Grendene SA
Resenha: Grendene SA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kskl • 26/9/2014 • Resenha • 433 Palavras (2 Páginas) • 340 Visualizações
Fazendo um paralelo da cena citada com a realidade na indústria sobralense
vivenciada hoje, sabe-se através de relatos orais que o tempo estimado de permanência no
banheiro para o funcionário do meio industrial é de apenas cinco minutos antes e depois do
horário de almoço, sendo sujeito a punição caso ultrapasse o limite de tempo estipulado,
sempre há outro funcionário, geralmente o zelador, para “pastorar” aqueles que tentam “matar
trabalho”. Em breve entrevista concedida em março de 2009, Francilene P. Lima, hoje
auxiliar de supervisão da Empresa Grendene S.A fala sobre as condições para suprir 8
necessidades fisiológicas em horário de trabalho dizendo que “Se por acaso a gente não volte
antes dos cinco minutos que o rapaz que tira a „reserva‟ dá antes do almoço, a gente pode não
ir mais na segunda reserva que é depois do almoço. Mas só para chegar ao banheiro nós
demoramos cerca de um ou dois minutos, dependendo do local que se trabalha”.
Observando as condições destes operários traçamos um paralelo com o filme
“Tempos modernos” em um exercício de convidar operários do meio fabril para, sem
compromissos, assistir ao filme com a finalidade de perceber suas reações ao presenciarem as
imagens. No decorrer destas atividades, ao assistir o filme junto aos operários, o termo “olha
eu ai” foi usado pelos trabalhadores em quase todas as experiências. Além de se
identificarem, os operários “espectadores” identificavam também companheiros de trabalho,
tais como o superior, o parceiro de esteira, o líder (como o que aumenta a velocidade das
máquinas) e outros indivíduos que fazem parte de seus cotidianos de trabalho e se
assemelham aos personagens da película. Antônia R. Paes, ao participar da experiência em
julho de 2009 interrogou, sem conter ao risos, se tal filme era uma comédia sobre eles,
operários, pois a mesma já tinha presenciado um colega de trabalho que tinha uns “tiques”
parecidos com os de “Carlitos” e o trabalho na esteira era idêntico. Ao ser respondida que o
filme era de 1936 os risos cessaram e deram lugar à um silêncio. Quebrando a taciturnidade
ela exclamou: “esse filme pode até parecer engraçado quando a gente olha de fora, mas depois
que nós que fazemos isso aí todo dia, assistimos... a gente vê que não é nenhuma piada”.
Pode-se entender que de fato os operários se vêem na tela, mesmo separados por
quase
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