MECANISMOS DE PROTEÇÃO CONTRA A INFLAÇÃO

Historicamente, o Brasil registrou taxas de inflação extremamente altas. Determinadas medidas do Governo Federal para combatê-las tiveram impacto negativo relevante sobre a economia brasileira. No passado, as medidas adotadas para combater a inflação, bem como a especulação sobre tais medidas, geraram clima de incerteza econômica no Brasil e aumentaram a volatilidade do mercado brasileiro de valores mobiliários. Os índices de inflação anuais foram de 9,81%, -1,72%, e 11,32% em 2008, 2009 e 2010, respectivamente, de acordo com o Índice Geral de Preços – Mercado, e de 5,90%, 4,31% e 5,91% em 2008, 2009 e 2010, respectivamente, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Caso o Brasil venha a vivenciar significativa inflação no futuro, não é possível que Copersucar possa prever se tem capacidade de compensar os efeitos da inflação em sua estrutura de custos, por meio do repasse do aumento dos custos decorrentes da inflação para os preços cobrados de clientes em valores suficientes e prazo hábil para cobrir um eventual aumento dos custos operacionais, o que, não ocorrendo, poderá diminuir as margens líquidas e operacionais. A adoção da política de câmbio flutuante e a desvalorização do Real em relação ao dólar norte americano podem criar pressões inflacionárias adicionais no Brasil, acarretando a necessidade de adoção de políticas recessivas pelo Governo Federal, acompanhadas de altas taxas de juros, que podem afetar a economia com um todo, inclusive o setor de atuação da Copersucar e de seus clientes. Apesar da política antiinflacionária adotada pelo Governo Federal, a empresa mantém controle intensivo referente aos estoques do etanol, controlando assim parte da oferta nacional, forçando assim a eficiência de um mecanismo que visa, em tese, não onerar a Copersucar da possível volatilidade do mercado em relação a inflação e suas conseqüências.

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