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Globalização: Suas Fases E Dimensão Comercial

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Por:   •  25/3/2015  •  1.417 Palavras (6 Páginas)  •  359 Visualizações

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A Globalização possui três fases.

A primeira fase iniciou-se pela expansão mercantilista entre 1450 a 1850, marcou o primeiro estabelecimento das feitorias comercias em parte do continente asiático, mais precisamente no Japão, Índia e China. Nesta fase também começaram as descobertas do novo mundo pelos europeus, a abolição da maioria dos países, a ascensão social e a realização pessoal da população durante a revolução burguesa e o tratado de nanquim (que garantiu a abertura do mercado chinês), entre outros fatos.

Na segunda, ocorreu o expansionismo industrial imperialista e colonialista, de 1830 a 1930. A divergência entre os belicistas e os imperialistas ocasionou a duas guerras mundiais que marcaram a história da espécie humana entre os anos de 1914-1918 e de 1939-1945. A descoberta de novas fontes de energia, como o petróleo e a eletricidade, a modernização do sistema de comunicação foram trazidos pela revolução industrial.

A fase mais atual que teve início em 1989 e permanece até os dias atuais, foi marcada pelo colapso da união soviética com a política de Glasnot, que foi o fim da guerra fria e a queda do muro de Berlim, a implantação das indústrias multinacionais na China comunista e a consagração dos Estados Unidos como uma potência mundial, estabelecendo a era do dólar e a língua inglesa como universal levando a todos o patamar de americanização.

A dimensão comercial da globalização só pode compreendida nos dias de hoje e para o futuro se entendermos o significado de Liberalismo, Neoliberalismo e protecionismo.

O liberalismo surgiu na Idade Moderna, como uma doutrina econômica e política. Na economia defende a não-intervenção do Estado por acreditar que a dinâmica de produção, distribuição e consumo de bens é regida por leis que já fazem parte do processo - como a lei da oferta e da procura - que para a economia traz um equilíbrio.

O liberalismo econômico nem sempre se identifica com o liberalismo político.

Na política coloca o direito de cada indivíduo de seguir a própria determinação, dentro dos limites impostos pelas normas impostas, como fundamento das relações sociais. Defende as liberdades individuais frente à força do Estado e prevê oportunidades igualitárias, com diferentes conotações em cada país, sendo nomeados como de esquerda, de centro ou de direita, conforme as combinações de ideologias locais.

Seu desenvolvimento nos séculos XVIII e XIX está associado ao crescimento da classe média. Desafiando o Estado monarquista, aristocrático e religioso, os liberais lutam para implantar governos separados da igreja e da monarquia, parlamentares e constitucionais. Por seguinte, liberais de alguns países, como do Reino Unido, aceitaram a intervenção estatal para derrubar injustiças sociais ou formas de protecionismo econômico, enfrentando a oposição de não-liberais.

A combinação de liberalismo e dirigismo estatal na economia torna-se responsável, entre 1950 e 1980, pelo surgimento das sociedades de consumo e bem-estar social (Welfare States). Nos anos 80, a crise econômica e os novos parâmetros estabelecidos pela revolução tecnológica colocam em jogo as políticas de benefício social dos países desenvolvidos. Assim surgiu nos Estados Unidos e na Inglaterra, uma nova realidade conhecida como neoliberalismo.

Neoliberalismo, elaborado em 1938 para adaptar o modelo liberal às novas condições do capitalismo do século XX. As bases da doutrina são lançadas durante o Colóquio Walter Lipmann, um encontro de intelectuais liberais realizado na França naquele mesmo ano.

Uma das inovações do modelo em relação ao liberalismo é a intervenção indireta do Estado na economia, não para asfixiá-la, mas para garantir a sua sobrevivência, já que não confiam na autodisciplina espontânea do sistema. Os neoliberais acreditam que o controle de preços é a peça-chave da economia de um país. A função do Estado é manter o equilíbrio dos preços por intermédio da estabilização financeira e monetária, obtidas basicamente com políticas antiinflacionárias e cambiais.

A liberdade econômica das empresas e as leis de mercado continuam como dogmas no neoliberalismo. Essa nova doutrina atribui ao Estado a função de combater os excessos da livre concorrência e o controle de mercados pelos grandes monopólios. A criação de mercados concorrências através dos blocos econômicos, como no caso da União Européia, esse é um dos instrumentos para disciplinar a economia.

Para os neoliberais, o Estado não deve desempenhar funções assistencialistas, o que resultaria numa sociedade em absoluto, administrada e, portanto, antiliberal. É a afirmação da sociedade civil que deve buscar novas formas de resolver seus problemas. Ao Estado impõe-se apenas a tarefa de garantir a lei comum bem como a função de manter o equilíbrio e o incentivo as iniciativas da sociedade civil, como um todo.

Protecionismo é o mecanismo utilizado pelos países como uma maneira de proteger as indústrias nacionais da concorrência externa. Durante a fase do mercantilismo (séculos 17 e 18), mais utilizado na Europa. Os reis absolutistas criavam barreiras nas alfândegas, aumentando os impostos de importação. Desta forma, dificultavam a venda de produtos do exterior em seu território, pois os produtos estrangeiros encareciam muito.

Na concorrência, os produtos nacionais ficavam sempre mais barato o que atraia os consumidores. O protecionismo pleiteava também evitar a saída de moedas do território nacional e neste período, alguns reis chegavam a ser mais conservadores, proibindo em sua totalidade a entrada de produtos estrangeiros.

Na segunda metade do século XX, o protecionismo começou a perder força. Com o processo de globalização da economia, muitas barreiras alfandegárias caíram e o comércio internacional passou a ser estimulado ganhando força.

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