Formação Dos Sem-terra
Exames: Formação Dos Sem-terra. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: viverbem35 • 9/7/2013 • 409 Palavras (2 Páginas) • 270 Visualizações
A formação dos sem-terra e o movimento sociocultural
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST surgiu na década de 70. Determinada por vários fatores, sendo o principal deles: o aspecto socioeconômico das transformações que a agricultura brasileira estava sofrendo. Nessa época a lavoura sofreu um processo intenso de mecanização. A mecanização e a introdução de uma agricultura com características mais capitalistas, fez com que houvesse uma expulsão de maneira muito rápida de grandes contingentes populacionais do campo. Os que migraram para a cidade, motivados pela aceleração do processo de industrialização, o chamado "milagre brasileiro", se viram desempregados no início dos anos 80, quando iniciou a crise da indústria brasileira. Assim os camponeses tiveram fechadas as duas portas de saída, tanto o campo como a cidade já não oferecia oportunidades de trabalho, ficaram frente a duas questões: tentar resistir no campo e buscar outras formas de luta pela terra nas próprias regiões onde viviam.
No dia 7 de setembro de 1979 agricultores sem terra ocupam uma gleba (terreno cultivável) no Rio Grande do Sul, a invasão foi promovida pela Comissão Pastoral da Terra, em resposta ao descaso do governo com a política agrícola do país. Invasões foram ocorrendo em todo país prenunciando a necessidade de uma organização única. O MST foi fundado em 1984, no 1º Encontro dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, em Cascavel, Paraná. Hoje atuam em 23 Estados e estão organizados. O crescimento do MST está ligado ao processo de expropriação e expulsão dos trabalhadores do campo e da exclusão social de que foram vítimas quando se tornaram proletários urbanos e ou/ rurais. Então esses trabalhadores “excluídos” e “marginalizados” pelo desenvolvimento capitalista no campo encontraram um canal de expressão e puderam manifestar-se e se organizar através do MST.
O movimento recebe apoio de organizações não governamentais e religiosas, do país e do exterior, interessadas em estimular a reforma agrária e a distribuição de renda em países em desenvolvimento. Sua principal fonte de financiamento é a própria base de camponeses já assentados, que contribuem para a continuidade do movimento.
A principal reivindicação dos trabalhadores rurais tem sido a reforma agrária. O Estatuto da Terra não teve até hoje uma aplicação verdadeira. As estruturas existentes, o poder político mantido pelos grandes proprietários e empresas com latifúndio, resistem e impedem as mudanças. Embora o MST tenha a sua raiz no trabalho da terra, sempre entendeu que, para lutar pela Reforma Agrária, não é preciso ser necessariamente um camponês. Por isso entra todo mundo.
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