Justiça Retributiva X Restauraiva
Exames: Justiça Retributiva X Restauraiva. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: diogovieiraestac • 17/8/2014 • 512 Palavras (3 Páginas) • 564 Visualizações
JUSTIÇA RETRIBUTIVA
1. O crime é ato contra a sociedade, representada pelo Estado;
2 .O interesse na punição é público;
3. A responsabilidade do agente é individual;
4. Há o uso estritamente dogmático do Direito Penal;
5. Utiliza-se de procedimentos formais e rígidos;
6. Predomina a indisponibilidade da ação penal;
7. A concentração do foco punitivo volta-se ao infrator;
8. Há o predomínio de penas privativas de liberdade;
9. Existem penas cruéis e humilhantes;
10. Consagra-se a pouca assistência à vítima;
11. A comunicação do infrator é feita somente por meio do advogado.
JUSTIÇA RESTAURATIVA
1. O crime é ato contra a comunidade, contra a vítima e contra o próprio autor;
2. O interesse em punir ou reparar é das pessoas envolvidas no caso;
3. Há responsabilidade social pelo ocorrido;
4. Predomina o uso alternativo e crítico do Direito Penal;
5. Existem procedimentos informais e flexíveis;
6. Predomina a disponibilidade da ação penal;
7. Há uma concentração de foco conciliador;
8. Existe o predomínio da reparação do dano causado ou da prestação de serviços comunitários;
9. As penas são proporcionais e humanizadas;
10. O foco de assistência é voltado à vítima;
11. A comunicação do infrator pode ser feita diretamente ao Estado ou à vítima.
Não é preciso ressaltar ter sido a Lei 9.099/95 (Juizados Especiais Criminais) um marco na concretização de um modelo de Justiça Restaurativa. Pode não ter sido, ainda, o ideal, mas foi o possível. Outras leis advieram (ex.: Lei 9.714/98, que alterou e introduziu penas alternativas) proporcionando o surgimento de mais normas sinalizadoras da denominada Justiça Restaurativa.
Dentre várias atitudes do Estado para afastar-se da Justiça Retributiva, aproximando da Restaurativa, ainda há muito por fazer e reparar, pois, lamentavelmente, surgem, nesse processo, as medidas demagógicas, ineptas e insossas, servindo muito mais para desacreditar a Justiça Penal do que para fortalecer a restauração da paz social. Lembremos que alguns pressupostos da Justiça Restaurativa possuem base no Abolicionismo Penal, logo, um alicerce frágil, a inspirar cautela.
Parece-nos que o estudioso do Direito Penal e Processo Penal precisa debruçar-se sobre os caminhos a seguir nesse dicotômico ambiente de retribuição e restauração. No entanto, deve fazê-lo de maneira objetiva, aberta, comunicando-se com a sociedade e, acima de tudo, propondo meios e instrumentos eficientes para se atingir resultados concretos positivos.
Por vezes, notamos a atuação
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