Hepatite B

HEPATITE B

Fernanda Fernandes

Fillipp Brant Simões

Gabriela Coutinho

Jaíne Dias Ribeiro

Karla Werner

Lucas Pimenta

Priscilla Rodrigues de Almeida

Thaís Kneipp Rodrigues Rompinelli

Juiz de Fora

2013

INTRODUÇÃO

HISTÓRICO

Primeiras descrições ainda na Grécia antiga , passando pela teoria que relacionava icterícia a fenômenos obstrutivos e até o encontro de necrose hepatocelular difusa em necropsias , muito se discutiu sobre a etiologia das hepatites.

1939 , com o advento da biopsia hepática ,associou-se a doença hepatite a alterações inflamatórias dos hepatócitos .

1885 , primeira descrição de transmissão de hepatite por soro humano , após vacinação antivariólica de trabalhadores alemães devido a casos de icterícia .

1940 , predominaram estudos voluntários , quando se conseguiu produzir icterícia nestes , pela ingestão de fluído duodenal e pela inoculação de sangue ,provenientes de doentes com hepatites agudas .

A partir daí , contatou-se que o vírus da hepatite soro-homóloga , chamado então vírus SH.

Estabeleceu-se também , que um outro vírus (vírus IH) era o agente etiológico da hepatite conhecida como infecciosa e transmitida por água contaminada .

1950 ,observadas hepatites soro-homólogas em viciados de drogas e em receptores de unidades de sangue provenientes de doadores sadios , sendo estes rotulados como portadores sãos da hepatite soro-homóloga.

1965 , Mlumber e col. publicaram o que viria a ser uma das mais importantes revelações sobre as hepatites , que foi i encontro no soro proveniente de um aborígine australiano , de um antígeno que reagiam com soros de hemofílicos . Esse antígeno foi batizado de antígeno Austrália e inicialmente relacionado a leucemias .

(TRATADO DE INFECTOLOGIA)

EPIDEMIOLOGIA

O HBV é considerado bastante infectivo. Sabe-se que uma só partícula viral é capaz de infectar o ser humano.

O vírus inicialmente circula no sangue e replica-se nos hepatócitos com uma produção de vírions em torno de 1011 (100.000.000.000 cópias/mL) x por dia.

O HBV é estável e resistente ao meio ambiente, sobrevivendo até 1 semana fora do corpo humano. No plasma, a vida média do HBV varia de 1 a 3 dias, enquanto nos hepatócitos, pode variar de 10 a 100 dias. O período de incubação varia de 6 a 8 semanas (FONSECA, 2007).

A infecção pelo vírus da hepatite B (VHB) que ocorre na infância, adquirida da mãe portadora desse vírus, representa 40% do total de infecções e possui grande relevância clínica e epidemiológica em todo o mundo. Apesar da infecção aguda ser sintomática em menos de 10% das crianças, o desenvolvimento da infecção crônica e de suas conseqüências, após a infecção aguda, é inversamente proporcional à idade de exposição. O risco de infecção crônica é máximo (70-90%) em crianças que adquirem a infecção durante o período perinatal, sendo que constituirão o principal reservatório do vírus para infecção de outros indivíduos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estipula que aproximadamente 30% da população mundial, cerca de dois bilhões de pessoas já foram infectadas pelo HBV. Estima-se que cerca de 300 milhões de pessoas pelo mundo, sejam portadores crônicos do vírus da hepatite B (VHB). Dois milhões morrem anualmente, vítimas desta doença. Os profissionais de saúde fazem parte dos grupos considerados de maior risco.(Fernandes;BRAZ, 1999;BRASIL;DA FONSECA.2003).

O vírus da hepatite B está distribuído mundialmente e de forma desigual, sendo considerado em 3(três) níveis diferentes de endemia :

• Nível alto : acima de 8% (oito),

• Nível intermediário : 2% (dois) a 7%(sete)

• Nível baixo : menor que 2%(dois).

Em regiões continentais como no Alasca, Groenlândia, Bacia Amazônica, sul da China e sudoeste asiático os índices da endemia são elevados, cerca de 8%(oito) a 20% (vinte) da população são portadoras da infecção. E 70% a 90% do restante já tiveram contato com o vírus.

O Brasil é o país mais afetado da América Latina pelo HBV e a sua maior predominância consiste na região norte. A OMS (Organização Mundial de Saúde) classificou como elevada a prevalência da hepatite B na região da Amazônia Legal, e intermediária no restante do país. No Brasil, a taxa de infectados passou de 0,3% em 1999 para 6,9% em 2010, chegando a 14.000(quatorze mil) novos casos por ano, sendo 500 (quinhentos) casos levados a óbito.

Segundo o ministério da saúde 15%(quinze) da população brasileira já teve contato com o vírus . A região Sul registra os maiores índices de novos casos desde 2002, seguida da região Norte. Totalizando 120.343 (cento e vinte mil,trezentos e quarenta e três) novos casos que foram descobertos em todo o país no período entre 1999 e 2011.

De acordo com o Ministério da Saúde a transmissão sexual e a principal forma de infecção da hepatite B.

MORFOLOGIA

O vírus da hepatite B pertence à família Hepadnaviridae. Este tipo de vírus é envelopado, possui 47nm de diâmetro, de formato icosaedro e no soro do individuo encontramos três tipos diferentes de partículas sub virais sendo:

Partículas incompletas filamentosas e incompletas esféricas não são infecciosa. Ambas são produzidas em grande quantidade durante a infecção