INCLUSÃO DE SUPERDOTADOS

1 INTRODUÇÃO

O presente estudo visa elucidar se as práticas educacionais em relação aos alunos com necessidades especiais educacionais especiais, em particular os alunos portadores de altas habilidades, estão incluindo ou excluindo esses alunos do contexto escolar regular.

A temática voltada para a “inclusão” vem nas últimas décadas tomando espaço nos debates políticos-educacionais, já que se preconiza um sociedade  plenamente democrática, e se tem a educação como um “direito de todos”.  Existem leis que priorizam a inclusão na educação, mesmo assim sabe-se que a “inclusão” ainda deixa  muitas lacunas a serem  preenchidas, tanto  no âmbito social, como no escolar.

Nesta perspectiva, em relação à educação esta tem o grande desafio de estender seu atendimento a todos os segmentos da população, com ações que impliquem na inclusão de todos os alunos, quaisquer que sejam suas limitações e possibilidades individuais e sociais, incluindo-se neste contexto os portadores de altas habilidades.

Diante de algumas análises bibliográficas, nota-se a necessidade de se tentar responder perguntas que surgiram a partir de então, tais como: a dificuldade de identificar os alunos portadores de altas habilidades, como deve ser o perfil profissional das pessoas que tratarão dessas crianças, como elas são tratadas na escola, bem como fora dela, se os currículos elaborados contemplam as necessidades desses alunos, e como a Constituição Federativa do Brasil (1988) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 tratam à educação especial.

Finalmente denuncia as falhas no sistema educacional brasileiro, não só no que diz respeito à educação especial, mas em todos os âmbitos da educação; através das quais concluímos ser o problema bem mais grave do que se pensava; o discurso fala em educação para todos, mas na prática o que se observa é a educação de qualidade para alguns.

Ao observar tantos alunos que apresentam necessidades especiais pode-se constatar a importância e o auxilio que é dado a tais crianças que dependem de uma atenção maior por ter uma deficiência visual, por apresentar limitações de leitura e de escrita ou por não ter condições de locomover-se sozinha entre outras dificuldades apresentadas. Muito tem sido feito e vários programas de ajuda e treinamento de profissionais capacitados para dar um maior amparo a essas crianças tem sido implantados.

Hoje pode-se afirmar que o maior número de crianças portadoras de necessidades especiais tem recebido um atendimento especializado e profissional de acordo com o que se requer a lei, por mais que ainda hajam campos específicos para melhora.

Neste cenário onde se percebe que a educação cada vez mais amplia seus horizontes, vê-se que a inclusão é pautada como assunto bastante discutido, mas pouco realizado, visto que como pode ser percebido nas primeiras linhas deste trabalho acadêmico, incluir é inserir um individuo na sociedade, mas pra que ele seja inserido antes é necessário que lhe de suporte para tal atividade, para que na sua completa individualidade sinta a necessidade de se sentir como membro que merece estar entre os outros de sua espécie.

Mas o que dizer das crianças que não apresentam dificuldades de leitura, de escrita, motora, lingüística e tem uma elevada inteligência comparada a das crianças ditas normais? É o objetivo principal de o presente trabalho acadêmico apresentar algumas informações sobre como se vem transmitindo a educação para o aluno com altas habilidades. Bem como, ao professor é atribuída a tarefa de propiciar condições favoráveis à aprendizagem, desenvolvimento de talentos e realização do potencial de seus alunos.  O assunto crianças superdotadas tem sido pouco explorado considerando que o conhecimento é restrito e o tema é imensamente abrangente, não é fácil fazer uma conceituação do que é a superdotação.

Somos seres humanos universalmente iguais, particular e singularmente diferentes, segundo nossa cor, raça, nacionalidade, sexo religião, deficiência. Vivemos num contexto sociocultural marcado por contradições, desigualdades, perplexidades e dúvidas que nos levam a buscar novas significações e caminhos de convivência social.

Diante destes contrastes é válido refletir e analisar as ações políticas e educacionais e os investimentos em programas voltados para os portadores de altas habilidades.

Conforme a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Brasil é um dos países da América Latina que mais insere alunos com necessidades especiais em escolas regulares. Mas, na prática comprova-se uma outra realidade. A educação inclusiva ajuda no desenvolvimento físico e intelectual dos alunos especiais, estimula valores como respeito e companheirismo e os professores têm um melhor desenvolvimento profissional ao lidar com as diferenças na sala de aula.

O MEC indica um tipo de atendimento prevendo programas de aceleração, enriquecimento, agrupamento especial em consonância com a filosofia educacional e o sistema de ensino vigente. Destaca a necessidade de profissionais habilitados, material adequado e principalmente a preocupação com os aspectos sócio-afetivos da clientela.

Este trabalho caracteriza-se como uma sendo uma pesquisa de natureza, bibliográfica, descritiva e qualitativa. Esta monografia está dividida em seis capítulos. O primeiro que é o introdutório traça um breve esboço acerca de todo trabalho a ser desenvolvido. O segundo refere-se a uma explicação mais detalhada da metodologia utilizada na realização do trabalho, abordando aspectos tais como: tipo de pesquisa e fontes bibliográficas. O terceiro capítulo refere-se aborda os objetivos tanto geral como específicos. Já o quarto capitulo aborda todo o referencial teórico da pesquisa. E o quinto e último capitulo traça as considerações finais com os resultados da pesquisa.

2 METODOLOGIA

Consiste na descrição detalhada dos caminhos utilizados para alcançar-se os objetivos, implicando na definição dos tipos de pesquisa, das técnicas a serem utilizadas, dos instrumentos de coleta, do universo e amostra, além de outros procedimentos próprios a cada sistemática definida.

Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. Minayo (1993, p.23), o vê sobre por um prisma mais filosófico. A presente pesquisa foi segundo Gil (1991 apud Silva, 2001, p. 21):