A influencia da bandagem funcional na síndrome do estresse tibial medial em corredores de rua
Por: vanessafisio • 11/4/2016 • Projeto de pesquisa • 4.188 Palavras (17 Páginas) • 1.043 Visualizações
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE FOZ DO IGUAÇU – CESUFOZ
CURSO DE FISIOTERAPIA
TATIANE COSTA PACHECO
VANESSA CLETO DE MATOS
A INFLUÊNCIA DA BANDAGEM FUNCIONAL NA SÍNDROME DO ESTRESSE TIBIAL MEDIAL EM CORREDORES DE RUA
FOZ DO IGUAÇU – PR
2016
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE FOZ DO IGUAÇU – CESUFOZ
CURSO DE FISIOTERAPIA
TATIANE COSTA PACHECO
VANESSA CLETO DE MATOS
A INFLUÊNCIA DA BANDAGEM FUNCIONAL NA SÍNDROME DO ESTRESSE TIBIAL MEDIAL EM CORREDORES DE RUA
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro de Ensino Superior de Foz do Iguaçu – CESUFOZ, como requisito para obtenção do título de bacharel em Fisioterapia.
Orientadora: Profº Geseli Maria Moschen.
FOZ DO IGUAÇU – PR
2016
1. INTRODUÇÃO
O número de corredores de rua tem aumentado nos últimos anos, por ser um exercício físico de fácil execução e principalmente pelos vários benefícios para saúde, além de ser uma atividade de baixo custo e proporcionar ao corredor autoestima e sensação de bem-estar¹²³.Os indivíduos que praticam essa modalidade sejam no âmbito competitivo ou recreativo, estão expostos aos eventuais riscos associados, principalmente se o movimento ou a forma de treinamento estiverem inapropriados (Salgado et al. 2006).
Os corredores em geral parecem ter um maior risco ao aparecimento de tais lesões, aproximadamente 60% das lesões crônicas nos corredores estão relacionadas com a alta quilometragem em superfícies irregulares (Lohman et al. 2011). As lesões podem ser determinadas por fatores internos relacionado com o atleta, ou externos relacionado com o ambiente (Osorio et at. 2007).
As lesões mais comuns na corrida ocorrem nos membros inferiores, dentre as principais, a mais ocasionada nos corredores é a Síndrome do estresse tibial medial (Prentice, 2002), também conhecida como Periostite e Canelite um distúrbio que envolve dor progressiva em torno de 2/3 distais do aspecto póstero-medial da tíbia (Lasmar et al. 2002).
Os músculos sóleo e tibial posterior têm sido indicados como geradores de força que podem estressar a fáscia e o periósteo da porção distal da tíbia durante as atividades de corrida. A dor causada é quase sempre profunda, longitudinal e difusa ao redor da porção tibial medial e distal dos tecidos moles adjacentes. Esta por sua vez cessa com o repouso, mais volta com o retorno da atividade, onde o atleta lesado pode entrar em um ciclo de dor (Guimarães; Simas, 2001).
De acordo com Ribeiro (2008) e Barreto et al. (2010) percebe-se com frequência a utilização da bandagem elástica funcional na área esportiva como um dos recursos fisioterapêuticos utilizados e de grande aceitação pelos atletas de diferentes países.
A bandagem funcional é uma fita protetora que adere á pele em determinado membro ou articulação, devido á elasticidade as bandagens fornecem uma excelente compressão (Duarte; Fornasari, 2004).
A aplicação da bandagem funcional é muito ampla, pode ser usada tanto no tratamento quanto na prevenção de disfunções musculoesqueléticos, articulares, miofasciais e neurais. Porém no tratamento da dor e de patologias do sistema nervoso central e periférico dependem principalmente dos efeitos neurofisiológicos (Thompson, 2010).
- REVISÃO DE LITERATURA
1.1.1 Síndrome do estresse tibial medial
Segundo o entendimento de Peterson e Renstrom (2002), a Síndrome do estresse tibial medial (SETM), conhecida também como periostite ou canelite, é uma dor comum nos atletas, especialmente em corredores, que alteram suas técnicas de treinos ou fazem treinamento intensivo em pavimentações duras. Essa Síndrome pode acontecer na corrida de rua, e por outros esportes que envolvam saltos, tendo como principal causa da dor as repetições de pouso e decolagem da superfície. As pessoas que correm com os pés rotados para fora estão mais suscetíveis a essa enfermidade.
Já Skinner e McMahon (2015) afirmam que a canelite é a dor localizada sobre o compartimento anterior da canela que ocorre no início de uma atividade física, após período de inatividade relativa, e que desaparece em uma a duas semanas quando o atleta adquire condicionamento físico.
A ocorrência dessa síndrome está relacionada á prática de corridas e/ou saltos, que podem provocar inflamações nos músculos da perna, sem mesmo estarem associadas a fraturas. (Lima; Mejia, 2012).
Felker et al. (2003), concluíram que os músculos mais afetados por essa síndrome do tibial medial são o tibial posterior, flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux, porém o tibial posterior é mais comprometido por sua influência no arco plantar.
1.1.2 Sintomas
Os sintomas iniciais são dor junto à margem medial no terço médio da tíbia após a prática de exercícios, começando com leve intensidade, evoluindo até o ponto de que impeça o atleta de praticar seus exercícios.
Os mesmos podem ter duração de dias ou até mesmo meses, a dor tem uma prolongação de 4 a 6 cm, que afeta principalmente a margem posterior e interna da tíbia. No geral, nos atletas, os movimentos do pé e tornozelo não provocam dor, porém o alongamento do músculo sóleo e a prática de saltos com uma perna podem desencadear sintomas. (Lima; Mejia, 2012)
Skinner e McMahon (2015) ainda reforçam que a dor ocorre devido á mudança da intensidade do treinamento, tipo de superfície que o indivíduo corre, ou até mesmo a troca do próprio calçado.
1.1.3 Fisiopatologia
Segundo Garrick (2001) é fundamental a compreensão da fisiopatologia das lesões por uso excessivo, para que o atleta possa entender como funciona o mecanismo da lesão.
Apesar de diversos pesquisadores investigarem sobre os grupos musculares relacionados com a SETM, o mecanismo fisiopatológico ainda não está preciso.
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