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Interesses Sociais E Difusos Na Segurança Pública

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Por:   •  2/3/2015  •  1.666 Palavras (7 Páginas)  •  304 Visualizações

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Unisul

Unidade de Aprendizagem: Interesses Difusos e Coletivos.

Curso: Curso Superior de Tecnologia em Segurança Pública.

Professor: Fabrício Berto da Silveira.

Nome do aluno: :

Data:

Orientações:

 Procure o professor sempre que tiver dúvidas.

 Entregue a atividade no prazo estipulado.

 Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.

 Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).

Considere a seguinte decisão jurisprudencial:

DIREITO AMBIENTAL E CIVIL. INEXISTÊNCIA DE DANO MORAL DECORRENTE DA NÃO CONCESSÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DE DESMATAMENTO E QUEIMADA.

Não gera dano moral a conduta do Ibama de, após alguns anos concedendo autorizações para desmatamento e queimada em determinado terreno com a finalidade de preparar o solo para atividade agrícola, deixar de fazê-lo ao constatar que o referido terreno integra área de preservação ambiental. Isso porque a negativa da autarquia recorrente em conceder novas autorizações para queimada e desmatamento constitui a harmonização de dois valores constitucionais supremos: de um lado, o desenvolvimento do trabalho rural como fator de dignificação da pessoa humana, de erradicação da pobreza e de valorização do núcleo familiar; de outro, a preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado como condição de continuidade do desenvolvimento da própria atividade rural. Diante das inúmeras implicações negativas que o uso do fogo traz ao meio ambiente em geral, não se pode considerar que atenda à função social a exploração da terra que provoque danos à saúde, empobrecimento gradual do solo, perda de biodiversidade, danos à rede de transmissão elétrica, entre outros, pois essas “externalidades” não preenchem as exigências do art. 186, I e II, da CF. Com efeito, o atendimento pleno da função social da propriedade requer que a propriedade seja aproveitada de modo racional e adequado, os recursos naturais disponíveis sejam adequadamente utilizados e a preservação do meio ambiente seja observada. Desse modo, o art. 186 está perfeitamente harmonizado com os arts. 5º, XXII, e 225 da CF, pelos quais o agricultor não se escusa do dever de preservar o meio ambiente a pretexto de exercer seu direito constitucional de propriedade. Isso porque, ao mesmo tempo em que o art. 225 da CF prevê a titularidade coletiva do direito ao meio ambiente, determina também que é dever de toda a sociedade defendê-lo e preservá-lo, nela incluído, portanto, o próprio agricultor, que está constitucionalmente comprometido com a exploração sustentável da agricultura. Como se pode depreender, o agricultor é simultaneamente agente agressor do meio ambiente e titular do direito difuso à preservação ambiental contra suas próprias técnicas agropastoris. Assim, não se legitima a pretensão indenizatória que busca responsabilizar o Poder Público por proteger o próprio agricultor – na qualidade de titular coletivo do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado – contra os danos provocados pelas suas próprias técnicas de plantio. Além disso, a simples vedação da utilização de técnica degradadora no preparo do solo não impede que se dê continuidade à atividade agrícola com o uso sustentável de técnicas alternativas à queima e ao desmatamento. A excepcionalidade do emprego do fogo leva à inarredável conclusão de que se trata de uma técnica de uso residual, subsidiário, devendo ser preferidas as formas de preparo do solo que privilegiem a exploração agrícola sustentável. Ademais, a concessão de autorização para queimada e desmatamento nos anos anteriores não gera um direito para o agricultor, pois a negativa configura nítido exercício do poder de autotutela (Súmula 473 do STF), por meio do qual a Administração Pública busca justamente recompor a legalidade do ato administrativo. Por fim, ganha substancial relevo o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, porque a limitação imposta pelo Poder Público quanto à forma de exploração da propriedade constitui medida restritiva a um direito individual que, todavia, reverte positivamente em favor de um direito de titularidade difusa – o meio ambiente. Posto isso, a eliminação dos fatores de agressão ao meio ambiente, muito antes de obstar a exploração agrícola ou mesmo reduzir sua produtividade, objetiva, justamente, garantir a existência de condições futuras para a continuidade do desenvolvimento da atividade de campo. REsp 1.287.068-RR, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 10/9/2013.

Agora, com base no material didático e na decisão do STJ, disserte sobre o tema Dignidade da Pessoa Humana – DPH, desenvolvendo, necessariamente e na sequência proposta, os seguintes tópicos:

a) pessoa humana como sujeito de direito e objeto de direito (3,0 pontos);

b) dignidade da pessoa humana como princípio fundamental segundo a ordem jurídico-constitucional brasileira (3,0 pontos);

c) ao final, colacione uma jurisprudência, diversa da acima apresentada, e comente-a, identificando claramente a aplicação da dignidade da pessoa humana, em tema afeto à Unidade de Aprendizagem Interesses Difusos e Coletivos (4,0 pontos).

Seu texto abordando os três pontos deve ter entre 30 e 45 linhas. Bom trabalho!

A pessoa humana, como sujeito de direito e objeto do mesmo, teve origem nas correntes filosóficas que se difundiu de forma mais intensa durante a Revolução Francesa, sendo essa o berço original do jusnaturalismo e do movimento “iluminista”, o qual gerou as três dimensões dos direitos fundamentais: liberdade, igualdade e fraternidade, base dos direitos humanos e da cidadania e posteriormente recepcionado pela nossa Carta Magna, na assembleia nacional constituinte (1987-1988). Juristas, sociólogos e até filósofos dizem que, provavelmente, a medida mais efetiva e que deu início às mudanças concretas no tocante ao reconhecimento e ao respeito a pessoa humana como sujeito de direito e objeto deste, foi a Convenção Americana de Direitos Humanos, também conhecida como “O Pacto de São José da Costa Rica”, assinada

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