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Judo Na Sala De Aula

Artigo: Judo Na Sala De Aula. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  31/8/2014  •  1.948 Palavras (8 Páginas)  •  547 Visualizações

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Introdução

A Educação Física Escolar encontra-se em uma área denominada de cultura corporal de movimento. Essa cultura abrange a ginástica, os jogos, a dança, os esportes, as lutas e outros. Entretanto, apesar da diversidade dos conhecimentos que envolvem esta área, muitos deles deixam de ser trabalhados nas aulas, como por exemplo, as lutas (COLETIVO, 1992), seja por falta de espaços e materiais adequados na escola ou por falta de domínio do conteúdo por parte do professor.

É importante observar que os conhecimentos da cultura corporal de movimento, se relacionam diretamente com os objetivos da nossa sociedade. Sendo assim, ao pensarmos nesse complexo conhecimento, devemos nos atentar para a relação dos conteúdos da Educação Física, com os problemas da sociedade contemporânea (COLETIVO, 1992).

Nesse sentido, é importante que essas reflexões sejam feitas nas escolas, aproximando os conteúdos à prática social do aluno, na tentativa de trabalhar com as manifestações da cultura corporal, como por exemplo, as lutas.

Não obstante, preocupar-se com essas questões perpassa fundamentalmente pela qualidade do ensino da Educação Física Escolar, pois deve existir também o incentivo do ensino e da vivência das lutas nas aulas desta disciplina sem deixar de lado os outros conteúdos da cultura corporal (dança, esporte, ginástica e outros).

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), por exemplo, preconizam que a Educação Física Escolar seja constituída de três blocos de conteúdos que interagem entre si: No primeiro estão os jogos, as ginásticas, os Esportes e as Lutas; no segundo fazem parte as atividades rítmicas e expressivas; enquanto no terceiro encontram-se os conhecimentos sobre o corpo (BRASIL, 2000).

Deste modo, o Judô – presente no primeiro bloco – deverá proporcionar aos alunos conhecimentos que complemente o seu aprendizado, de tal forma que estes possam contribuir, tanto moralmente quanto intelectualmente. Pois, é no processo de ensino-aprendizagem que é transmitido valores como a disciplina, a competitividade sadia, a filosofia da modalidade, os aspectos físicos, o respeito, dentre outros (FRANCISCO, 2010).

Sendo assim, a presente pesquisa se faz relevante na medida em que faz um levantamento das publicações pertinentes que envolvem as lutas, em especial o Judô, no ambiente escolar.

O questionamento que nos propomos a responder aqui é: o Judô tem sido um conhecimento trabalhado na escola? Então, o objetivo deste estudo consiste em investigar as lutas nas aulas de Educação Física, em especial, o judô, como um possível conhecimento a ser trabalhado.

Metodologia

Esse artigo é de revisão, sendo assim, é um estudo bibliográfico. De acordo com Gil (1991) uma pesquisa é bibliográfica quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material disponibilizado na internet.

Deste modo, foi feita uma análise bibliográfica na literatura da língua portuguesa, sobre forma de livros, periódicos e publicações eletrônicas. Procurou-se coletar dados quanto aos seguintes aspectos: Os conhecimentos da cultura corporal de movimento; As lutas na escola; e, O Judô como conhecimento a ser trabalhado.

Os conhecimentos da cultura corporal de movimento

Na década de 70 a Educação Física não era vista como expressão cultural, e sim apenas como uma área de caráter exclusivamente biológico. Contudo, a partir da década de 80, os conhecimentos socioculturais passaram a nortear os debates da área até os dias atuais (DAOLIO, 2004).

Nesse sentido, os conhecimentos que tratam a Educação Física, referem-se aos da cultura corporal de movimento, abrangendo a ginástica, os jogos, a dança, os esportes, as lutas, e outros. Sendo assim, todos estes devem estar presente nas aulas de Educação Física Escolar, sem que nenhum deles seja negado (COLETIVO, 1992).

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) os conteúdos da Educação Física devem ser trabalhados na escola de maneira que atenda fundamentalmente a todos, de tal forma que apesar de suas diferenças possa estimular os alunos a se conhecerem melhor e desenvolver suas potencialidades (BRASIL, 2000).

Deste modo, é direito dos alunos o contato com diversos tipos de conhecimentos referentes à cultura corporal, sendo a Educação Física – juntamente com as demais disciplinas – responsável pela a formação crítica e criativa dos mesmos (BRASIL, 2000).

Contudo, é válido ressaltar que, atualmente, a mídia tem exercido influência na cultura corporal dos indivíduos, indicando que tipos de práticas corporais as pessoas devem realizar, e aproveitando-se disso para direcioná-las para maiores consumos nessa área.

Nesse sentido, tal como adverte Santos Junior (2008, apud SILVA, 2010), o professor de Educação Física deve estar atento a estas questões, levando informações pertinentes para a reflexão crítica dos alunos nas aulas, para que os mesmos decidam o que seguir de forma consciente e não alienada.

As lutas na escola

O conteúdo lutas na escola, também faz parte das propostas de conteúdos que devem ser trabalhados nas aulas de Educação Física apresentada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s). Contudo, é necessário se pensar de que maneira essas lutas serão desenvolvidas no âmbito escolar.

Ferreira (2006) afirma que as lutas de forma geral devem ser trabalhadas de modo informal. Para ele, estas lutas informais, como a luta do sapo, do saci, etc., ajudam a liberar a agressividade na educação infantil. Já no ensino fundamental, as lutas que exigem mais esforços trazem bons resultados, como a luta de tirar o colega de dentro do círculo central, cabo de guerra e outros.

Nesta perspectiva, pode-se articular que as lutas podem fazer parte das aulas desde a educação infantil até o ensino médio, no qual as modalidades começam a ser exploradas de uma maneira mais profunda, fazendo um resgate histórico das modalidades e relacionando-as com a ética e os valores (FERREIRA, 2006).

De fato, uma vez que a luta é inerente ao ser humano, desde a pré-história pela sua sobrevivência na terra, esta deve ser incluída também na escola, mas, de uma forma pedagógica, levando em consideração o contexto histórico-sócio-cultural do homem (FERREIRA, 2006).

Compreende-se, assim, que o trato pedagógico das lutas nas aulas de Educação Física escolar deva valorizar aspectos da autonomia, criticidade, emancipação e construção de conhecimentos

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