Lesoes Em Corredores De Rua

Resumo

A corrida de rua é uma das modalidades esportivas que mais cresce no Brasil e no mundo, tornando-se bem popular devido à facilidade e os baixos custos da sua pratica. No entanto esses corredores também ficam expostos aos eventuais fatores de risco de lesões desportivas (LD) associados a essa pratica. É necessário quantificar as LD para o seu controle e prevenção, com o intuito de melhorar o desempenho e manter a saúde dos atletas. Contudo existem poucos dados disponíveis sobre LD no Brasil. Assim o objetivo desse estudo foi fazer um levantamento sobre a prevalência de LD entre corredores de rua que participaram do Ranking de corridas de Rua de Juiz de Fora em 2010 e identificar possíveis fatores de risco. 63 corredores cadastrados no ranking de corridas de rua de Juiz de Fora responderam um Inquérito de morbidade referida nas duas ultimas provas da temporada de 2010, que ocorreram no mês de Novembro. A prevalência de lesão nesse estudo foi maior entre homens (26,5%), em corredores classificados com sobrepeso/obesidade (35,7%), na faixa etária de 30,1-45 anos (33,3%), que treinam entre 35,1-70 km por semana (50%), que tem uma frequência de 6-7 dias de treinos semanais (33,3%), com duração diária > 60 minutos (29,7%). Não foi encontrada correlação entre essas variáveis e a presença de lesão na temporada. Foram quatro os tipos de lesão mais comuns em corredores, contratura e distensão muscular, entorse, e tendinopatia. O local anatômico mais comum foi o de membros inferiores, destacando-se panturrilhas e joelhos. O tempo afastado foi inferior a um mês para a maioria, e o retorno às atividades foi assintomático para menos da metade dos corredores. Os dados encontrados nesse estudo parecem está de acordo com a literatura existente, embora existam divergências sobre alguns aspectos, e apontam um caminho para o treinamento de corredores iniciantes, corredores experientes, e corredores de alta performance.

Palavras-Chaves: Corrida de rua, corredores, lesões desportivas, lesões em atletas, exercicio, prevalencia.

Abstract

Street racing is one of the fastest growing sports in Brazil and worldwide, becoming very popular due to the ease and low cost of their practice. However, these corridors are also exposed to potential risk factors for sports injuries (SI) associated with this practice. It is necessary to quantify the LD for its control and prevention, in order to improve performance and maintain the health of athletes. However there are few data available on LD in Brazil. Thus the objective of the study was to survey on the prevalence of LD among street racers who participated in the Race Street Ranking of Juiz de Fora in 2010 and to identify possible risk factors. 63 runners registered in the ranking of street racing in Juiz de Fora answered Inquiry morbidity in the last two races of the season of 2010, which occurred in November. The prevalence of injury in this study were higher among men (26.5%) in runners classified as overweight / obesity (35.7%), aged 30.1 to 45 years (33.3%), who train from 35.1 to 70 km per week (50%), which has a frequency of 6-7 days training per week (33.3%), with daily duration> 60 minutes (29.7%). No correlation was found between these variables and the presence of injury in the season. Four types of injury most common in runners, contracture muscle, muscle distension, sprains, and tendinopathy. The most common anatomical location was the lower limbs, especially calves and knees. The time away was less than one month for most, and return activities was asymptomatic for less than half of the runners. The data in this study appear to conform to the existing literature, although there are divergences on some aspects, pointing a way to train novice runners, experienced runners, runners and high performance.

Key Words: Street Racing, runners, sports injuries, sports injuries, injuries in athletes, exercise, prevalence.

Sumario

1. Introdução ….......................................................... VII

2. Metodologia …......................................................... IX

3. Resultados …............................................................ XI

4. Discussão …...............................................................XIV

5. Conclusão …..............................................................XVII

Introdução

A corrida de rua, competitiva ou recreativa, é uma das modalidades esportivas que mais cresce no Brasil e no mundo, tornando-se bem popular devido à facilidade e os baixos custos da sua pratica, além dos seus benefícios físicos e mentais para a saúde (HINO, 2009. PAZIN, 2008. PILEGGI, 2010) Entre os benefícios fisiológicos do treinamento regular de corrida estão associados à melhora na sensibilidade à insulina, reduções na quantidade de gordura corporal e concentrações de triglicérides, LDL e colesterol total, aumentos de massa magra e óssea, potência aeróbia e capacidade antioxidante, redução de pressão arterial pós-exercício (PILEGGI, 2010. TRUCOLLO, 2008). A integração social, a fuga do estresse da vida moderna, a busca de atividades prazerosas são alguns dos benefícios mentais da corrida (TRUCOLLO, 2008). No entanto esses corredores também ficam expostos aos eventuais fatores de risco de lesões desportivas (LD) associados a essa pratica (ATALAIA, 2009. HINO, 2009. PASTRE, 2005. PILEGGI, 2010. SIMÕES, 2005).

De um modo geral, devido ao treinamento desportivo que visa conseguir um melhor rendimento, levando-os muitas vezes ao limite físico e psicológico, os corredores estão em constante exposição às LD e aos seus fatores de risco (HINO, 2009. PASTRE, 2004, 2005, 2007. SIMÕES, 2005). Os fatores de riscos podem ser divididos entre fatores intrínsecos como idade, sexo, índice de massa corporal (IMC), e fatores extrínsecos como modalidade, clima, terreno (HINO, 2009. PASTRE, 2007. SIMÕES, 2005). A elevada frequência de LD contribui significativamente para o afastamento, tanto de atletas iniciantes quanto de atletas mais experientes,