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Língua Brasileira De Sinais.

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Por:   •  18/5/2014  •  10.516 Palavras (43 Páginas)  •  227 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CURSO DE PEDAGOGIA

Língua Brasileira de Sinais

Nomes:

Damaris Cecília Peixoto Santos RA 6557292376

Priscila da Silva Teixeira RA 6506251059

Atividade Prática Supervisionada (ATPS) entregue como requisito para conclusão da disciplina “Fundamentos Filosóficos da Educação”, 2º semestre-, sob orientação do professor-tutor à distância Profa. Ma. Mariciane Mores Nunes.

Ribeirão Preto

Novembro/2013

A SURDEZ EM SEU ASPECTO MÉDICO, CULTURAL E SOCIAL.

Ouvir é uma fonte de experiências através da audição aprende-se

falar, compreender o que o outro fala e assim, transmitir ideias por meio da linguagem, ou seja, a audição contribui decisivamente na socialização do individuo. As crianças aprendem a falar imitando o que ouvem, uma criança surda terá de aprender a linguagens de sinais ou técnicas especiais para se comunicar.

A surdez é a incapacidade de ouvir e entender a fala ele não consegue ouvir e entender os sons com frequência na escala da fala humana, mas isso não os exclui da vida social todos nós somos titulares de direitos, mas nem todos tem a oportunidade de usufruir esses direitos principalmente pessoas com deficiências. A igualdade dos direitos e oportunidades das pessoas com deficiência nem sempre é assegurada falta estrutura nas escolas, professores qualificados para melhor receber esses alunos.

Também não se trata somente de estruturar a escola para recebê-los e sim estar disposto a ensinar e aprender diferentes maneiras de assimilar a aprendizagem. É preciso investir na formação dos docentes práticas que valorizem o aluno seja ele com necessidade educativa especial ou não e realmente sermos um facilitador de aprendizagem.

O surdo não se difere do ouvinte somente porque não ouve, mas porque desenvolveu maneiras de comunicar, sua própria cultura. A deficiência auditiva consiste na perda parcial ou total da capacidade de ouvir. Existem dois métodos fundamentais para melhorar um tratamento o oralista e o gestualista, o primeiro se baseia na aquisição de linguagem oral sem a intervenção de gestos, e a segunda além da linguagem oral apresenta um sistema estruturado de gesto.

“Para Vygostky a surdez não era nada mais que a falta de uma das possíveis vias de formação de reflexos condicionados com o ambiente, e as limitações comunicativas e cognitivas e sociais do surdo não se encontram no individuo, mas no meio social”.

As limitações existentes por causa da surdez e suas consequências psicossociais foram amenizadas a partir do século XX por meio de terapias educacionais, aparelhos auditivos e técnicas cirúrgicas restauradoras.

Durante muito tempo, os surdos foram discriminados como portadores de deficiência mentais, devido à dificuldade de relacionamento. Por esse motivo foram criados vários movimentos sociais reivindicando, como prioridade, o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

Em consequência disso, hoje, as políticas públicas, para a educação dos surdos, estão voltadas para a garantia de acesso e permanência do aluno surdo dentro das escolas regulares de ensino. O Governo vê a inclusão como uma forma de contribuição para o melhor desenvolvimento e socialização do deficiente auditivo.

Hoje, no Brasil, existem pelo menos duas situações em que a lei confere o direito de um intérprete de LIBRAS ao surdo: nos depoimentos e julgamentos de surdos; e no processo de inclusão dos surdos nas classes de ensino regular. Com isso assegurando o direito a acessibilidade através do profissional intérprete de língua de sinais. A inserção do intérprete no ambiente escolar é assegurada pela LDB9394/96, isso foi um grande passo avante a inclusão social.

Grande parte da sociedade cria situações de exclusão para o surdo, pois não o veem como pessoas com potencialidades, mas sim, incapazes. Essa visão se dá por não existir uma compreensão sobre a forma que os surdos veem o mundo, ou mesmo por associarem a surdez à deficiência mental e isso é consequência do atraso no desenvolvimento da linguagem por parte da maioria dos surdos.

Os elementos culturais constituem-se da mediação simbólica que permite a interação do surdo com o ouvinte. A cultura é expressa através da linguagem, dos juízos de valor, da arte, das motivações, dentre outros. A consequência disso é a formação de um grupo com seus códigos próprios, suas formas de organização, de solidariedade, etc. As culturas são recriadas em função de cada grupo que nelas se inserem e são definidas como um conjunto de forças subjetivas que dão sentido ao grupo.

Felizmente a visão errônea sobre o surdo vem se modificando e hoje existe o entendimento de que o surdo é um indivíduo com potencialidades.

“(…) potencialidade como direito à aquisição e desenvolvimento da língua de sinais como primeira língua; potencialidade de identificação das crianças surdas com seus pares e com os adultos surdos; potencialidades de desenvolvimento de estruturas e funções cognitivas visuais; potencialidades para uma vida comunitária e de desenvolvimento de processos culturais específicos (…) (SKLIAR, 1998, p.26)”.

A cultura, a linguagem e o diálogo são fatores fundamentais no processo de desenvolvimento do indivíduo e, por ser exatamente a área comprometida no surdo, é que se conclui que as consequências da surdez ultrapassam as dificuldades da comunicação e atingem todas as áreas do desenvolvimento. Por isso é fundamental que a sociedade reconheça o surdo em todas as suas potencialidades.

Através de uma de suas capacidades, o surdo é capaz de desenvolver a linguagem de sinais – sistema motor que faz uso da anatomia visual e da anatomia da mão e do braço para produção e reconhecimento da linguagem. Esta é considerada a língua natural dos surdos e possui estrutura sintática própria.

Há pouco tempo, apenas as línguas orais – línguas produzidas

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