LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DO LÚDICO NO PROCESSO DE APREDIZAGEM
Por: Pietra Salles • 25/11/2015 • Trabalho acadêmico • 3.101 Palavras (13 Páginas) • 593 Visualizações
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LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO
DO LÚDICO NO PROCESSO DE APREDIZAGEM.
Edna Bruna de Moura1
Mariane Heloisa Kuch2
Meire Ellen de Azevedo Honório3
Pietra Salles de Campos4
Thaynara Strozienski de Morais5
INTRODUÇÃO
Ao nascer, o ser humano necessita de cuidados e de um aprendizado para
poder seguir em sociedade e ser inserido na mesma. Esse aprendizado esta
intimamente relacionado à educação, onde Hannah Arendt, filósofa política alemã,
explica que “a essência da educação é a natalidade, o fato de que seres nascem
para o mundo”. Portanto, educar é inserir as crianças em um mundo que antecede
sua chegada (ARENDT apud CESAR M., DUARTE A., p. 1, 2001).
Porém, a educação vem enfrentando uma crise nos últimos anos. Fatores
como: a falta de participação dos pais junto à educação de seus filhos na escola, a
má formação dos docentes, o abandono da infância que pode gerar uma autonomia
negativa das crianças, o pragmatismo educacional e a má utilização do lúdico,
podem ser alguns dos problemas a serem apresentados.
A escola tem como função ensinar a criança à realidade do mundo e instruí-la
ao mesmo (ARENDT apud CESAR M., DUARTE A., p. 10, 2001). Pode ser
considerada uma mediadora do ambiente familiar e a sociedade, ou seja, é um lugar
de formação e preparação das crianças e dos jovens para o mundo (ARENDT apud
CESAR M., DUARTE A., p. 6, 2001).
Mas diante dos fatos expostos, a escola acaba se tornando submersa a tal
crise, perdendo a sua essência do ensinar. Os métodos pedagógicos originários da
psicologia acabam, segundo Arendt (2001), centrados na ideia do individualismo,
onde a autora critica as abordagens educacionais fundamentadas na psicologia.
1 edna_13bm@hotmail.com
2 mariane_kuch @hotmail.com
3 meireellen.azevedo@gmail.com
4 pietrasalles300@hotmail.com
5 thaynarastrozienski@hotmail.com
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Arendt “pensa que as abordagens educacionais “psi” deixam de lado o vínculo
indissociável entre o homem e o mundo e, portanto, desconsideram o princípio
educacional do cuidado e da responsabilidade com o mundo” (ARENDT apud
CESAR M., DUARTE A., p. 6, 2001). Ou seja, com esse processo houve uma radical
revolução no sistema de ensino.
Com a introdução a estas formas de ensino pautadas na psicologia e no
pragmatismo, utiliza-se também o lúdico no processo de ensino aprendizagem,
Arendt volta ao apontamento que essas formas de aprendizagem “deixam os
sujeitos da educação imersos num processo de “infantilização” generalizada que se
estende até a idade adulta” (CESAR M., DUARTE A., p. 6, 2001). Pensa-se
portanto, apenas na forma em como ensinar e não na forma de porque ensinar.
Os docentes, segundo a autora, muitas vezes não estão conseguindo atingir
uma boa formação, os professores não encontram mais o devido respeito em sala
de aula e as crianças acabaram perdendo o interesse do aprender, interesse este
que foi substituído pelo autoritarismo, cabendo a elas o impor o que aprender.
Friedrich Froebel (2011) expõe, por outro lado, que o desenvolvimento da
criança acontece de forma espontânea, ou seja, quanto mais ativa a criança for,
maior será sua plasticidade cerebral e maior será a sua capacidade de aprender e
adquirir novos conhecimentos. O lúdico quando bem utilizado, para o autor,
consegue auxiliar no processo de aprendizagem.
Procurou-se compreender, portanto, como o lúdico está sendo utilizado na
sala de aula e como os docentes planejam a sua prática pedagógica utilizando como
ferramenta este recurso, ou seja, a ludicidade. Buscou-se analisar também se o
lúdico está sendo utilizado conscientemente, visando à aprendizagem dos alunos e
sua socialização, respectivamente, ou se está sendo utilizado erroneamente,
infantilizando as crianças, conforme a filósofa Arendt expõe.
Será dissertado, mesmo que introdutoriamente, considerações sobre a
utilização do lúdico em sala de aula, baseando-se em autores como ARENDT
(2001), FROEBEL (2001) e KISHIMOTO (2001).
Buscou-se, portanto, através de pesquisa em sala de aula, analisar as ideias
dos profissionais que atuam na área da educação em relação ao uso do lúdico como
prática pedagógica, questionando - os sobre os encaminhamentos realizados em
sala de aula.
Com o intuito de facilitar a compreensão do conteúdo exposto, descreve-se
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