Língua Brasileira De Sinais
Casos: Língua Brasileira De Sinais. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 1181312349119 • 30/10/2013 • 3.623 Palavras (15 Páginas) • 581 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
Hirtes Kelly Gomide Leoncini RA: 4561870173
Joyce Cristiane Martins de Oliveira RA: 4975889273
Michele dos Passos Pimenta RA: 492591339
Aracéle Sanchez Dias RA: 4342842364
Gildaiana X. Sousa Oliveira RA: 5779174615
Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como requisito para conclusão da disciplina “Língua Brasileira de Sinais”, sob orientação do professor-tutor a distância Daniela Viliegas Barreto.
RIBEIRÃO PRETO
2012
Temática da surdez em seus aspectos
Médico
A audição é o sentido que mais nos coloca dentro do mundo e a comunicação humana é um bem de valor inestimável. Costuma-se não perceber a importância da audição em nossas vidas a não ser quando ela começa a faltar a nós próprios. A surdez, por ser um defeito invisível, não recebe da sociedade a mesma atenção que é dada aos portadores de outras deficiências. O deficiente auditivo tende a se separar de outras pessoas, trazendo para si as consequências do isolamento. A dificuldade maior ou menor que ele tem para ouvir e se comunicar depende do grau de surdez, que pode ser leve, moderada, severa e profunda. Nas perdas auditivas de grau leve os pacientes costumam dizer que ouvem bem, mas, às vezes, não entendem o que certas pessoas falam. Para haver uma boa comunicação temos que ouvir e entender. Não basta somente ouvir. Um teste de audição (audiometria) vai revelar se há, de fato, alguma deficiência auditiva. Nas perdas auditivas de grau moderado para severo, os sons podem ficar distorcidos, e na conversação as palavras se tornam abafadas e mais difíceis para entender, principalmente quando as pessoas estão conversando em locais com ruído ambiental ou salas onde existe eco. O som da campainha e do telefone torna-se difícil de ser ouvido; o deficiente auditivo pede a todo o momento que falem mais alto ou que repitam as palavras. Nas perdas auditivas profundas existe apenas um resíduo de audição. O deficiente ouve apenas sons intensos ou percebe somente vibrações. Crianças com problemas de audição terão dificuldades no desenvolvimento da linguagem. Se a criança estiver ouvindo mal, o aprendizado na escola será mais difícil. O tipo de surdez e o diagnóstico são feitos através da história do paciente, exame do ouvido e testes com instrumental especializado. O exame complementar mais importante e indispensável é a audiometria. Muitas vezes a surdez vem acompanhada de tontura e zumbido. Nestes casos, investiga-se também o labirinto (a parte do equilíbrio) e o sistema nervoso relacionado com as queixas.
Culturais
A disciplina pretende mapear as representações culturais que tramam a história da surdez e dos surdos, problematizando os enredamentos discursivos que se articulam para constituir estes sujeitos, bem como as diversas imbricações do saber fazer de sua educação. Para tanto, entende-se a noção de cultura como um terreno de disputa política em torno das representações que transitam no circuito social.
Sendo assim, as possibilidades de narração da surdez estão inscritas no campo conflitivo do discurso e, portanto, produzem a identidade destes sujeitos. Assim, as narrativas sobre a surdez - tecida na e pela cultura - vêm se reconfigurando, o que exige alternativas educacionais e de acesso dos surdos a informação e a cultura, no sentido de contemplar a condição visual inerente aos educando surdos.
Essa unidade propõe uma discussão sobre as representações históricas da surdez, detalhando aspectos filosóficos, sociais, educacionais e culturais que determinaram diferentes olhares sobre os surdos e a educação dessas pessoas. A Unidade A, visa constituir as bases para a compreensão da surdez como um discurso produzido pelas representações culturais de sua época. Um estudo acerca da história da educação de surdos implica a compreensão da influência das representações culturais e dos pressupostos políticos e filosóficos que vêm permeando este tema. Nesse sentido, as narrativas que se articulam para abordar a surdez foram produzidas a partir das significações culturais inscritas no campo discursivo de sua época.
Sabemos que, na antiguidade, ocorria o sacrifício de surdos em função do ideal grego de beleza e perfeição. Ademais, o nascimento de uma pessoa narrada como "deficiente" era concebido como um castigo dos deuses, o que justificava a sua eliminação. Além disso, a produção da alteridade surda como "falta" era reforçada pela concepção filosófica de então, em que a fala era considerada o único meio de expressão do pensamento. Desse modo, a partir da significação cultural característica dessa época, os surdos são nomeados como sujeitos incompletos e, portanto, incapazes de aprender.
Apenas no século XVI, o médico italiano Girolamo Cardano (1501-1576) advoga a favor da capacidade de aprendizado dos sujeitos surdos. Entretanto, o monge beneditino Pedro Ponce de Léon (1520 – 1584) é o primeiro professor de surdos de que se tem registro histórico.
Sociais
A história dos surdos, mesmo sem registros plenamente escritos, ainda é vista como dependente da atenção dos ouvintes. É preciso motivar pesquisas que desvelem o papel dos surdos na resistência ao colonialismo imposto pela sociedade ouvinte; utilizar-se dos fragmentos existentes e, a partir daí, tecer a história sob os prismas mais diversos superando versões já consolidadas, porém, escritas, na maioria das vezes, sob a perspectiva do discurso médico e linguístico da surdez. Sugere-se exercitar um olhar desconfiado sobre aquilo que é apresentado e refletir sobre as condições que possibilitaram o aparecimento dessas
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