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Ludicidade Na Educação Infantil

Artigo: Ludicidade Na Educação Infantil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  1/5/2014  •  6.132 Palavras (25 Páginas)  •  1.143 Visualizações

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Resumo: O brincar faz parte da infância, e através deste possibilita um repertório de desenvolvimentos, seja na esfera cognitiva, quanto na social, biológico, motor e afetiva. Além de encontrar prazer e satisfação, jogando a criança se socializa e aprende, além de poder reproduzir sua realidade através da imaginação, expressando assim suas angústias, dificuldades, que por meio das palavras seria difícil. O objetivo do presente trabalho é abordar a importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem infantil na faixa etária de 3-6 anos. Buscando compreender a importância dos jogos e brincadeiras como subsídios eficazes na construção do conhecimento infantil através de estimulações necessárias na produção de sua aprendizagem. O trabalho desenvolveu-se através da pesquisa bibliográfica ou fontes secundárias, fazendo parte de uma documentação indireta. Tal pesquisa implica no levantamento de dados de bibliografias já publicada à respeito do estudo. A ludicidade é um grande laboratório para o desenvolvimento integral da criança, que merece atenção dos pais e dos educadores, pois é através das brincadeiras que a criança descobre a si mesmo e o outro, além de ser um elemento significativo e indispensável para que a criança possa aprender com prazer, funcionando como exercícios úteis e necessários à vida.

Palavras-Chave: Lúdico, Aprendizagem, Infância, Psicologia Escolar

1. Introdução

O lúdico é parte integrante do mundo infantil da vida de todo ser humano. Os jogos e brinquedos fazem parte da infância das crianças, onde a realidade e o faz de conta intercalam-se. O olhar sobre o lúdico não deve ser visto apenas como diversão, mas sim, de grande importância no processo de ensino-aprendizagem na fase da infância.

A criança ao brincar e jogar se envolve tanto com a brincadeira, que coloca na ação seu sentimento e emoção. Pode-se dizer que a atividade lúdica funciona como um elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais, portanto a partir do brincar, desenvolve-se a facilidade para à aprendizagem, o desenvolvimento social, cultural e pessoal e contribui para uma vida saudável, física e mental.

Ao brincar a criança também adquire a capacidade de simbolização, permitindo que ela possa vencer realidades angustiantes e domar medos instintivos.

O brincar é um impulso natural da criança, que aliado à aprendizagem torna-se mais fácil à obtenção do aprender devido à espontaneidade das brincadeiras através de uma forma intensa e total.

A problemática que será analisada busca compreender a importância dos jogos e brincadeiras como subsídios eficazes na construção do conhecimento infantil através de estimulações necessárias na produção de sua aprendizagem. Com o objetivo de servir aos educadores, pais, psicólogos e a profissionais de áreas afins, o incentivo da ludicidade as crianças como uma das principais fontes de aprendizagem. Portanto, partindo de tal pressuposto fundamenta-se a necessidade de evidenciar como lúdico influencia no processo de ensino-aprendizagem infantil estabelecendo a consciência da importância dos jogos no desenvolvimento e na educação da criança?

Nesse sentido, de forma geral, buscou-se analisar a importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem para o desenvolvimento infantil na faixa etária de 3 – 6 anos. E de maneira específica, estudar sobre o desenvolvimento cognitivo da criança; compreender a importância do lúdico para o desenvolvimento cognitivo e analisar as formas pelas quais o lúdico facilita os processos de ensino-aprendizagem no desenvolvimento infantil.

O presente projeto desenvolveu-se através da pesquisa bibliográfica ou fontes secundárias, fazendo parte de uma documentação indireta. Tal pesquisa implica no levantamento de dados de bibliografias já publicada à respeito do estudo. Em relação ao método utilizado, empregou-se o indutivo onde parte-se do que já existe de científico publicado. Este método explica conhecimentos existentes cujo objetivo é ampliar o saber. Por sua vez, o método de procedimento abordado, aquele no qual está restrito as ciências sociais foi o método monográfico cujo estudo determinado é realizado observando grupos, indivíduos, comunidades, instituições comparando generalizações entre tais.

O mundo infantil difere de uma maneira qualitativamente do mundo adulto, nele há fantasia, faz de conta, sonhar e o descobrir. Por meio das brincadeiras, ação mais comum da infância, que a criança terá oportunidade de se conhecer e constituir-se socialmente. Através da espontaneidade do brincar que a criança poderá explicitar as diferentes percepções concebidas dentro do seu contexto familiar e social.

2. Desenvolvimento Cognitivo Infantil

O ser humano, desde a concepção ultrapassa por uma série de processos de desenvolvimentos, formando um ser biopsicossocial e espiritual, devido à interação entre o indivíduo e seu meio. Pode-se dizer que a infância é a fase onde a criança vai gradativamente e lentamente se adequando ao mundo. Ao falar em desenvolvimento, integra-se tal termo à ideia de crescimento, sobretudo o físico e o biológico. Mas essa expressão vai muito mais além do que é apenas visível.

O desenvolvimento humano resulta num processo de construção de uma série de fatores, entre influências biológicas, intelectuais, sociais e culturais. Bock (2002, p.98) diz que “o desenvolvimento humano refere-se ao desenvolvimento mental e ao crescimento orgânico. O desenvolvimento mental é uma construção contínua, que se caracteriza pelo aparecimento gradativo de estruturas mentais.” O crescimento orgânico entende-se aquele ligado ao desenvolvimento físico do ser humano, que acontece desde o nascimento.

A produção de conhecimentos pela criança são espontaneamente produzidos, mediante a cada estágio de desenvolvimento em que esta se encontra. Para Piaget citado por Bock (2002), a criança passa por quatro estágios de desenvolvimentos, sendo eles: o primeiro período compreendido pelo estágio sensório-motor (0 a 2 anos); segundo período, correspondido pelo pré-operatório ( 2 a 7 anos); terceiro período, operações concretas (7 a 12 anos); e por último o quarto período que são as operações formais (12 anos em diante).

Bock (2002), descreve os períodos de desenvolvimento segundo a perspectiva de Piaget:

O período sensório-motor, o bebê vai assimilando o mundo através de suas percepções e ações (movimentos), nota-se um crescimento acelerado do desenvolvimento físico, ocasionando novos comportamento e habilidades. Em relação à linguagem, caracteriza-se pelo

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