Implicações No Sono Decorrentes Do Impacto Do Uso Excessivo De Telas Por Crianças Na Terceira Infância
Por: Duda Machado • 16/4/2024 • Projeto de pesquisa • 4.361 Palavras (18 Páginas) • 78 Visualizações
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ ESCOLA DE MEDICINA E CIÊNCIAS DA VIDA[pic 1]
EDUARDA BALDANÇA MACHADO FLÁVIA LEILAINE MEDEIROS
IMPLICAÇÕES NO SONO DECORRENTES DO IMPACTO DO USO EXCESSIVO DE TELAS POR CRIANÇAS NA TERCEIRA INFÂNCIA.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ ESCOLA DE MEDICINA E CIÊNCIAS DA VIDA[pic 2]
EDUARDA BALDANÇA MACHADO FLÁVIA LEILAINE MEDEIROS
IMPLICAÇÕES NO SONO DECORRENTES DO IMPACTO
DO USO EXCESSIVO DE TELAS POR CRIANÇAS NA TERCEIRA INFÂNCIA.
Projeto de Pesquisa apresentado na disciplina de “Metodologia Científica e Bioética em Pesquisa”, sob avaliação da Professora da Professora Regina Celina Cruz, da Escola de Medicina e Ciências da Vida, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.[pic 3]
SUMÁRIO
RESUMO
- INTRODUÇÃO 2
- OBJETIVOS 5
- REFERENCIAL TEÓRICO 6
- MÉTODO 10
- RECURSOS 14
- ORÇAMENTO 15
- CRONOGRAMA 16
- REFERÊNCIAS 17
RESUMO
Introdução: O sono desempenha um papel crucial na saúde e no desenvolvimento dos seres humanos, influenciando a memória e o crescimento. Devido a crescente exposição excessiva das crianças às telas, seu sono tem sido afetado negativamente, prejudicando seu desenvolvimento. Os impactos na saúde e no desempenho escolar infantil faz com que uma a relação entre o uso de telas e o sono necessite de uma investigação mais aprofundada, especialmente na terceira infância onde se situa o começo do ensino fundamental I. Objetivos: Investigar o impacto do uso excessivo de telas em crianças na terceira infância, analisando objetivamente suas implicações no sono e posteriormente no desenvolvimento. Método O método adotado para a pesquisa é uma abordagem bibliográfica de natureza básica, qualitativa e exploratória, centrada no abuso de dispositivos eletrônicos por crianças na terceira infância e seus impactos no sono. As fontes de informação são selecionadas com base em critérios rígidos, incluindo fontes reconhecidas, preferência por inglês ou português e uma faixa etária específica de 6 a 11 anos. A coleta de dados é realizada exclusivamente online, utilizando bases de dados acadêmicas como PubMed, Scielo e Google Scholar. Palavras-chave relevantes são empregadas para identificar estudos relacionados ao tema. A análise crítica é empregada para determinar a relevância e qualidade dos estudos. A análise de dados envolve uma crítica interna e externa das informações obtidas, visando encontrar sentido e valor em cada artigo. A validade e as ideias de cada artigo são examinadas, e as hipóteses do projeto de pesquisa são confirmadas ou refutadas. Em resumo, o método abrange um estudo bibliográfico básico e qualitativo sobre o abuso de dispositivos eletrônicos por crianças na terceira infância e seus efeitos no sono.
Palavras-chave: terceira infância, exposição às telas, sono,
- INTRODUÇÃO
O sono é um componente essencial da saúde e do desenvolvimento em todas as faixas etárias, desempenhando papéis variados e cruciais, desde a restauração física à consolidação da memória (Neves et al., 2013). A sua importância não se limita à perspectiva clínica, uma vez que, sob o ponto de vista fisiológico, o sono constitui um período de atividade metabólica intensa, onde ocorrem processos vitais, como a reparação tecidual e o crescimento somático (Davis et al., 2004). Contudo, a privação de sono, a curto e longo prazo, pode resultar em consequências prejudiciais, afetando a saúde e o bem-estar do ser humano, bem como o seu desempenho social, físico, psicológico e cognitivo (Neves et al., 2013).
Na infância, ocorrem diversas modificações nos aspectos cognitivos, afetivos, sociais e motores do indivíduo. Durante esse período, processos cruciais de consolidação da memória, crescimento, regulação hormonal e fortalecimento do sistema imunológico desempenham um papel fundamental (Davis et al., 2004; Madigan et al., 2019). Portanto, é evidente que um sono saudável desempenha um papel central no desenvolvimento infantil (Davis et al., 2004).
Levando em consideração a importância do sono na infância, surge uma crescente preocupação em relação à exposição excessiva das crianças às telas, devido ao impacto negativo que isso pode ter em seu sono (Lima et al.).
No contexto nacional, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) emitiu diretrizes e recomendações relativas ao uso de dispositivos eletrônicos por crianças, destacando a importância de estabelecer limites de tempo e monitorar o acesso a telas de acordo com a idade (Sociedade Brasileira de Pediatria, 2019). Conforme orientações da SBP, o tempo máximo diário de exposição a telas recomendado varia de acordo com a faixa etária: Para crianças com até 2 anos de idade, a recomendação é evitar completamente o contato com telas. Para crianças de 2 a 5 anos, o tempo de exposição deve ser limitado a no máximo uma hora por dia. Para crianças de 6 a 10 anos, o tempo de exposição permitido aumenta para no máximo uma a duas horas por dia. Para adolescentes de 11 a 18 anos, o limite máximo é de duas a três horas de exposição diária. Além disso, o documento da
SBP também alerta sobre o uso de dispositivos eletrônicos como forma de entretenimento para bebês, uma prática cada vez mais comum que pode afetar negativamente o desenvolvimento infantil, especialmente durante a fase de crescimento cerebral e mental (Sociedade Brasileira de Pediatria, 2019).
Atualmente, crianças nas sociedades ocidentais dedicam uma parte significativa do seu tempo diário de vigília interagindo com telas de dispositivos eletrônicos. Segundo Michel Desmurget (2020), crianças entre 8 a 12 anos, passam, em média, cerca de 4 horas e 45 minutos diante das telas, o que equivale a aproximadamente 32% do seu tempo total de vigília diante das telas.
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