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HISTÓRICO DAS RELAÇÕES PÚBLICAS NO BRASIL

Por:   •  6/5/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  5.737 Palavras (23 Páginas)  •  116 Visualizações

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HISTÓRICO DAS RELAÇÕES PÚBLICAS NO BRASIL

Os fatos sociais e econômicos tem evidenciado a importância das Relações Públicas. As Relações Públicas, seja em âmbito governamental ou nas grandes organizações tornou-se, principalmente com o advento da globalização uma necessidade indiscutível.

As relações publicas pode parecer para uns uma profissão nova, no entanto, desde que houve a presença do homem na sociedade a comunicação passou a ser alvo de sua existência. Contudo, diferentemente do passado, as relações publicas hoje destaca-se no sentido de constituir-se uma atividade organizada em conhecimentos diversos, focando a imagem da empresa ou do governo do ponto de vista da opinião publica.

Para Melo (2008) a atividade profissional de Relações Públicas, surgiu em meio a humanização do capitalismo aparecimento no Brasil com fisionomia precoce, mas com um desenvolvimento alinhado a organização  de uma corporação que luta no decorrer dos anos pelos direitos da profissão e reivindica a formação de profissionais especializados.

Diga-se de passagem que Relações Publicas nasceram na China (GRUNIG, (2003). Mais o termo foi gerado por volta de 1882 nos Estados Unidos da América na palestra “The Public and duties of the legal profession” (GRUNIG & HUNT, 1984). Desde então, as relações publicas tem como definição oficial de acordo com Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP) desde 1955 como:

O esforço deliberado, planificado, coeso e contínuo da alta administração, para estabelecer e manter uma compreensão mútua entre uma organização, pública ou privada, e seu pessoal, assim como entre essa organização e todos os grupos aos quais está ligada, direta ou indiretamente.

Acredita-se então que os inventores das relações públicas modernas foram os norte-americanos, tendo seu inicio na primeira década do século XX, quando, segundo Canfield (1970), a indústria americana começou a ser atacada por líderes do governo.

A conjuntura norte-americana marcada por interesses empresariais ilícitos individuais e exploratórios exigiu do país uma mudança em sua imagem, é nesse momento que surge Ivy Lee, jornalista e publicitário que instalou em 1906 um “serviço de imprensa” que tinha como o objetivo divulgar claramente as ações empresariais. Segundo Andrade (1993) Lee foi o primeiro a colocar em praticas os princípios e técnicas de relações públicas.

No Brasil, conforme Kunsch (2002) a historia das relações publicas começou na cidade de São Paulo em 1914 com o surgimento do primeiro Departamento de Relações Públicas, instituído pela São Paulo Light – Serviços de Eletricidade, empresa canadense hoje conhecida como AES Eletropaulo, tendo como patrono da profissão Eduardo Pinheiro Lobo. Segundo a ABRP (2006) o objetivo do DRP era cuidar do relacionamento das empresas com os órgãos da imprensa e esclarecer a opinião pública.

Segundo Melo (2008), embora a gênese das Relações Públicas no Brasil encontra-se na fundação do serviço de atendimento ao público e à imprensa da Light o seu florescimento acontece somente em 1954 com a sustentação da regulamentação profissional reivindicada e o seu fortalecimento passa  a ser oferecido pela educação superior.

Durante esse período, vale ressaltar, os vários episódios da campanha política  do jornalista Carlos Lacerda contra o mito Getúlio Vargas. Findado a era Getúlio Vargas, o Vice-Presidente Café Filho conduz a nação a um novo processo eleitoral tendo Juscelino Kubitschek e João Goulart como lideres da campanha pela legalidade aderindo ao slogan industrial no país (BALDISSERA & SOLIO, 2008).

Com o final da década de 30, o agrícola passa para uma sociedade industrial, acentuando-se assim a comunicação de massa, como forma de amenizar as as opiniões e pensamentos diversos, afirma Steffen (2008).

A comunicação em massa nessa década, segundo Ortiz (1994) inicia-se com as estações de rádio do governo, onde Getúlio Vargas transforma este meio em um instrumento de ação política.

Entre os anos de 1934 e 1939, conta Steffen (2008) que foram criados no Brasil o Departamento de Propaganda e Difusão Cultural e o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), ligados ao Ministério da Justiça e Negócios do Interior, com o objetivo de controlar a informação.

Até o inicio da década de 40 a profissão não passou por grandes avanços e reformulações, ressurgindo então na Constituição Brasileira de 1946 levando o Brasil rumo a democracia. A politica de desenvolvimento industrial de Getulio Vargas e a vinda de empresas multinacionais no governo de Juscelino Kubitschek foram grandes propulsoras das relações publicas no pais. Contudo, lembra Steffen (2008) a instalação da Companhia Siderúrgica Nacional, que impulsionou um processo de desenvolvimento das relações publicas que estivessem ligadas a preparação do progresso industrial.

Andrade (2001) conta também que no ano de 1942, houve um delineamento da associação voltado para a gestão de relacionamento à atividade, publicando-se um artigo com o titulo “Administração de relações com o público”, de Newton Ramalho, que segundo o autor foi considerado um marco brasileiro para a aplicação das Relações Públicas.

Após a renuncia de Vargas, em 1945, o Brasil passa por uma situação econômica favoravel, centralizando o regime democrático, fazendo surgir segmentos industriais, sindicalistas e fazendeiros (STEFFEN, 2008). Assim, no que tange as Relações Públicas, com o apoio do Marketing, exercem suas atividades com alguns instrumentos de comunicação, sendo o Evento o mais importante deles, para cumprir com objetivos de persuasão e convencimento.

A força da indústria amplia investimentos nas Relações Públicas, onde em  1955 percebemos a introdução da disciplina de Relações Públicas na Escola Superior de Administração e Negócios, da Fundação de Ciências Aplicadas, em São Paulo e, em 1958, no Rio de Janeiro, o I seminário de Relações Públicas. Logo, em 1956, Jânio Quadros, também determina a realização de um seminário para os Redatores do Estado, fazendo valer a importância dos modernos serviços de informação governamental.

A preocupação do governo no boom industrial, segundo Steffel (2008), estava centras nas reações das lideranças  populares, por esse motivo definia-se as atividades de Relações Públicas o sentido de promover boas relações com o público e outros órgãos da administração pública.

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