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Gestão estratégica

Por:   •  13/5/2016  •  Artigo  •  2.219 Palavras (9 Páginas)  •  174 Visualizações

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Matriz de atividade individual*

Módulo: 3

Atividade: Individual

Título: Caso Grim

Aluno(a): LUIZ CLÁUDIO DE SOUZA CUNHA

Disciplina: Gestão Estratégica

Turma: 1215-5_1 – MBA_GEEAD-24_07122015_1

Introdução

A virada para o século XXI trouxe consigo uma elevada intensidade de mudanças e, junto a estas, vieram os impactos econômicos, políticos e sociais. Em períodos de transformações tão radicais e abrangentes que ora se apresentam, caracterizados pela transição de uma era industrial para uma baseada no conhecimento, é notório observar o grau de indefinições e incertezas existentes.

Nesse contexto, não se pode permitir a qualquer setor de negócios parar no tempo e viver daquilo que já se conquistou. Segundo Lobato (2015), hoje é possível constatar a necessidade de que as empresas se moldem aos novos métodos produtivos e avanços tecnológicos pós-Terceira Onda.

Lobato (2015) registra ainda que “o principal objetivo é desafiar a criatividade de cada colaborador da empresa para acompanhar a velocidade de transformação de capitais, culturas organizacionais e mecanismos de concepção de trabalho e emprego”.

É preciso, portanto, olhar para o futuro com tenacidade, inteligência e vivacidade. Um bom gestor, nesse momento complexo em que vivemos, deve lapidar as estratégias empregadas no seu negócio, fazendo com que as boas ideias e ações cheguem até a ponta da linha.

Mais do que propor um caminho, esse gestor deve caminhar junto aos colaboradores, diretores e demais participantes da empresa. Nesse sentido, a gestão estratégica certamente facilitará o seu trabalho, pois ela permite desenvolver a capacidade de aprendizado de toda a organização, avaliando o presente e o futuro desta.

Dentre as inúmeras empresas de sucesso existentes no país, existem aquelas que passam por dificuldades justamente por não estarem atentas a todas essas mudanças e conceitos.

É o caso da GRIM Entretenimento S.A., empresa de grande porte, caracterizada pela ousadia, arrojo e inovações constantes que a levaram a ser reconhecida como a maior e melhor do setor, mas que atualmente atravessa um momento difícil.

Face o exposto acima e com o objetivo de melhor entender a importância da gestão estratégica numa empresa, esse trabalho visa analisar a situação da empresa GRIM (situação hipotética disponibilizada pela FGV e referenciada ao final deste trabalho), concluindo sobre os possíveis impactos das recomendações levadas a efeito pelo Diretor Financeiro da empresa.

Assim sendo, a análise foi desenvolvida com base em pesquisa bibliográfica sugerida pela FGV e outras consultadas nas mídias eletrônicas. Foi realizado um estudo descritivo, visando aumentar os conhecimentos sobre as características e importância da gestão estratégica para as empresas; e explicativo, visto que teve como preocupação central identificar as possíveis consequências das ações recomendadas por um importante diretor da GRIM.

Com relação aos métodos de procedimentos, foi empregado o comparativo. Este teve por finalidade estabelecer um juízo de valor entre o que a literatura acerca de gestão estratégica prevê e o exemplo da empresa estudada, aproximando teoria e prática.

Justificativa

A gestão estratégica é um grande desafio para o gestor do século XXI. Estudar o caso da empresa GRIM irá permitir uma reflexão sobre o que foi visto em sala de aula, possibilitando uma visão crítica sobre os assuntos apresentados.

Trata-se de um assunto extremamente relevante nos dias atuais e poder discutir a teoria, através de um exemplo prático, certamente irá trazer grandes benefícios a este discente.

Situação da Grim Entretenimento S.A.

A Grim Entretenimento S.A. é uma empresa acostumada ao sucesso. Em seus 12 anos de existência sempre primou pela excelência, obtendo assim um alto grau de comprometimento por parte de seu quadro de funcionários, que abarcam cerca de 1200 homens e mulheres.

Fruto de seu sucesso avassalador, nos últimos cinco anos algumas empresas resolveram empreender na área de entretenimento e outras estudam a mesma possibilidade. Essa concorrência repentina surpreendeu a Grim S.A.

Na apostila de Gestão Estratégica, de D. Lobato, encontramos um trecho que explicita as cinco forças competitivas:

A dimensão horizontal da estrutura das cinco forças competitivas de Porter é composta por três forças explicitamente competitivas...

- o grau de rivalidade das empresas;

- a ameaça dos novos entrantes potenciais;

- a ameaça dos produtos substitutos.

A dimensão vertical, por sua vez, envolve duas forças que possuem elementos cooperativos e competitivos...

- o poder de barganha dos consumidores;

- o poder de barganha dos fornecedores.

(LOBATO, 2015, p. 57).

Pode-se inferir, portanto, que a dimensão horizontal das cinco forças competitivas (supracitada), particularmente no quesito “ameaça dos novos entrantes potenciais”, provocou um desequilíbrio preocupante na Grim, tendo inclusive ocorrido nos dois últimos anos algumas derrotas até então inimagináveis.

Instalou-se, a partir daí, uma pequena turbulência dentro da empresa, até aquele momento, acostumada a liderar o mercado em seu ramo de negócios sem maiores sustos. A história de sucesso da empresa e o elevado otimismo gerado implicaram em um natural acomodamento, o que impediu antever a ameaça da concorrência. Com isso, o que poderia ser evitado agora necessita ser remediado.

Lobato (2015) alerta que um dos grandes desafios para os gerentes, no novo ambiente de negócios, é distinguir eficácia operacional e estratégia.

Alguns gerentes da Grim, atentos apenas à eficácia operacional da empresa, não tiveram uma satisfatória visão estratégica, vindo a tomar decisões sob pressão, sem um estudo adequado, desagradando inclusive aos empregados mais capacitados da empresa.

Esses dirigentes apontaram sumariamente as despesas administrativas e os custos operacionais como os grandes vilões da suposta crise. Ocorre que esses custos pertencem às atividades diretamente ligadas ao negócio da empresa, ou seja, eles mexem com a maioria das atividades executadas pela massa da corporação.

Os funcionários, preocupados com a recente onda de desemprego no país, mesmo sem concordar com as determinações emanadas, resolveram demonstrar alguma atitude, a fim de diminuir os custos acima citados sem, contudo, resolver efetivamente o problema.

Essa atitude dos colaboradores é bem explicada por Lobato (2015) acerca da postura negativa, no item obediência relutante, que nada mais é do que ocorre quando os funcionários da organização não enxergam os benefícios do objetivo, mas não querem perder o emprego, fazendo o que lhes compete apenas por serem obrigados, não conseguindo todavia esconder a falta de interesse.

Pode-se perceber o quanto a empresa se encontra desorganizada, sem uma clara direção a seguir. As campanhas internas para motivação não estão surtindo o efeito esperado. É necessário implementar uma postura positiva, que permita traçar e seguir objetivos bem definidos, que vão solucionar todas as questões até aqui abordadas.

Porém a solução encontrada a primeira vista foi adotar medidas severas de controle de gastos, através da criação do cargo de Auditor de Contas, o que gerou um ambiente de hostilidade entre os demais diretores e funcionários, acostumados a trabalhar sem qualquer tipo de restrição.

Fruto dessa insatisfação, houve uma reunião de diretoria onde ficou estabelecido que o problema deve ser discutido amplamente a fim de se buscar uma solução.

Será analisado a seguir o posicionamento e as recomendações do Diretor Financeiro da Grim, Sr Bankropt.

Posicionamento e recomendações do diretor escolhido

Alicerçado em sua experiência profissional e na sua destacada formação acadêmica, o Sr Bankropt julga ser possível solucionar o problema da empresa através de ações a serem impostas pelos auditores de contas.

Esse renomado diretor acredita que os demais dirigentes não ocupam seus cargos devido as suas competências profissionais, e sim por questões afetivas junto ao Presidente da empresa.

Bankropt identificou que a elevação das despesas de forma desordenada é o cerne da questão. Esse estudo é definido por Lobato (2015) como análise dos ambientes, onde se procura realizar um diagnóstico estratégico, por meio do qual são analisadas algumas variáveis, visando obter vantagens competitivas dentro do ramo da empresa.

Nesse estudo estratégico, ele levantou os pontos fortes (variáveis internas e controláveis que propiciam uma condição favorável para a empresa em relação a seu ambiente – Lobato 2015) e pontos fracos (variáveis internas e controláveis que propiciam uma condição desfavorável para a empresa em relação a seu ambiente – Lobato 2015). É o que veremos a seguir.

Dois pontos fracos e dois pontos fortes para a Grim nas recomendações do diretor escolhido

Dois pontos fracos:

- o percentual de custo, por funcionário, sobre a receita, cresceu 12%;

- as medidas paliativas tomadas por seus colegas, além de não representarem uma economia maior do que 0,5%, ainda trouxeram novas despesas para compensá-las, por terem sido mal planejadas, superficiais ou até irresponsáveis.

Dois pontos fortes:

- o diretor de operações, Sr Operalli, possui ótimas relações com grandes clientes e os principais fornecedores;

- a receita variou – positivamente – 6% nos dois últimos anos.

Ações propostas, por esse diretor, para potencializar os pontos fortes e neutralizar os fracos

Elaborar um planejamento racional e um orçamento bem dirigido a fim de, em um ano, reverter a situação atual.

Ou seja, o Sr Bankropt deseja estabelecer um plano de ação (grifo meu), assim definido por Lobato (2015): “O plano de ação é uma ferramenta significativa no processo de desdobramento, organização e execução da estratégia. O processo de elaboração de um plano de ação envolve aspectos técnicos, administrativos e pedagógicos, estabelecendo um balanceamento entre a responsabilidade individual e o compromisso coletivo”.

O Plano de Ação é uma ferramenta utilizada no mundo inteiro, que tem por finalidade acompanhar as diversas atividades de uma empresa de forma ampla. Ele auxilia na coordenação das equipes, pois define quem é responsável por cada atividade, as datas de entrega e anotações /comentários sobre o progresso.

Com um Plano de Ação em mãos a Grim poderá melhorar ainda mais suas relações com clientes e fornecedores, pois facilitará uma sinergia entre todos os interessados (no momento apenas o Sr Operalli atinge tal meta na Grim), além de aumentar o percentual anual de variação positiva na receita, através de um planejamento que alcance um corte de custos aceitável no prazo de um ano.

Além do mais, poderá mitigar os aspectos negativos apresentados, pois, a coordenação e organização geradas certamente irá diminuir o custo de cada funcionário perante a receita e medidas paliativas não serão mais necessárias, tendo em vista que, a partir da execução do plano de ação, todas as medidas serão desencadeadas por processos baseados em um sólido planejamento.

Conclusão

Durante a execução deste trabalho estudamos a situação da Grim S.A., líder no ramo de entretenimento, acostumada ao sucesso, possuidora de um numeroso quadro de funcionários, orgulhosos por pertencerem a essa instituição.

Vimos que a usual tranquilidade da empresa foi abalada repentinamente pela chegada de uma inesperada concorrência, o que permitiu estabelecer um paralelo ao conteúdo estudado, vendo claramente as consequências de uma das cinco forças competitivas: a ameaça dos novos entrantes potenciais.

Percebemos que tal ameaça desequilibrou as ações na empresa, colocando os diretores uns contra os outros, provocando demissões, rodízios desnecessários de funcionários, ou seja,  gerando um verdadeiro clima de insatisfação e desconfiança.

Através desse caso esquemático foi possível rever os conceitos emanados no Módulo 3 – Modelos Porter e Planos de Ação, da Apostila Gestão Estratégica, de Lobato, dos quais destaco:

- as forças competitivas;

- o modelo de Porter

- a formulação da estratégia competitiva;

- eficácia operacional e estratégia;

- definição de objetivos;

- comprometimento interno;

- funções abrangentes;

- definição de estratégias.

Tendo em mãos a situação hipotética da Grim S.A. e o conteúdo teórico estudado, passamos então a abordar as ações propostas por um dos diretores da empresa, o Sr Bankropt, em sua busca por resolver os problemas apresentados.

Foram levantados dois pontos fracos e dois pontos fortes da empresa, segundo o Sr Bankropt, e as ações propostas por esse diretor para potencializar os aspectos positivos e neutralizar os negativos.

Realizando uma análise crítica, comparando o conteúdo estudado em nossa matéria de MBA com o caso apresentado, e as orientações do Diretor Financeiro da Grim, é possível afirmar que a intenção de tal dirigente é iniciar a implantação de uma Gestão Estratégica.

No trabalho GESTÃO ESTRATÉGICA, apresentado por Pereira , encontramos uma importante definição:

A gestão estratégica é uma “metodologia” importante que visa assegurar o sucesso da empresa no momento atual, bem como principalmente o seu sucesso no futuro. Ela, a gestão estratégica, inclui no mínimo três etapas distintas:

(i) – o planejamento estratégico, (ii) - a execução e (iii) - o controle.

O planejamento estratégico, a primeira etapa da gestão estratégica, visa:

(i) - identificar os riscos e propor planos para minimizá-los e até mesmo evitá-los;

(ii) - identificar os pontos fortes e fracos de uma organização em relação a sua concorrência e ao ambiente de negócio em que você atua;

(iii) - conhecer seu mercado e definir estratégias para seus produtos e serviços;

Apreciamos, portanto, uma tentativa de aplicação da primeira etapa da gestão estratégica na Grim S.A.: o planejamento estratégico.

O Sr Bankropt identificou o risco maior da empresa (a elevação das despesas de forma desordenada) e os pontos fortes e fracos da empresa (nesse caso estudamos dois de cada).

A partir daí, apresentou uma proposta para potencializar os pontos fortes e neutralizar os pontos fracos da empresa.

Em outras palavras, o Sr Bankropt deseja estabelecer um Plano de Ação, inserido na gestão estratégica da empresa, definindo ações sob responsabilidade dos Auditores de Contas (a quem caberá liderar as ações saneadoras), estabelecendo o prazo de um ano,  para finalmente resolver o problema evidenciado na Grim S.A.

Enfim, o caso esquemático da empresa Grim permitiu abordar, através de um exemplo prático, a teoria do Módulo 3 da Matéria Gestão Estratégica.

Concluímos, portanto, que os objetivos elencados para este estudo foram plenamente alcançados, de tal sorte que permitiu fixar o conteúdo ministrado de forma harmônica e coerente.

Por fim, gostaria de enaltecer a qualidade das questões formuladas, que muito contribuíram para o meu aprendizado neste Curso. Todo esse caminho percorrido até aqui já contribuiu de forma veemente para o meu crescimento intelectual.

Referências bibliográficas

Grim Entretenimento S.A. Disponível em: https://ls.cursos.fgv.br/content/centro_rec/pag/estudos_caso/grim_entretenimento_a_empresa.htm [S.l.:s.n.]. Acesso em 25/01/2016.

LOBATO, D. Gestão Estratégica. Apostila MBA Executivo Internacional em Gerenciamento de Projetos. Rio de Janeiro: FGV Online, 2015.

PEREIRA, Marco Antônio. Gestão Estratégica. Disponível em: http://www.marco.eng.br/terceirosetor/cursos-palestras/GE-3setor.pdf. Acesso em: 24/01/2016.

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