Proposta de Índice de Desenvolvimento Esportivo para a área funcional de Recursos Humanos
Por: mtuliobap • 11/1/2016 • Trabalho acadêmico • 2.225 Palavras (9 Páginas) • 533 Visualizações
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COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO
Instituto Olímpico Brasileiro
Formação & Intercâmbio
CURSO AVANÇADO DE GESTÃO ESPORTIVA
Proposta de Índice de Desenvolvimento Esportivo para a área funcional de Recursos Humanos
Por:
Marco Túlio Baptista
Comissão de Desportos do Exército
Orientador: Luciano Salamacha
Rio de Janeiro,
2014
Introdução
A Comissão de Desportos do Exército (CDE) tem a sua origem na Liga Militar de Futebol, criada em 1915, em virtude dos militares reunirem-se para a disputa de torneios regionais entre clubes de futebol do Rio de Janeiro.
Desde 1947 aos dias atuais, a CDE passou por inúmeras modificações estrutural e organizacional, bem como por diferentes nomes. Neste ano, passou a ser subordinada diretamente ao Ministro da Guerra para dirigir, intensificar, coordenar e representar os desportos no Exército, sendo então confeccionado o Código Desportivo do Exército, com o objetivo de uniformizar as práticas desportivas na Força Terrestre, bem como fixar as modalidades, períodos de realização e procedimento técnicos, para conduzir o esporte militar ao mais alto grau de aperfeiçoamento.
Em 25 de agosto de 1956, a Comissão de Desportos do Exército foi criada, adotando o nome que atualmente leva. Ao longo de sua história, a ligação da CDE com o esporte de alto rendimento se evidencia por meio das inúmeras aparições e conquistas de seus integrantes em olimpíadas e importantes competições internacionais. Destaca-se neste cenário, o 1º Tenente Guilherme Paraense (medalha de ouro nas olimpíadas de 1932), 3º Sgt João Carlos de Oliveira (“João do Pulo”), Cap Claudio Coutinho (preparador físico da seleção brasileira de futebol na década de 70) e a 3º Sgt Yane Marques (medalha de bronze nos Jogos Olímpicos em 2012) dentre outros profissionais.
Em 1981, foram criadas pela CDE as Instruções Gerais para os Desportos no Exército, que vieram a regulamentar todo o desporto praticado na Força Terrestre. Estas instruções estabeleceram os critérios gerais para o calendário desportivo, prescrevendo as normas básicas de organização e direção das competições esportivas e fixando critérios de seleção.
Atualmente, o calendário esportivo da CDE engloba atividades das três formas de manifestação esportiva. Deste modo, são desenvolvidas atividades relacionadas ao esporte de alto rendimento, esporte escolar e esporte de participação. A parceria com o Ministério dos Esportes e com as federações e confederações esportivas olímpicas, por meio do Programa de Atletas de Alto Rendimento, possibilitaram um incremento no desenvolvimento do esporte civil e militar brasileiro. Entretanto, as medidas administrativas, organização de competições e acompanhamento técnico-desportivo aumentaram significativamente.
Estas novas demandas institucionais impeliram a CDE a reforçar a estrutura organizacional com maior número de gestores esportivos e a formação de uma comissão técnica mais robusta para todas as 16 (dezesseis) modalidades desportivas gerenciadas. Contudo, o aumento destas demandas e da diversificação da linha de produtos oferecidos pela CDE impeliu ao aprimoramento do gerenciamento de seus recursos humanos, tendo como referência o planejamento estratégico da instituição.
Com o surgimento desse aperfeiçoamento no processo de gestão de RH, passou-se a dar importância ao desenvolvimento dos gestores esportivos e dos membros da Comissão Técnica das equipes atléticas, como recurso para desenvolver as estratégias operacionais da CDE.
Identificação e análise do problema
A Resolução Nr 10 do Ministério do Esporte, de 07/03/2006, que aprova a Política Setorial para o Esporte de Alto de Rendimento (EAR), destaca que um dos problemas para o desempenho do EAR é a “insuficiência na capacitação de RH, técnicos e administrativo”. Porem, após a capacitação é necessário verificar o nível de aprendizagem e a adoção de novos atributos da área psicossocial e dos valores da OEO e, consequentemente, avaliá-los.
Como destacado anteriormente, o sistema de gestão de recursos humanos (RH) da CDE foi concebido em um período com baixa variabilidade de produtos e escassas demandas, inapropriado para os dias atuais. Por este motivo, atualmente, tem sofrido algumas críticas, já que mudanças inopinadas e desmedidas de cargos e funções são realizadas repentinamente. Estas mudanças são fruto da necessidade de se buscar um profissional para uma determinada função ou atividade em um curto período de seleção.
As inúmeras atividades decorrentes do período esportivo que o Brasil e a CDE vêm sendo submetida obrigam ao aprimoramento da forma de como gerir pessoas. Capacitá-los e acompanhar a sua evolução por meio de análises mais criteriosas e avaliações de desempenho dos cargos e funções mais detalhadas deixa de ser um preciosismo e passa a ser uma necessidade. Possivelmente, estas avaliações permitirão na descoberta de perfis profissionais por setor, cargo e função, na identificação de lacunas na formação técnica e, consequentemente, reduzirão o impacto da falta de qualificação profissional na OEO.
Na perspectiva do avaliado, a avaliação recebida é, em alguns casos, a única oportunidade de conhecer como o seu desempenho é visto, considerando as competências e habilidades requeridas pela OEO. O feedback da avaliação recebido pelo avaliado, potencializa os atributos desejados pela instituição, tornando a gestão ainda mais eficiente. Essa medida viabiliza a melhoria oportuna de desempenho desejado pela OEO, gerando resultados positivos para todos os envolvidos no processo.
Os gestores devem considerar a avaliação de desempenho como uma ferramenta para o aperfeiçoamento individual, coletivo e, consequentemente, da própria instituição. Partindo desta premissa, os gestores devem empenhar-se nessa atividade durante todo o período de trabalho e considerar como sendo uma prática rotineira.
Isto posto, notou-se que a CDE não dispunha de uma avaliação formal de desempenho de todos os integrantes da Comissão Técnica e de seu quadro de gestores, bem como não a realizava formalmente. Esta avaliação é considerada um fator crítico influente no sucesso de gestão esportiva da CDE.
Geração de soluções alternativas e recomendações
Para viabilizar a adoção de uma nova estratégia, uma matriz SWOT foi realizada em colaboração com todos os gestores esportivos, conforme se apresenta na Figura 1.
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