LETRAMENTO E DESENVOLVIMENTO NACIONAL
Artigos Científicos: LETRAMENTO E DESENVOLVIMENTO NACIONAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: isis1nx • 23/10/2013 • 2.660 Palavras (11 Páginas) • 616 Visualizações
LETRAMENTO E DESENVOLVIMENTO NACIONAL
ISÍS OLIVEIRA DA CUNHA 1
RESUMO:
Existem varias bibliografias que tratam sobre o fenômeno letramento, entende-se que o mesmo não vem acontecendo na área da educação formando assim pessoas “analfabetas”. Deste modo entendemos que a discussão apresentada neste trabalho pode contribuir na formação de educadores mais reflexivos no sentido que eles compreendam as diversas dimensões que permeiam a leitura e a escrita.
Palavras chaves: letramento, educação, leitura e escrita.
1. INTRODUÇÃO:
Foi em 1986 que o letramento surgia no cenário educacional brasileiro, o termo letramento foi utilizado há pouco tempo na área de educação e lingüística.
O objetivo do presente artigo é apresentar reflexões teóricas em relação ao letramento e desenvolvimento nacional.
Isís Oliveira da Cunha 1, Graduadas Licenciatura em Pedagogia Faculdade de Tecnologia e Ciências.
Ultimamente a maneira de pensar e relação à leitura e escrita tem - se transformado. Pesquisadores têm mudado suas visões no que refere à linguagem, levando a crer que a mesma se insere num contexto familiar, comunitário, profissional, religioso e não apenas como escolar.
Segundo Soares (1998), letramento é uma palavra recém chegada ao vocabulário da educação e das ciências. Muitos teóricos recentemente denominam letramento ser sinônimos de alfabetização em suas diferentes concepções.
Soares (1998) ainda afirma que a denominação letramento é uma versão em português da palavra “literacy” que quer dizer pessoa educada capaz de ler e escrever.
(SOARES, 2006, P.34) ressalta que:
Na língua sempre aparecem palavras novas quando fenômenos novos ocorrem, quando uma nova ideia, um novo fato, um novo objeto surge, são inventados, e então é necessário ter um nome para aquilo, porque o ser humano não sabe viver sem nomear as coisas: quando nos não a nomeamos as coisas não parecem existir.
Há muitos anos a sociedade brasileira convivia com o analfabetismo, mas recentemente essa palavra foi sendo pouco utilizada, já que a sociedade tornou-se cada vez mais centrada na escrita, e a alfabetização passou de uma condição desejável a uma pratica obrigatória.
Nesta nova sociedade ainda mais exigente não basta apenas ser alfabetizado mas sim letrado para que o individuo possa exercer plenamente sua condição de cidadão. O individuo letrado interage de forma diferenciada com o meio social, pois, muda-se sua leitura de mundo, este passa a fazer parte de uma cultura, muda seu lugar social e consequentemente seu modo de vida.
Do ponto de vista cognitivo o individuo torna-se diferente do iletrado, pois, passa a compreender melhor o mundo à sua volta, e faz uso dessa vantagem a seu favor. O letramento também traz consequências linguísticas, pois, aprimora a oralidade, ou seja, ocorrem mudanças tanto no uso da língua oral, quanto no vocabulário e nas estruturas linguísticas, como afirma Soares 2006, p.38 “A hipótese é que aprender a ler e a escrever e, além disso, fazer uso da leitura e da escrita transformam o individuo, levam o individuo a um outro estado, ou condição sob vários aspectos: social, cultural, cognitivo, linguístico...”
Hoje em dia, existem muitas crianças e adultos, que em sua maioria, é alfabetizado, mas não é letrado. Cidadãos que sabem ler o que está escrito, mas não consegue compreender e nem interpretar o que leu, tornando-se um indivíduo com muitas limitações, pois se ele não interpreta ou compreende corretamente, ele terá problemas em todas as disciplinas.
Portanto, o educador tem o papel de transformar esta pessoa alfabetizada, em uma pessoa letrada e isso se dá através de incentivos variados, no que diz respeito à leitura de diversas tipologias textuais e também utilizando-se de exercícios de interpretação e compreensão de diferentes tipos de textos, em que vários tipos de ferramentas podem ser utilizados. Podem ser usados materiais mais convencionais como livros, revistas, jornais, entre outros e materiais mais modernos como internet, e-mails e blogs.
2. PRINCIPAIS CONCEITOS DE LETRAMENTO:
Ao longo da vida, as pessoas constroem representações da realidade, valores, ideologia, procedimentos etc. Com isso compreendem as situações, uma informação e, evidentemente, um texto escrito. Para que alguém possa se envolver na atividade que o levará a compreender um texto escrito, é preciso dar sentido ao que esta lendo. Pois para se atingir o objetivo do se esta fazendo é necessario obter motivacao
A leitura é um fator importantíssimo na construção do conhecimento, ela não se configura como um processo passivo. Longe disso, pois exige a descoberta e recriação, pois o leitor além de partilhar e recriar referenciais de mundo, transforma-se num produtor de acontecimentos em função de sua compreensão e consciência crítica. (VALENTINI, 1999, p. 63)
Portanto, vê-se a necessidae da leitura como um processo contínuo, que precisa ser praticado para ser aprendido. Ler é um processo de construção de significados sobre o texto que pretendemos compreender. Pois, se um aluno ler com compreensão, ele estará aprendendo significadamente .
A leitura é o meio de que dispomos para adquirir informações e a desenvolver reflexões críticas sobre a realidade. A leitura de textos permite-nos depreender esquemas e formas da língua escrita que, como já sabemos, tem normas próprias, diversas daquela da língua falada. (INFANTE, 1999, p. 69)
Propostas lúdicas e desafiadoras despertam o interesse pela leitura, assim a literatura deve ser também um ato de entretenimento, quanto mais atividades, recursos diversificados forem propostas para a leitura, mais estimulada estarão as crianças.
3. LEITURA E ESCRITA NA RELAÇÃO DO SUJEITO COM MUNDO:
A leitura e a escrita é de fundamental importância na vida do homem, para que seja capaz de agir e interagir de forma eficiente.
Aprender a ler e escrever é uma tarefa muito difícil para muitos indivíduos, a importância dessas duas praticas escolares, acaba motivando a sociedade a excluir as oportunidades que a leitura e a escrita dá apenas aos que a dominam
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