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Logística Reversa - Uma Ferramenta Estratégica

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Por:   •  29/5/2014  •  5.914 Palavras (24 Páginas)  •  596 Visualizações

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Logística reversa- Uma ferramenta estratégica

Rodrigo Pires da Silva Costa

Orientador: Dario Alexandre Pinto Junior

Resumo

Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura, cujo objetivo está sendo discorrer a logística reversa como ferramenta estratégica efetiva para a organização na busca pela manutenção da competitividade e suas vantagens dentro do mercado econômico. Busca-se destacar como efetivar estrategicamente a logística reversa mediante a busca por ações sustentáveis, em um mercado globalizado, preocupando-se com o destino final do produto e garantindo vantagens competitivas. Para desenvolvimento deste trabalho foram consultados dados oficiais do Ministério do Meio Ambiente do Brasil, Constituição Federal, Bibliografias, artigos na base de dados Scielo (Scientific Eletronic Library On line) , e artigos publicados em Revistas eletrônicas.

A temática se mostra um desafio possível em contínuo processo de aprimoramento com aprovação de legislação específica, grupos de apoio instituído pelo Governo e como uma ferramenta estratégica para as organizações na busca da manutenção pela presença no mercado competitivo.

Palavras Chave: Logística reversa, Estratégia, Vantagem Competitiva.

1. INTRODUÇÃO

De acordo com Yamawaki (2011), a história tem demonstrado constantes mudanças ocorridas no moderno modo urbano de vida desde meados de 1880, com o advento da industrialização. Desde então, segundo Malvar (ano), as constantes ocorrências de crimes ambientais e o crescente receio das consequências da degradação ambiental, fizeram com que a preocupação e a responsabilidade ecológica evoluíssem.

Citado por Guarnieri (2005, Apud Soares et al.2013), afirma que:

“com o advento da globalização, e o consequente atendimento a mercados distantes e alta rotatividade dos estoques, os armazéns descartam quantidades enormes de materiais ao final do processo logístico. Esses materiais, além de representarem considerável valor econômico, podem causar danos ao meio ambiente se descartados de forma indiscriminada (2005, p.3).”

Para Nigro (2007, p. 22) o que se observa é que as áreas ambientais sem interesse mercadológico e sem proteção ambiental sem uma reforma política geram uma desestruturação social, econômica e ambiental. E para Azevedo (2012),

“Nas últimas décadas, vivenciamos uma indiscutível ânsia de lançamento de produtos e modelos em todos os setores empresariais e em todas as partes do globo. Comparando a quantidade de modelos que compõem uma única categoria de produto com a quantidade adquirida há algumas décadas, é possível constatar, sem dificuldade, um crescimento extraordinário. [link].

Como resposta a essa inquietação, as empresas estão cada vez mais assumindo papéis de precaução, aderindo posturas ecologicamente responsáveis. (MALVAR, 2013)

Em 02 de agosto de 2010, foi aprovada a lei N°12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que regulamenta a obrigatoriedade de estruturação e implementação de responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. (Brasil, 2010).

Partindo desde pressuposto compreendo então que as organizações precisam se preocupar ainda mais com a produtividade devido a livre concorrência, mas que esta preocupação também deveria estar associada à qualidade ambiental de seu produto por meios sustentáveis e de seu destino final após o tempo de vida útil.

Para (Soares et al. 2013) as empresas elaboram produtos e modelos específicos para satisfazer diferentes segmentos de clientes em uma variedade de aspectos: além das cores, tamanhos, capacidade e especificações diferenciadas, os produtos são segmentados por idade e sexo, etnia dos clientes, sabor e odor de diversas naturezas, tamanho e tipo de embalagem, teores de açúcar e de gordura etc.

Comparando a quantidade de modelos que compõem uma única categoria de produto com a quantidade adquirida há algumas décadas, é possível constatar, sem dificuldade, um crescimento extraordinário (Soares et al. 2013).

O IMMETRO (Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial) desde 2007, contrapondo aos interesses de alguns setores da indústria elétrica regularizou no mercado brasileiro a padronização de plugues e tomadas, a fim de diminuir as perdas de energia e melhorar a segurança do consumidor e das instalações elétricas (Brasil, 2014). Esta informação não é desconexa da temática logística reversa, pois a padronização garante diminuição de perdas, menor gastos com matéria prima, diminuição do preço final ao consumidor e uma adaptação dos administradores do setor elétrico em rever toda a logística reversa do produto.

Sob esta mesma ótica de sustentabilidade, comprometimento ambiental, intersetoriedade e do crescimento econômico, o governo através da (PNRS de 2010) preconiza:

Que a responsabilidade de concretizar a logística reversa é, desde o fabricante, importador, distribuidor, comerciantes, cidadão e titulares de serviço de manejo dos resíduos sólidos urbanos. (Brasil, 2010).

Leite (2009) definiu logística reversa como o ciclo de retorno de produtos à suas origens, seja por meio de reciclagem, desmanche reutilização entre outros. Este mesmo autor classifica estes produtos em duas categorias: como produtos de pós-venda, ou seja, produtos com pouco ou nenhum uso que retornam ao canal logístico por diversos motivos, como é o caso das embalagens retornáveis, e produtos de pós-consumo.

Segundo Leite (2009),

“A tendência à descartabilidade acentua-se como uma realidade em nossos dias, como resultado, há quantidades maiores de produtos, ainda sem uso ou já consumidos, que retornam de alguma forma ao ciclo produtivo ou de negócios. “ (p.14).

Nesse contexto, compreender logística reversa como prática de efetividade na gestão administrativa das organizações atuais no quesito sustentabilidade e valorização das ações da empresa no mercado sendo ela uma ferramenta utilizável desde o planejamento organizacional de produção e em todos os níveis organizacional para manutenção de variáveis favoráveis, credibilidade no mercado e comprometimento ambiental.

Contrapondo ao contexto histórico de não preocupação com a questão ambiental e ao fato de que reciclagem era apenas uma questão

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