Fundamentação Teórica - Relações Na Sala De Aula
Monografias: Fundamentação Teórica - Relações Na Sala De Aula. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Juliessantos • 25/3/2015 • 1.310 Palavras (6 Páginas) • 439 Visualizações
As relações sociais internas à escola são pautadas em valores morais. Como devo agir com meu aluno, com meu professor, com meu colega? Eis questões básicas do cotidiano escolar. A prática dessas relações forma moralmente os alunos, e se as relações forem respeitosas, equivalerão a uma bela experiência de respeito mútuo. Se forem democráticas, no sentido de os alunos poderem participar de decisões a serem tomadas pela escola, equivalerão a uma bela experiência de como se convive democraticamente, de como se toma responsabilidade, de como se dialoga com aquele que tem ideias diferentes das nossas. Do contrário, corre-se o risco de transmitir aos alunos a ideia de que as relações sociais em geral são e devem ser violentas e autoritárias.
A escola, cuja missão é promover a educação, muitas vezes reproduz o modelo das relações da sociedade onde as desigualdades sociais e o desrespeito ás diferenças individuais se fazem presentes. De acordo com BOSSA (2002, p. 19):
“no Brasil, a escola torna-se palco cada vez mais de fracassos e de formação precária, impedindo os jovens de se apossarem da herança cultural, dos conhecimentos acumulados pela humanidade e, consequentemente, de compreenderem melhor o mundo que os rodeia”.
A escola muitas vezes não auxilia os alunos na compreensão e do respeito com o próximo, ignorando as diferenças e as diversidades existentes no espaço escolar. Deve-se orientar o respeito e a convivência, sabendo que precisamos do outro para a socialização e para aprendizagem.
Deste modo, o objetivo da escola, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), vai além do ensino de conteúdos específicos. Visa á formação de cidadãos capazes de se articular em uma sociedade democrática.
Levando-se em conta as finalidades do Ensino Fundamental, descritas no artigo 35 da LDB 9034 -96, destacamos os incisos III e IV:
III – O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV – A compreensão dos fundamentos científicos – tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
A valorização da dimensão ética, propriamente dita, pode ser compreendida como ênfase para além da racionalidade, na sensibilidade a afetividade, na formação do educando para a vida e na direção da autonomia com responsabilidade. Faz-se necessário que o ser humano construa criticamente seus significados, para uma existência mais justa e feliz, tendo cada vez mais uma vivência concreta e plena de sentido, a partir dos conhecimentos adquiridos.
Segundo Tardif, a afinidade do educador com os saberes não é limitada a um papel de difusão de conhecimentos estabelecidos, pois, para ele, a prática do professor agrega diferentes saberes e mantém diferentes relações com eles. Para o autor, a epistemologia da prática profissional é “o estudo do conjunto dos saberes utilizado realmente pelos profissionais em seu espaço de trabalho cotidiano para desempenhar todas as suas tarefas” (TARDIF, 2002, p. 10).
Isto quer dizer que a noção de “saber” junta informações científicas, capacidade, aptidão e os modos de agir no chamado saber fazer e saber ser.
Encontramos, nas orientações complementares aos PCNs (2002, p. 09), que os saberes dos alunos devem ser:
“ Mais do que reproduzir dados, denominar classificações ou identificar símbolos, estar formado para a vida, num mundo como o atual, de tão rápidas transformações e de tão difíceis contradições, significa saber se informar, se comunicar, argumentar, compreender e agir, enfrentar problemas de qualquer natureza, participar socialmente, de forma prática e solidária, ser capaz de elaborar críticas ou propostas e, especialmente, adquirir uma atitude de permanente aprendizado.”
Diante disso, o professor como orientador da aprendizagem doa educandos, deve ser orientador de convivência na sala de aula, mais não só na sala de aula, deve ser entendedor das dificuldades da convivências das diversidades encontradas na sala de aula, que muitas vezes não são compreendidos pelos “colegas”, trabalhando o respeito, a cultura, a expressividade, sendo um professor adepto á relação democrática entre aluno e aluno, professor e aluno.
É apropriado que o professor mostre-se aberto para o esclarecimento de qualquer dúvida do aluno, aprofundando-se em saber o que está se passando na vida pessoal desta criança ou adolescente, sabendo-se que há muita relação no comportamento de um indivíduo com o que acontece em casa e que consequentemente é transferido para sala de aula.
COMO DEVO AGIR COM MEU ALUNO?
O trabalho a ser executado em torno da ética durante o ensino fundamental deve atingir o conceito de justiça e afetar a necessidade da construção de uma sociedade digna, igualitária e justa.
O professor, tendo consciência de seu papel, sabe que sua tarefa é orientar o aluno em seu aprendizado, tornando-o mais crítico, buscando sempre seu êxito. Sua relação com os alunos é uma relação
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