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Fraudes Contábeis

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Por:   •  23/8/2014  •  495 Palavras (2 Páginas)  •  531 Visualizações

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FRAUDES CONTÁBEIS

As fraudes contábeis passaram a ganhar importância e atenção da mídia após os escândalos de empresas estrangeiras como a WorldCom, Tyco e Enron. A transferência de despesas para os dispêndios com ativos fixos é, sem dúvida, ato fraudulento. O pagamento de tarifa para arrendamento de linhas locais é evidentemente uma despesa, contabilizada de maneira irregular pela Enron para inflar o balanço.

No Brasil, temos exemplos de empresas como a Encol, diversos bancos, Parmalat e, atualmente, a EMI-Odeon brasileira, que exagerou receitas e lucros operacionais fazendo com que as ações da companhia caíssem cerca de 8,8% na Bolsa em Londres.

Encol - Para fechar negócio, seus corretores aceitavam até produtos e bens diversos como parte dos pagamentos. As receitas dos lançamentos bancavam as construções vendidas anteriormente, até que um dia as fontes financeiras secaram e a Encol protagonizou a quebra mais dramática vivida por uma grande empresa brasileira até então.

Ao ter a falência decretada, em 1999, a companhia goiana deixou como legado 710 esqueletos de concreto espalhados pelo Brasil, 23 mil funcionários desempregados e 42 mil clientes sem dinheiro e sem os imóveis que haviam comprado. Entrou para a história como uma empresa mal administrada, adepta de práticas fraudulentas de gestão e de relações promíscuas com o poder público.

Parmalat - Inicialmente, parecia que o propósito das manobras contábeis era o de manter a empresa solvente depois que perdeu fortunas na América Latina, mais do que enriquecer diretamente Tanzi e sua família – embora eles certamente tivessem interesse financeiro em ver a empresa sobreviver. O colapso da Parmalat teve início quando seu auditor levantou dúvidas sobre um lucro de derivativos de US$ 135 milhões. Depois de outras evidências de falsificações contábeis, o diretor executivo e fundador da empresa, Calisto Tanzi, renunciou . Quatro dias depois, a empresa divulgou a carta falsa do Bank of America, os investigadores italianos informaram que a empresa havia utilizado dezenas de empresas do exterior para comunicar ativos não existentes com o intuito de compensar cerca de US$ 11 bilhões em passivos, acrescentando que a Parmalat poderia estar falsificando sua contabilidade há cerca de 15 anos. Entre as alegações mais bizarras: um telefonista da Parmalat foi inadvertidamente listado como diretor executivo de mais de 25 empresas afiliadas utilizadas para mascarar os problemas financeiros da empresa.

EMI- A gravadora EMI revelou que descobriu uma fraude contábil em sua subsidiária brasileira que inflou as receitas e os ganhos da empresa.

A avaliação da companhia é de que a fraude tenha exagerado as receitas em cerca de 12 milhões de libras (aproximadamente R$ 48 milhões) e os lucros operacionais em cerca de nove milhões de libras (cerca de R$ 36 milhões), afirmou um porta-voz da gravadora inglesa em um comunicado oficial. A descoberta foi feita por meio de auditorias internas.

A companhia anunciou que o impacto contábil deve se refletir nos resultados financeiros do semestre. O comunicado da EMI também diz que uma investigação completa está sendo feita e que membros da diretoria da companhia no Brasil foram suspensos.

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