Identidade Docente

Identidade Docente

Este trabalho pretende expor de forma resumida uma visão sobre a formação da identidade docente elaborado a partir da leitura de alguns textos, discussões e trabalhos apresentados em sala de aula. Tal visão vem sendo construída, pois a cada leitura, a cada novo contato com a realidade da profissão são agregadas outras informações o que pode contribuir com a construção dos saberes a cerca desse conceito.

O que faz com que uma pessoa resolva escolher a docência como profissão? Uma vocação? Sua família? Quais os caminhos a serem percorridos? Eles são os mesmos para todos que fazem esta escolha? Afinal no que consiste a identidade de um profissional docente?

A partir do contato com relatos de formação profissional de alguns professores, extraídas do livro de Geni A. N. Vasconcelos Como me fiz Professora, percebe-se que alguns sempre desejaram exercer a docência, enquanto outros a foram descobrindo no decorrer dos caminhos da vida. É possível perceber em depoimentos como o da professora Regina de Fátima de Jesus: “Não foi por acaso que me fiz professora, mas, justamente, por falta de opção” (VASCONCELOS 2000, p.5) que não é necessário “nascer com um dom” para seguir este caminho, pelo contrário, como ela mesma relata, existem outros motivos que podem que podem levar alguém a escolher o caminho da docência e mesmo sem o “dom” obter sucesso na escolha. No texto do Professor Paulo Sgarbi encontramos um relato de alguém que veio desde a infância sendo levado para a docência, seja pelos exemplos em família ou pelos acontecimentos aleatórios em sua vida. Verificamos ainda na leitura desta obra histórias de coragem, persistência, adversidades vencidas como as das professoras Maria Zita Ferreira e Margarida dos Santos que traduzem a profissão como a realização de um sonho.

Os motivos para a escolha dessa profissão são notoriamente vários, os caminhos percorridos também são distintos, embora alguns muito parecidos, todos com sua individualidade. O valor dado a essa vivência é particular e isso faz com que cada identidade seja única. A formação dessa identidade é construída dia a dia e muita coisa está envolvida. O que pode parecer simples, é na verdade, composto por muitos detalhes. É preciso observar que por trás de cada profissional existe uma pessoa, com sua pluralidade e que isto influenciará seu modo de ser e de estar na profissão. Havendo essa constatação por parte do próprio profissional, suas concepções a respeito da educação e da ação pedagógica podem ser autoavaliadas, reformuladas e aprimoradas. Seu contato com a instituição, os alunos, pais, colegas de trabalho, enfim, ganham em qualidade pois a reflexão sobre sua ação pode acontecer de forma mais consciente, trazendo benefícios a sua prática.

Como estamos sempre envolvidos de alguma forma com a Educação, desde o nascimento em casa com os pais, os irmãos, a família, com os amigos, sempre aprendendo e ensinando, tudo oque nos envolve, tudo o que é vivenciado colabora na formação dessa identidade profissional. Na maioria das vezes essa identidade se consolida de forma inconsciente. Da mesma forma, continuamos aprendendo (ou pelo menos espera-se que seja assim) durante toda a vida, por isso essa identidade fica em constante formação e pode se modificar durante o percorrer desse