Fichamento: As Cegueiras do conhecimento - EDGAR MORIN
Por: Guilherme Bohaczuk • 16/2/2018 • Resenha • 775 Palavras (4 Páginas) • 525 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE – UNICENTRO
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – LICENCIATURA
JOSÉ GUILHERME BOHACZUK
Referência bibliográfica |
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 8 ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2003 CAPÍTULO 1: AS CEGUEIRAS DO CONHECIMENTO: ERRO E ILUSÃO |
É necessário desenvolver, no âmbito educacional, o estudo nas características da mente humana, tais como mente, cultura e disposições mentais que levam à cegueira e a ilusão. O conhecimento, em sua essência, abarca o erro e a ilusão. Sendo assim, cabe à educação do futuro, atenuar essa condição. Mas de que modo isso se faz possível? Através do reconhecimento de que todo conhecimento é mutável, não concreto, assim, torna-se errôneo. Reconhecer o erro e a ilusão é difícil, pois os mesmos não se apresentam como tais. Desde os primórdios da existência do homem sábio, o erro e a ilusão se fazem presente como parasitas mentais, elucidando os vários erros cometidos pelo ser humano. De acordo com o autor, nosso subconsciente está impregnado de nossas vivências do mundo exterior. Vale ressaltar, que a memória é fonte de erros, visto que é seletiva. Assim, algumas teorias, fechadas, que buscam uma única verdade absoluta conduzem ao erro, pois não são capazes de enxergarem seus próprios erros. Estes seriam os erros da razão que confundiriam a racionalidade e a racionalização. (racionalidade = aberta, negocia com a irracionalidade; racionalização (nega-se à contestação de argumentos). Na nossa esfera (mundo ocidental), agimos e pensamos através de antíteses, tais como: claro e escuro, bom e mau. Ao contrário do mundo oriental, que tem uma visão de complementação das coisas opostas. As crenças, em diversas culturas, é eleita através de paradigmas determinantes de estereótipos cognitivos que seriam sua expressão cultural e normalização. Essas ideias são demasiado fortes que acabam nos dirigindo, ao invés de as dirigirmos. Morin sugere que é essencial nos deixarmos tomar por ideias críticas, de autocrítica, abertura e complexidade, ao invés de nos fecharmos cada vez mais.
“Falar da diversidade de métodos e epistemologias presentes nas diversas construções das pesquisas em educação permite que se vença, de certa maneira, os absolutismos e reducionismos das pesquisas, apontando assim para uma possibilidade de superação dos inúmeros questionamentos acerca das pesquisas que centram seus estudos somente numa perspectiva positivista, que não atende a multifacetada e dinâmica área da educação. Sob este olhar, dedica-se este estudo a pensar a EA e suas tendências nas pesquisas no sentido de compreender como estas vêm apresentando seus olhares sob este campo do conhecimento igualmente permeado pela diversidade de olhares, saberes, vivencias e experiências.” “Observando o gráfico se evidencia que as pesquisas ainda são em sua ampla maioria de caráter empírico-analíticas e crítico- dialética, pondo-nos a pensar acerca do que afirma (GAMBOA. 2007. p.54) que “a ciência empírico-analítica centraliza o processo no objeto, a fenomenologia no sujeito, a dialética no processo. Uma pretende a “objetividade”, a outra a “subjetividade” e a terceira a ‘concretude’[...]” “No caso do Brasil ainda que seja a epistemologia crítico-dialética a mais utilizada após a empírico-analítica, a abordagem Fenomenológica-hermenêutica vem tendo um crescimento acentuado propiciados por temáticas que vão desde a formação de educadores ambientais, Gênero, Saberes do Povos Tradicionais, Descolonização do pensamento, Ecofenomenologia, Ontologia Ambiental, Hermenêutica ambiental, Ecologia Cosmocena, Complexidade e Análise do Discurso pelo horizonte Pós-Estruturalista sobre as inúmeras produções verdades em diferentes faces da Educação Ambiental. Já no Brasil a segunda temática mais investigada depois da Educação Ambiental no Contexto Escolar é a temática da Percepção ambiental. Esta temática é abordada por diferentes perspectivas epistemológicas: desde empírico-analítica apenas no sentido de “certo diagnóstico” visando saber o que determinada popular entende por Educação Ambiental até estudos mais avançados vinculados a percepção ambiental para a tomada de consciência crítica e para posterior intervenção no mundo. Há também estudos, bem poucos que buscam estudar a percepção como modo de compreensão e de escuta dos sujeitos numa abordagem mais hermenêutica.” “Essa breve análise em linhas gerais nos acena para o desafio permanente de compreendermos que não existe neutralidade em nossas pesquisas em Educação Ambiental na América Latina. Para além de saber o horizonte epistemológico e metodológico que orienta nossos estudos as referidas epistemologias possuem um grande significado sobre a forma que reconhecemos a EA em diferentes contextos. Dessa forma necessitamos ainda avançar muito nesse debate ontológico e epistemológico-metodológico, no sentido de podermos estar contribuindo para a consolidação das Pesquisas em Educação Ambiental na América Latina.”
Artigo esclarecedor sobre o panorama das tendências epistemológicas em pesquisas de Educação Ambiental em dois países com grande carga de publicação da América Latina (Brasil e México). Os autores concluíram que a tendência epistemológica no Brasil ainda é predominantemente empírico-analítica, sendo a temática mais pesquisada a da EA no Contexto Escolar. A abordagem Fenomenológica-hermenêutica vem tendo um crescimento acentuado.
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