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Hegemonia

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Por:   •  16/6/2014  •  Resenha  •  253 Palavras (2 Páginas)  •  253 Visualizações

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Uma perspectiva bem diferente é a de autores influenciados pela

tradição marxista onde se situava Gramsci, entre os quais se sobressai Robert

Cox, e da chamada escola inglesa da economia política internacional, e seu

melhor exemplo, Susan Strange. Para esse ponto de vista, o que se precisa

entender são os negócios, e não a estabilidade.9

O ponto de partida de Susan Strange (1994) é a crítica metodológica à

influência da economia neoclássica no estudo das relações internacionais com

seu reducionismo simplista, seu abuso das técnicas quantitativas para descrever

coisas conhecidas, suas “provas” do que é mero senso comum. O que ela se

propõe a entender é o nexo entre autoridade e mercado, nexo este concebido

como de influência recíproca ou causalidade biunívoca e que ela ilustra com a

figura da gangorra (see-saw). Dessa relação surge um sistema internacional

hierarquizado em diferentes posições relativas estabelecidas a partir do quanto

de poder pode ser exercido por cada Estado-nação sobre o sistema como um

todo e em relação aos demais. Na explicitação das fontes desse poder,

percebemos como ela imaginou ser dinâmico o arranjo interestatal mundial.

Esse poder é exercido de forma hegemônica em quatro níveis distintos. Em

States and markets (Strange 1994), ela apresenta a figura de um losango

formado por quatro triângulos para representar essas quatro fontes de poder,

definidas como estruturas interativas. Ela as define como não peculiares ao

sistema mundial, mas presentes também desde em grupos humanos pequenos –

e exemplifica mencionando uma família ou pequeno vilarejo –, até o mundo

inteiro.

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