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Luiz Dino Vizotto

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Por:   •  12/11/2014  •  586 Palavras (3 Páginas)  •  436 Visualizações

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Luiz Dino Vizotto é especialista em répteis e anfíbios, mas foi também, agraciado com o título de côsul honorário das andorinhas. Dino Vizotto é um zoólogo da velha guarda, e, também pioneiro da peleontologia no Brasil, mesmo aposentado, o ciêntista continua ativo na pesquisa e na educação ambiental.

Vizotto é de uma época em que biologia e geologia eram uma só área, história natural. Ele nunca deixou de lado a noção ampla que aprendeu na graduação no ínicio da década de 1950. Trabalhou ao longo da vida em várias frentes, sem perder o foco – foi da proteção das aves migratórias, que eram malvistas no interior paulista, à descobertade fósseis de dinossauros; da análise do canto de sapos à descoberta de novas espécies de morcegos. De fato, é um naturalista por excelência.

Professor aposentado de Zoologia do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibile), câmpus de Rio Preto, está na instituição desde sua criação, em 1956, para onde foi convidado a trabalhar numa época em que o governo do Estado estava incentivando o surgimento de faculdades no interior de São Paulo. Agraciado com o título de professor emérito da universidade em 2007, é o último da turma original a continuar na ativa. “Em 1985 eu me aposentei, mas não posso deixar de trabalhar, senão eu morro”, afirma com um tom de urgência que contrasta com a voz mansa de quem já fez muito na vida.

A curiosidade de entender como funciona a natureza vem da infância, quando ele criava cobras e escorpiões no casarão que a família, vinda da Itália, tinha em Garça, interior de São Paulo. “E também ratos, para alimentar as cobras, e baratas, para dar aos escorpiões”, conta divertindo-se ao lembrar a indignação do pai. “Ele ficava bravo, perguntava por que eu não criava galinha, pato. Mas eu dizia: ‘Ah pai, isso todo mundo cria, eu quero ter o que ninguém tem’.”

Dali para cursar História Natural na USP foi um pulo. Ele se formou em 1954, prestou concurso para professor secundário e foi dar aula em Araçatuba. Estava lá quando recebeu o convite do secretário de Educação do Estado, Ulhôa Cintra, para lecionar na recém-criada Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (Fafi). A instituição, municipal, estava recebendo professores cedidos pelo Estado para entrar em funcionamento.

“Ele me falou que eu continuaria ganhando pelas duas cadeiras e poderia ver se me adaptava. Topei. Só quando cheguei vi que a faculdade não tinha nada. Foram cedidas seis salas no instituto de educação de lá. A gente que montou tudo. Fizemos laboratórios, compramos equipamentos”, recorda. Eram dois iniciantes, a faculdade e o professor. “Eu ia descobrindo formas de dar aula, criava coisas. Desenhava os bichos com nanquim em vidro e aprendi que com clara de ovo dava para fixar desenho”, afirma, rindo da precariedade.

O período em que Vizotto e o amigo Fahad Moysés Arid, geólogo e também professor da faculdade de Rio Preto, se ambrenhavam na descoberta e na identificaçãode um dos primeiros dinosauros descritos no Brasil. Um no antes, os dois foram chamados pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem) por conta de uns “ossos esquisitos” achados durante a ampliação de uma estrada na região.

“Estavamos no buraco vendo os ossos quando percebi um caboclão da fazenda sentado, olhando pra gente. Ele perguntou o que era aquilo e só dissemos

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