias, sua taxa de letalidade é tão alta ou mais elevada do que o vírus Ebola. A evolução da doença costuma ser dividida em cinco períodos: Incubação, infecção, remissão, intoxicação e convalescença.

O período de incubação vai do momento em que se é picado pelo mosquito até o aparecimento dos primeiros sintomas. Em geral, o período de incubação dura de três a seis dias.

O período de infecção é de início abrupto. De repente, surge febre alta, dores fortes na região lombar, dor de cabeça, dores musculares, náuseas e tonturas. Nas crises de febre, a temperatura

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