Garrafas sustentáveis: Desenvolvimento de uma tampa biodegradável e funcional
Por: adysonb • 8/9/2017 • Projeto de pesquisa • 1.029 Palavras (5 Páginas) • 291 Visualizações
Para garrafas sustentáveis: desenvolvimento de uma tampa biodegradável e funcional
ADYSON BRUNO VIANA CHIANCA BRILHANTE
1. PROJETO:
1.1. Introdução
O acúmulo de lixo é, sem dúvidas, um grave problema da sociedade. O descarte incorreto de materiais que poderiam ser reciclados ou reutilizados e o alto padrão de consumo são responsáveis por alcançarmos esses números. As consequências geradas são fatais ao equilíbrio ecológico do planeta.
Atualmente, as maneiras de se evitar a poluição ambiental pelo nosso lixo decorrem de técnicas de redução, reutilização e reciclagem, os famosos 3 Rs da sustentabilidade.
O desafio encontra-se no desenvolvimento de produtos que permitam a aplicação prática desses termos. Um produto como as tampas biodegradáveis com design de encaixe inova ao unir diretamente os dois últimos conceitos e relacionar-se indiretamente com o primeiro, pois implica na substituição e consequente redução do uso de materiais utilizados na produção de objetos que podem ser confeccionados a partir de combinações de inúmeras tampinhas.
Dessa forma, justifica-se o desenvolvimento do projeto, que tem como objetivo geral o desenvolvimento de uma tampa de rosca para garrafas a partir de material biodegradável e resistente capaz de promover seu uso como uma peça de encaixe às suas semelhantes.
1.2. Fundamentação Teórica
As tampas plásticas normalmente utilizadas na vedação de garrafas PET são produzidas, em sua maioria, a partir de polipropileno, um termoplástico reciclável. No entanto, já existe no mercado uma tampinha desenvolvida com o objetivo de evitar seu descarte ou reciclagem, tornando-a reutilizável pelo fato de encaixar-se uma a outra. Ela foi apresentada durante 14ª Conferência da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), em São Paulo, e desenvolvidas pela Clever Pack.
Contudo, a proposta do presente projeto é permitir que o consumidor possa escolher entre o reuso ou o descarte da tampinha, sem que este prejudique o ambiente. Deve-se para tanto, desenvolver um material biodegradável, resistente e durável, capaz de suportar a estrutura desejada para a tampinha.
Os plásticos biodegradáveis, ao contrário dos sintéticos derivados do petróleo, sofrem biodegradação com relativa facilidade, se integrando totalmente à natureza. Devido a isso, institutos de pesquisas das universidades, muitas vezes ligados ao setor industrial, trabalham há alguns anos em uma linha de pesquisa que visa desenvolvê-los. Uma substância é biodegradável se os microrganismos presentes no meio ambiente forem capazes de convertê-la a substâncias mais simples, existentes naturalmente em nosso meio. (SNYDER apud CANGEMI et al, 2012).
Pesquisas em torno do plástico biodegradável vêm ocorrendo em todo o mundo, nas quais se tem testado o uso de óleo de mamona, cana-de-açúcar, beterraba, ácido lático, milho e proteína de soja, entre outros (VIVEIROS apud CANGEMI et al, 2012). Algumas aplicações já começam a sair dos laboratórios, e entre elas podemos citar duas experiências brasileiras bem-sucedidas, como o poliuretano obtido a partir do óleo de mamona e o PHB (polihidroxibutirato) obtido a partir do bagaço da cana. (CANGEMI et al, 2012).
Os filmes de amido possuem diversas limitações tecnológicas, que provêm de sua característica hidrofílica. O material absorve água facilmente, inchando de forma tal que pode provocar a perda de suas propriedades mecânicas. Fibras vegetais ou minerais podem ser adicionadas à matriz polimérica visando “melhorar suas propriedades e reduzir custos de composição polimérica para então obtenção de materiais de baixa densidade, menor abrasão durante processamento, altos níveis de preenchimento que resultam em aumento de rigidez, elevado módulo específico, aumento na durabilidade. (REIS et al., 2012.) Exemplos de fibras utilizadas: bananeira, cana de açúcar, sisal, mandioca, luffa cylindrica e amianto crisotila.
1.3. Metodologia
A princípio, serão realizados testes com diferentes materiais biodegradáveis já existentes no mercado ou desenvolvidos no próprio projeto a partir das conclusões de experimentos precedentes, a fim de observar a resistência de cada amostra, calcular o custo e analisar os métodos para sua obtenção. Aqueles que apresentarem os melhores resultados serão selecionados para a próxima etapa.
A segunda etapa consiste na confecção de exemplares de tampas, a partir do material selecionado, cujas estruturas serão baseadas em modelos predefinidos, com o propósito de identificar a melhor combinação entre os fatores material e modelo.
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