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Por:   •  23/9/2014  •  761 Palavras (4 Páginas)  •  341 Visualizações

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A púrpura trombocitopênica idiopática - PTI é uma doença autoimune do sangue caracterizada por uma diminuição do número de plaquetas para níveis abaixo de 100 mil por mililitro de sangue. O número ideal gira em torno de 150 mil plaquetas, independente da idade.

As plaquetas são células do sangue responsáveis pela coagulação e estancamento no caso de cortes e de hemorragias nos órgãos internos do corpo. "A diminuição das plaquetas ocorre, normalmente, após um processo viral ou pós-vacinação da Hepatite B. O próprio organismo começa a não reconhecer as plaquetas como células suas e inicia um processo de destruição. As plaquetas são destruídas no baço, que é um órgão de defesa", explicam as médicas Dra. Simone Giorge de Oliveira Andreucci e Dra. Ana Paula Quintanilha, ambas pediatras e hematologistas infantis do Hospital e Maternidade São Camilo.

Ao cair o número de plaquetas, começam a aparecer os sintomas: manchas na pele (petéquias), hematomas, sangramentos no nariz (epistaxe), e na gengiva (gengivorragia), na urina (hematúria) e no sistema nervoso central, este último caracterizado como o caso mais grave de púrpura. "O sangramento no cérebro é um caso extremo, raro e muito grave e só acontece quando o número de plaquetas está abaixo de cinco mil por mililitro de sangue", comenta.

A incidência de Púrpura é de quatro crianças para cada 100 mil. Geralmente, a púrpura aguda atinge crianças de dois a quatro anos, em uma proporção igual para ambos os sexos. A púrpura aguda tem início súbito, ou seja, a criança pode estar em casa, brincando, e de repente, começa a ter os sintomas. É considerada aguda até seis meses de tratamento. A partir disso, caso torne-se recorrente ou não responda ao tratamento, passa a ser considerada crônica. Mas, não se preocupe tanto: em 90% dos casos, ocorre a manifestação da púrpura na forma aguda, fácil de ser tratada e curada.

SINAIS DE ALERTA - As médicas explicam que os sintomas começam geralmente com sangramento pelo nariz, gengiva, manchas pelo corpo e dor abdominal (que pode ser um sangramento no trato gastrointestinal). Esses são indícios para que os pais ou responsáveis levem a criança a um hematologista infantil para investigação, diagnóstico e tratamento.

A partir do exame clínico é feita uma hipótese diagnóstica de púrpura. Após a suspeita, o hematologista pedirá um hemograma para saber se a contagem de plaquetas está ou não abaixo do nível considerado bom.

Além disso, é fundamental que o médico solicite um mielograma. Trata-se de um exame que analisa se a produção de todas as células do sangue incluindo as plaquetas, fabricadas na medula óssea, está normal. Caso o resultado certifique que não há problema com os megacariócitos, responsáveis pela produção das plaquetas, fecha-se o diagnóstico em púrpura.

Todas as células do sangue são produzidas dentro de ossos. No adulto, essa produção predomina no osso chamado "externo". Na criança, se dá no osso da coxa e do quadril. "É preciso ir direto até a fábrica para saber se existe um defeito. Se estiver tudo certo, é sinal de que as células estão sendo destruídas na periferia e não na fábrica", explicam as médicas.

Já se o defeito for na produção, o médico Já se o

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