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HISTÓRIA DAS BRINCADEIRAS DE CRIANÇA

Por:   •  6/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  509 Palavras (3 Páginas)  •  273 Visualizações

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BREVE HISTÓRIA DAS BRINCADEIRAS DE CRIANÇA

Ao falar sobre brinquedos e brincadeiras com amigos e familiares sempre ouvimos histórias dos mais velhos acerca de como as brincadeiras eram na sua infância, e muitos recordam de contos de seus pais e avós a cerca das atividades lúdicas em suas infâncias. Em pesquisa acerca da historicidade dos jogos e brincadeiras tradicionais, vemos que sua origem não pode ser identificada ou datada, uma vez que estiveram presentes em diversas sociedades de épocas distintas, nas quais deixaram marcas em seus praticantes através de suas dinâmicas sociais e históricas (KISHIMOTO, 2005). Assim, a prática de brincadeiras permite um passeio na cultura para a compreensão do brincar como uma ação humana ao longo de épocas.

Atualmente, ao pensar acerca dos direitos das crianças, uma das primeiras coisas que lembramos é do direito de brincar, porém nem sempre as crianças foram tratadas dessa forma. Não muito longe, na época medieval elas eram tratadas como adultos em miniatura, participando de atividades que nem sempre correspondiam à sua idade cronológica. Segundo Airès (1981) apud Bernardes (2005, p. 46) o mundo medieval ignorava a infância e “a consciência da particularidade infantil, essa particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto, mesmo jovem”. Para Bernardes (2005, p. 46) “a descoberta do sentimento de infância ocorreu entre os séculos XV e XVIII, quando se reconheceu que as crianças necessitavam de tratamento especial”.

Ainda segundo Bernardes (2005, p. 47-48) antes do século XVII não se considerava o aspecto moral e psicológico da criança, assim, não havia distinção entre as atividades lúdicas dos adultos e crianças, nem entre meninos e meninas que “compartilhavam dos mesmos e brinquedos [...] Homens, mulheres e crianças brincavam de cabra-cega, guerra de bolas de neve [...] Luiz XIII brincava com bonecas e de fazer comidinhas”. Assim, passa a distinguir-se o universo infantil do universo adulto.

A miscigenação das raças brancas, ameríndias e africanas e seu posterior cruzamento com os povos europeus e asiáticos garantiram ao povo brasileiro grande heterogeneidade populacional e a introdução de várias culturas infantis contribuindo para vasta gama de brincadeiras tradicionais de hoje, onde povos antigos passavam para as gerações seguintes através de histórias brincadeiras que até hoje nossas crianças brincam, algumas conservando sua estrutura original e outras sofrendo alterações (Abreu et al,200-), o que é confirmado por Kishomoto (1993) apud Fantin (2000) que afirma que as brincadeiras tradicionais possuem elementos folclóricos adotando características de anonimato, tradicionalidade, de transmissão oral, de conservação, de mudança e de universalidade e têm o papel de perpetuar a cultura infantil e desenvolver a socialização.

O processo contínuo de oralidade, tradicionalidade, conservação e universalidade perpetua e renova brincadeiras a cada geração permitindo conhecer as brincadeiras e a forma de brincar que marcam o contexto de cada cultura ao longo da história, gerando um acervo de atividades lúdicas ao longo dos séculos. Assim, Abreu et al (200-) afirma que “nesta busca pela historicidade, é possível compreender como se dão as rupturas e se preservam determinados valores, costumes e comportamentos, num processo

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