IMPACTO AMBIENTAL NA INDÚSTRIA METALÚRGICA
Por: gilmarribeiro • 1/5/2017 • Trabalho acadêmico • 3.446 Palavras (14 Páginas) • 299 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA
TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL
DENISE BOFF MONTEIRO
RA 4033694225
IMPACTO AMBIENTAL NA INDÚSTRIA METALÚRGICA
GRAVATAÍ/RS
2016
DENISE BOFF MNTEIRO
IMPACTO AMBIENTAL NA INDÚSTRIA METALÚRGICA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito indispensável para a obtenção do título de Técnico em Gestão Ambiental, na Universidade Anhanguera. Orientadora: Profª. Me. Klaudia Bitencourt.
GRAVATAÍ/RS
2016
AGRADECIMENTOS
- A minha família pelo apoio e suporte na elaboração do meu trabalho;
ÍNDICE/SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................5
DESENVOLVIMENTO..............................................................................................5
SUGESTÃO DE GESTÃO AMBIENTAL...............................................................10
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................11
1.INTRODUÇÃO
Analisaremos neste estudo uma indústria metalúrgica que é de grande importância para o município, em razão da demanda de empregos, movimentação econômica e desenvolvimento da região. Desse modo, o objetivo principal deste estudo foi identificar e avaliar os principais aspectos e impactos ambientais decorrentes do processo produtivo de uma indústria metalúrgica de pequeno porte. Citam-se como objetivos específicos: conhecer o processo produtivo da indústria metalúrgica, identificando a origem dos impactos ambientais gerados pela atividade; quantificar os principais aspectos ambientais relacionados ao processo produtivo; verificar a sensibilização referente às questões ambientais, dos funcionários e proprietários do empreendimento e quantificar o consumo de água, energia elétrica e de matérias-primas no processo industrial principal da empresa. Entretanto, almejou-se que seja interpretado como ponto de partida para a implementação de melhorias no setor, especialmente visando à qualidade ambiental.
2. DESENVOLVIMENTO
Aspecto ambiental é o elemento da atividade, produtos ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente, conforme norma NBR ISO 14.001. (ABNT, 2004). De modo geral, é qualquer intervenção direta ou indireta das atividades e serviços sobre o meio ambiente. Moura (2006) relata como exemplo o setor de produção de uma indústria, que utiliza recursos naturais, gera efluentes e resíduos (aspecto ambiental), resultando frequentemente em impactos ambientais. Em geral, está associado diretamente às etapas do processo econômico. Alguns aspectos ambientais são recorrentemente citados em estudos relacionados com o setor metal mecânico, as emissões atmosféricas. As indústrias, fontes fixas de poluição, são consideradas com potencial poluidor significativo especialmente pelas emissões atmosféricas. .Segundo definição da Resolução Conama n° 382/2006, que estabelece os limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas, o termo “emissão” refere-se ao lançamento na atmosfera de qualquer forma de matéria sólida, líquida ou gasosa. Os principais poluentes atmosféricos produzidos a partir de uma fonte estacionária, no caso, do processo industrial, sendo: a) material particulado: fumos, poeiras e névoas; b) gases: SO2, SO3, HCL, Hidrocarbonetos; c) mercaptanas (H2S, HF e NOX). Quanto aos impactos ambientais referentes às emissões atmosféricas, cita-se o mais relevante, que é a alteração da qualidade do ar, cujas consequências atingem alguns aspectos: - estéticos: interferindo na visibilidade e sujeira sobre as superfícies; - inibição do crescimento foliar, devido à redução de fotossíntese; - prejudicial à saúde: comprometimento do sistema respiratório. Além disso, dependendo da origem das partículas, estas podem ter características, por exemplo, carcinogênicas (partículas de compostos de hidrocarbonetos policíclicos) e propriedades tóxicas. “os efeitos à saúde humana ocorrem quando a exposição aos poluentes se faz de forma crônica – por um longo período de tempo, até mesmo anos – e aguda, isto é, o receptor é exposto a elevados índices de concentração de poluentes em um período de tempo curto, horas ou dia, em episódios agudos de poluição atmosférica.
A definição da NBR 10 004 (ABNT, 2004) de resíduos sólidos é:
Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. (ABNT, 2004).
Os resíduos são a expressão mais próxima dos riscos ambientais (compostos pela probabilidade de ocorrência e a gravidade dos danos potenciais). Nem sempre o resíduo é algo nocivo, mas geralmente é visto de forma negativa. Salienta-se que quem o produz deverá assumir os custos do descarte, nem sempre economicamente viável, no entanto necessário. Desse modo, a classificação dos resíduos é baseada no processo que os originou e, principalmente, nas características dos próprios resíduos. Segundo a NBR ISO 10 004 (ABNT, 2004), os resíduos são classificados em: Perigosos (Classe I) e Não perigosos (Classe II), esta se subdivide em: Classe II A (Não Inertes) e Classe II B (Inertes). Segundo Valle (1995), os resíduos perigosos são gerados nos mais diversos ramos econômicos, porém é a indústria, de pequeno, médio ou grande porte, a maior geradora. Segundo o relatório sobre a geração de resíduos sólidos industriais no RS (FEPAM apud GHENO, 2006), no ano de 2002, 2.192 indústrias do estado foram pesquisadas, verificando-se que, juntas, geraram o total de 189,2 mil toneladas de resíduos sólidos industriais perigosos, sendo a indústria metalúrgica responsável por 10,9% desses. Além disso, o mesmo relatório aponta a geração de resíduos sólidos industriais não perigosos gerados no estado, num total de 2,174 milhões de toneladas; desse montante, 13,6% foram gerados por indústrias metalúrgicas.
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