HIPERTENSAO

O coração é uma bomba eficiente que bate de 60 a 80 vezes por minuto durante toda a nossa vida e impulsiona de 5 a 6 litros de sangue por minuto para todo o corpo. Pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. É determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo. Ela pode ser modificada pela variação do volume de sangue ou viscosidade (espessura) do sangue, da freqüência cardíaca (batimentos cardíacos por minuto) e da elasticidade dos vasos. Os estímulos hormonais e nervosos que regulam a resistência sangüínea sofrem a influência pessoal e ambiental (III CONSENSO BRASILEIRO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 1998).

A hipertensão arterial é conceituada pela presença de níveis tencionais elevados, associados a alterações metabólicas e hormonais e a fenômenos tróficos (hipertrofias cardíaca e vascular). A prevalência da hipertensão arterial é elevada, estimando-se que cerca de 15 a 20% da população brasileira adulta possa ser rotulada como hipertensa a maioria das pessoas desconhecem que são portadoras de hipertensão (MANO, 2002).

Embora predomine na fase adulta, sua prevalência em crianças e adolescentes não é desprezível. Considerado um dos principais fatores de risco de morbidade e mortalidade cardiovasculares, seu alto custo social é responsável por cerca de 40% dos casos de aposentadoria precoce e de absenteísmo no trabalho em nosso meio (MANO, 2002).

É o estreitamento da luz das artérias, quando a quantidade de sangue a ser bombeada através do corpo permanece igual e as artérias se estreitam, a pressão sobe. Também pode ocorrer pressão alta quando o corpo retém líquido em grande quantidade e este volume adicional fluirá das artérias (DE CICCO, 2000).

Devido à magnitude do problema, tem sido constante a preocupação em nosso meio. O trabalho contempla as estratégias compatíveis com um indivíduo masculino de 57 anos que sofre de hipertensão e que fez acompanhamento com um cardiologista e tratamentos com medicamentos, trabalha em uma empresa que oferece um convenio como beneficio e que na ultima semana teve um principio de infarto (AVC).

Veremos como prevenir a elevação da pressão arterial de acordo com a idade e outros fatores. Com este objetivo, estuda as condições de prevalência da pressão arterial (PA) visando à detecção da HAS e sua melhora e controle. O estudo indica, como prática recomendável, a valorização de campanhas educativas junto à população, tais como mudanças de estilo de vida, diminuição da ingestão de sal, diminuição do peso, incentivo à prática de exercício, controle da ingestão de gordura e de açúcar, o conjunto específico de conhecimentos sobre hipertensão e seus agravos com a saúde publica e com um convenio empresarial, bem como a identificação e controle da Hipertensão Arterial Sistêmica( HAS), através de estudo e pesquisa que revelem as causas, como também o desenvolvimento e os resultados da doença. Por sua complexidade o tema exigiu que se aprofundasse nos pressupostos das complicações e consequências que a doença pode acarretar para os diversos órgãos do corpo humano, além das complicações cardiovasculares ,A hipertensão arterial é um mal de alta incidência e de graves complicações clínicas resultando em doenças tais como: cerebrovascular e insuficiências coronária, cardíaca, renal e vascular periférica, envolvendo indivíduos adultos, adolescentes e crianças, o que representa um dado preocupante na área de Saúde Pública, segundo publicações científicas recentes. Neste raciocínio, entende-se que a prevenção é a melhor atitude, e que este tema além de pertinente é de extrema relevância para a sociedade. Para tanto, este trabalho foi desenvolvido, utilizando o método de revisão bibliográfica, com intuito de fazer uma releitura sobre o tema.

1.1 Conceito

A hipertensão arterial, popularmente conhecida como "pressão alta", é uma doença que atinge uma grande parcela da população mundial. É, portanto, considerada um problema de Saúde Pública Mundial, expressando diferentes anormalidades fisiopatológicas, dificultando, assim, seu tratamento e controle. (REVISTA BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2000).

A definição de hipertensão arterial clássica "é a elevação anormal da pressão sanguínea na parte arterial do sistema circulatório". (COPLE & REIS 1999). A Organização Mundial de Saúde (OMS) define hipertensão arterial "como uma elevação crônica de uma das pressões arteriais, sistólica e diastólica e recomenda que sejam consideradas hipertensas as pessoas com uma ou ambas as pressões elevadas." (OPAS, 1990 apud COPLE & REIS, 1999).

Conforme o III Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial (1998), a hipertensão arterial – uma entidade clínica multifatorial, é conceituada "como síndrome caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados, associados às alterações metabólicas e hormonais e a fenômenos tróficos (hipertrofias cardíacas e vasculares)". Na verdade, a conceituação de hipertensão arterial sistêmica pode ser definida de diferentes formas, na medida em que se dê ênfase a determinado aspecto do problema.

Por mais de três décadas, o Instituto Nacional de Coração, Pulmão e Sangue (National Heart, Lung and Blood Institute - NHLBI) administrou o Comitê de Coordenação do Programa Nacional de Educação de Hipertensão Sanguínea (National High Blood Pressure Education Program – NHBPEP), uma coalizão de trinta e nove grandes organizações profissionais, públicas e voluntárias e sete agências federais. Uma das funções importantes desse Comitê é emitir diretrizes projetadas para aumentar a atenção, a prevenção, o tratamento e o controle da hipertensão.

Desde a publicação do VI Relatório da Comissão da Junta Nacional de Prevenção, Detecção, Avaliação e Tratamento da Hipertensão Arterial (JNC VI), liberado em 1997, que definiu e classificou a hipertensão em adultos acima de dezoito anos em 140/90 mmHg, muitos ensaios clínicos de larga escala foram publicados.

A decisão de designar um Comitê para o VII Relatório da Comissão da Junta Nacional de Prevenção, Detecção, Avaliação e Tratamento da Hipertensão Arterial (JNC VII), foi baseada, entre outros fatores, pela necessidade de uma atual diretriz que expressasse de maneira clara e concisa, os novos estudos de observação e ensaios clínicos de hipertensão.

Assim, de acordo com o referido relatório, a classificação dos níveis de hipertensão arterial, para adultos acima de dezoito anos, é realizado conforme demonstrado na Tabela abaixo.