Infecção Hospitalar
Trabalho Escolar: Infecção Hospitalar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: caecidinho • 2/10/2014 • 1.813 Palavras (8 Páginas) • 444 Visualizações
INTRODUÇÃO
Estudos sobre doenças infecciosas são importantes, pois são causas de hospitalização e morte (BOAS, RUIZ, 2004). Uma minoria das pessoas desenvolve infecção quando expostas a determinado microorganismo com um potencial patogênico, considerando a reação de cada indivíduo às doenças infecciosas (PEREIRA, et al; 2005).
Um hospital é palco de múltiplos riscos aos profissionais de saúde, pois estão expostos à agentes químicos, biológicos, entre outros (SCHEIDT, ROSA, LIMA, 2006). Os riscos biológicos são os que apresentam um maior grau de periculosidade a todos os envolvidos (CANINI, 2002). O ambiente hospitalar como um todo, ou seja, o ar, a água e locais que envolvem o paciente podem abrigar focos infecciosos (ANDRADE, ANGERAMI, PADOVANI, 2000).
Este ambiente corre o risco de uma infecção hospitalar (IH). Tais infecções datam da era medieval, onde os primeiros hospitais foram criados para abrigar pessoas doentes, moradores de rua e etc. As doenças encontravam um ambiente propício para a sua transmissão, e a falta de cuidados facilitava a disseminação das infecções, contaminando por vias aéreas, pela água e pelos alimentos. Esse controle só surgiu com a transformação do hospital, a partir do século XVIII, quando o corpo passou a ser cultuado como objeto de trabalho (LACERDA, EGRY, 1997). Turrini (2000) cita o papel de Louis Pasteur no controle destas infecções, induzindo os princípios básicos de autossepsia e outras intervenções.
Para Pereira (2005), “a infecção hospitalar é definida como aquela adquirida após a internação do paciente e que se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares” (p. 251). Assim, a maioria das infecções hospitalares decorre da própria patologia do paciente, procedimentos considerados invasivos e aumento da colônia microbiana. Pacientes que apresentam predisposições às infecções apresentam taxas elevadas de infecção hospitalar (BOAS, RUIZ, 2004). Os dados de incidência da IH estão relacionados com os extremos das idades, ou seja, atinge mais as crianças e os idosos (TURRINI, SANTO, 2002).
O objetivo desta pesquisa é compreender como ocorrem alguns tipos de infecção em ambiente hospitalar, seus possíveis desdobramentos, as causas e especificar patologias desencadeadas por infecção hospitalar.
JUSTIFICATIVA
Há diversos estudos que apontam os diversos fatores que causam as infecções hospitalares (IH) e suas conseqüências no ambiente hospitalar, que justamente é o lugar destinado ao tratamento humano de doenças. As causas são multifatoriais e históricas, pois datam das épocas medievais.
O presente estudo se faz relevante, contribuindo com um olhar mais detalhado sobre as possíveis causalidades da IH. Há uma vasta literatura que investiga o fenômeno de forma generalizada.
A compreensão da ocorrência da IH pode auxiliar estudos futuros a planejar medidas preventivas e até de promoção da saúde. Um saber ampliado neste sentido pode tornar o ambiente hospitalar livre de agravamentos de doenças que poderiam ser tratadas rapidamente.
Tal pesquisa também visa o aprimoramento do olhar do futuro profissional de enfermagem, ampliando os seus saberes e sua prática.
OBJETIVO GERAL
Compreender como ocorrem alguns tipos de infecção em ambiente hospitalar e seus possíveis desdobramentos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar possíveis causas de infecção hospitalar.
Caracterizar patologias específicas desencadeadas por infecção hospitalar.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A prevenção e o controle de infecção hospitalar devem fazer parte da filosofia da formação dos profissionais da área da saúde e a necessidade de atualização permanente desses profissionais é o que se acredita independentemente da forma e da estrutura curricular adotada. Não é aceitável, segundo Tipple (2003) “qualquer profissional da saúde receber sua credencial profissional, seu diploma, sem ter uma base em prevenção e controle de infecção, sem ter um preparo técnico específico” (p.246).
As práticas profissionais vêm mostrando cada vez mais uma baixa percepção de riscos as medidas profiláticas básicas, como a manipulação de perfurocortantes, fluidos orgânicos, sangue, entre outros. Observar-se também o uso inadequado de Equipamentos de Proteção Individual que ao utilizar a luva de procedimento, ao invés de ser descartada imediatamente após o uso é utilizada para manipular outros objetos. (TIPPLE, et al.2003)
É importante que cada setor e cada equipe, nas demais dependências hospitalares onde se dá assistência, conduzam a redução da ocorrência de IH. Segundo Pires (2004) “A interdisciplinaridade, própria do trabalho em equipe, traduz a necessidade posta na forma de organização do trabalho, para que a prevenção seja uma constante nas ações dos trabalhadores” (p.84).
Segundo relatos de acadêmicos de enfermagem os enfoques nos hospitais sobre a importância da lavagem das mãos não vem sendo satisfatórias, e as equipes apesar de afirmarem ter conhecimento teórico sobre o procedimento apresentam baixo desempenho ao descreverem a técnica correta. (TIPPLE, et al.2010)
O hospedeiro é o elo mais importante do processo infeccioso, pois abriga os principais microorganismos de alastram os processos de infecção. A veiculação de agentes infecciosos em procedimentos terapêuticos também contribui para a disseminação das IH. Assim, o fenômeno da IH não é meramente universal, e sim histórico e social (PEREIRA, et al, 2005).
As IH não só elevam as taxas de mortalidade como também aumenta o tempo de tratamento e permanência do paciente no hospital. Ultimamente, há uma dificuldade no combate a esses agentes infecciosos devido à resistência destes a uma série de drogas antimicrobianas, o que pede medidas mais severas e preventivas com relação à IH:
Embora as principais causas de infecção hospitalar estejam relacionadas
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