Fichamento cap. 1 convite à filosofia

[pic 1]                     Universidade Estadual de Santa Cruz

  Departamento de Ciências Agrárias Ambientais

Licenciatura em Geografia

                                             Docente: Fábio Bila

                                             Discentes: Débora Alves e Vanille Pereira

               

Fichamento do Capítulo 1 da obra Convite à filosofia

CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. Ática, 1995.

No capítulo 1 a autora discorre sobre a conceituação da palavra filosofia, que significa amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber. E o termo filósofo caracterizado por quem ama a sabedoria, tem amizade pelo saber, deseja saber. A palavra filosofia foi uma invenção do filosofo Pitágoras e nasceu a partir do século VII antes de Cristo. Pitágoras dizia que o filósofo não é movido por interesses comerciais; não é movido pelo desejo de competir; mas é movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar as coisas, as ações, a vida, ou seja, pelo desejo de saber. Para ele verdade não pertence a ninguém, ela é o que buscamos e que está diante de nós para ser contemplada e vista, se tivermos olhos (do espírito) para vê -la. A princípio a filosofia surge quando alguns gregos, admirados e espantados com a realidade, insatisfeitos com as explicações que a tradição trazia, começaram a fazer perguntas e buscar respostas para elas, com isso demonstrando que o mundo e os seres humanos, os acontecimentos e as coisas da Natureza, e as ações humanas podem ser conhecidos pela razão humana, e que a própria razão é capaz de conhecer-se a si mesma. Segundo o livro, a filosofia é grega, pois possui características e certas concepções, pensamentos, ações e técnicas, que são completamente diferentes das características desenvolvidas por outros povos e outras culturas, mas isso não quer dizer que outros povos mais antigos que os gregos, não possuam sabedoria ou não buscaram compreender o mundo e sua realidade por meio de pensamentos e formas de conhecimento. Em relação ao citado acima o texto mostra como exemplo, que os chineses (povos mais antigos) desenvolveram um pensamento muito profundo sobre a existência de coisas, seres e ações contrários ou opostos, que formam a realidade, chamados princípios Yan e Yang. Contudo a diferença entre o pensamento chinês e o filósofo grego é que naquele o mundo é organizado pelo princípio da sexualidade animal ou humana, oposição entre qualidades atribuídas a dois sexos diferentes; neste a Natureza é muito mais do que a sexualidade própria a alguns seres, e faz distinção entre as qualidades sensoriais e a estrutura invisível da Natureza, que é de tipo matemático e alcançada apenas pelo intelecto, ou inteligência. Logo, conclui-se que há sabedoria vinda de vários povos, porém a filosofia que é um modo de pensar e exprimir os pensamentos surgiu especificamente com os gregos e logo espalhou seu legado mundo afora. Este modo de pensar grego instituiu para o Ocidente europeu e as colônias sobre sua influência, e até mesmo outras culturas e sociedades orientais, os princípios fundamentais do que chamamos razão, racionalidade, ciência, ética, política, técnica, arte. As principais contribuições do legado grego foram: •O pensamento humano, por sua própria força e capacidade, pode alcançar o conhecimento. •A ideia de que a Natureza opera obedecendo a leis e princípios necessários e universais, que são os mesmos em toda a parte e em todos os tempos, e de que essas leis necessárias e universais da Natureza podem ser plenamente conhecidas pelo nosso pensamento. •A ideia de que o nosso pensamento é lógico ou segue leis lógicas de funcionamento. •A ideia de que as práticas humanas, dependem da vontade livre, da decisão e da discussão, da nossa escolha emocional ou racional, de nossas preferências, segundo certos valores e padrões, que foram estabelecidos pelos próprios seres humanos e não por imposições misteriosas e incompreensíveis ou divindades. •A ideia de que os acontecimentos naturais e humanos são necessários, pois obedecem a leis naturais ou da natureza humana, mas também podem se incertos ou acidentais, quando dependem em certas condições das escolhas e do ser humano. •A ideia de que os seres humanos, por Natureza, aspiram ao conhecimento verdadeiro, à felicidade, à justiça, e não vivem nem agem cegamente, mas criam valores pelo quais dão sentido às suas vidas e às suas ações. O cenário onde que alguns gregos, admirados e espantados com a realidade, insatisfeitos com as explicações que a tradição lhes dera, começaram deliberar e questionar buscando respostas para tais questionamentos, então surge a Filosofia. De acordo com Chauí, (2000), no momento em que se descobriu que a verdade do mundo e dos humanos não era algo secreto e misterioso, quando se descobriu que o conhecimento depende do uso correto da razão ou do pensamento. Por fim o texto esclarece que a influência decisiva e predominante da Filosofia grega sobre a formação do pensamento e das instituições das sociedades, principalmente as europeias ocidentais, foi que a verdade do mundo e dos humanos não era algo secreto e misterioso, que precisasse ser revelado por divindades a alguns escolhidos, mas que tudo podia ser conhecido por todos, através da razão, mas que nem tudo é possível por mais que o queiramos.

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